sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Durante a chuva
teu cheiro é música para meu pulso
o que nos separa é a sede
o destino de nossas águas turvas
me consolo em teu plantil de planos tão serenos
cresce as folhas que outrora era erradicadas
minha memoria é um desejo que não morre
revisito a nostalgia como souvenier apodrecido
teu sonho é como ventilador na cara
enquanto meus pesadelos são moinhos
nossos olhos na contramão não são suficientes
é preciso mais um pouco de poesia para ser independente
e um pouco mais de calma para ser ultrajante
me rebelar contra a timidez
é o fracasso de minha condição
que me conduz para ser testumunha do que não é congénito
procura-me nos seus versos e vai ver que nunca saí do seu calendário
aprendi a usar o passado a meu favor
e caminhar durante a chuva.
São relapsos do céu
os relampagos que apagam um Deus morto
eu queria morar naquela sua foto
mas apenas passei dias em sua máquina
não adianta embrulhar o presente em papel passado
a melancolia é o paradigma de meu reflexo
o refluxo do não querer encabulado
gravo em meu espelho tudo que um dia não vai voltar
a perda é o cadeado de meus dias
sua clave sua chave suas perguntas
são indecentes demais para minha tristeza
eu quero me refugiar em sua tatuagem
e viver além de meu interesse
me manter vivo e jogar no lixo todo hedonismo
hedionda preocupação com seus vasos sanguineos
Aprendi a caminhar no sol
e a usar a vida a meu favor.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Resvala
Seus astros castos não rodopiam o meu destino
O pião que roda a roda de minhas escolhas
É o quinhão que surge em minhas insônias
Tudo que valeu apena
apenas resvalou em mim
Como nossos lábios
Hábil tempo de ser feliz
Valei-me de todo cuidado
Há um vale encantado em toda sua entrega
O sol que é teu astro
Percebe-te na fresta
Eu que sou teu frasco
Perfumo-te de fragilidade
Assim como teu beijo
Aquilo que só resvalou
Revelou-se ser a minha maior alegria.
Que a onda aponte o mergulho certeiro
cansei de só molhar os pés em sua água.
domingo, 26 de dezembro de 2010
Vaidade
Esconda de mim seus pelos
e eu afasto o que não decifro
não devore a minha incapacidade
a tua sede é o meu esquecimento
Eu destruo o que não é o meu forte
meu pranto é kamikaze
Errei quando acertei seu alvo
os deuses não jogam dardos
Seus pés fugiram de mim
mas suas mãos me mandaram cartas
Os braços que hoje busco se ocupam de fumaças
A boca que quero beijar se preocupa só com o vicio
É por não te entender que te amo
é por não se entender que não me ama
Atrás das arvores vejo seus sonhos
Seus sonhos são prédios,mas seu amor é natureza
Posso fazer um museu de seus misterios
teu coração é arte moderna
Voce é rainha do diluvio em que quero me banhar
Quando pisares em meu pé,alcançara o descaminho
e então será tão livre quanto um mouse sem fio
Não há motivos na loucura nem sanidade na razão
aquele meu peito te acorda
o seu peito me faz dormir
Dormiremos sobre o acalento de minhas promessas
Há uma nova vida entre nossos abraços
há uma nova vida entre suas pernas
há uma nova vida dividindo nossa insensatez
A sua estrada é toda de vidro e é por isso que sobrevoo o seu teto
Não devore meu pranto
pois eu não alimento o seu perigo
Sou mais confuso que a sua vaidade
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Perdas e Ganhos
- Eu espero não ter rugas.disse em tom de brincadeira
- E eu espero não ter espinhas,respondeu com ironia
Era verdade,meu rosto era um hotel cheio delas,ali se hospedavam traziam filhos,netos e amigos,passavam férias,carnaval.Ele continuou se lamentando enquanto eu prestava atenção em cada palavra sua.
- A vida é muito dificil para um velho como eu,perco coisas que não queria perder,ganho coisas que não pedi.
- Mas em todas as fases é assim.tentando ser atenuar um pouco sua tristeza
- Na velhice é mais,todo dia perco algo
- Quando somos bebes,perdemos os dentes de leite e ganhamos dentes novos
- E quando se perde os novos?
Fiquei sem o que responder,mas para não dar tempo de pensar,imendei outro raciocinio
- Na adolescencia ganhamos pelos,perdemos a inocencia e ganhamos mais testosterona
- E quando perdemos a ereção?
Novamente era uma dessas perguntas sem respostas,pelo menos não havia pensado em nada de bate pronto,então continuei
- Na fase adulta,trabalhamos muito e esquecemos nossa familia
- E quando se perde a memória?
já então cansado de tanta relutancia da parte dele,perguntei
- Então na velhice só há perdas?
-Não,eu ganhei muitas coisas,como dentadura,bengala...E riu como uma criança,percebi que ele não estava sendo hostil,apenas queria resposta para a vida ser tão injsuta
- A vida é boa.eu disse em um tom de esperança
- E quando está para perde-la?
Finalizando todo o questionamento,e me deixando com medo de envelhecer.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Dois Espaços
cometas
lua
estrelas
nuvens
Marte
Plutão
Urano
mas ela precisava mesmo era de espaço e não do Espaço
Entendi errado tudo errado.
Todo espaço não é suficente para o espaço que você pediu.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Pólvora
Conluio de pesares
com a luz me calo
com a loucura me apago
A dádiva me causa dúvida
e me divide entre dividas
O que impede o sol nos meus olhos
é o doce desencontro
Até meu sangue está pálido
Impávido dominio sobre minha coragem
ávido de promessas e asas
A polvora que povoa meu peito
não apavora o medo
A alvorada é só o alvo do sol
e o sol é meu pavio.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Sondado de chumbo
é ele que me rouba a liberdade
a liberdade de se sentir além
a liberdade de circunscrever a praia
a liberdade de dar margem a lua.
A minha alma censura o que não é de mim
o que não faz parte do meu céu.
o que não se encaixa nas minhas palavras,sobra para o vento
o vento se encarrega de tudo que se parte.
O meu lamento é o alimento da minha resignação
meu manto não é de nenhum santo
cobre meus ombros aquilo que não se pode ver.
As minhas veias envelhecem meu sangue.
O que desloca meu corpo
é o que sempre aperta o meu peito.
Meu coração tardio
amanhece em seu tempo.
A minha maior arma é minha chave
e a minha calma vem do medo.
Meu choro é deselegante
é o insulto dos meus olhos
e é impossivel fingir cura.
mais do que o necessário,mais do que existencial.
Eu preciso defender a minha paz
o meu pandemonio de incertezas
meu patano de crendices
e meu caminho de achismos.
Eu inauguro a dúvida em uma cruz
e enferrujo de chumbo o meu coração
É preciso trancar a porta
para saber o que se tem dentro.
sábado, 11 de dezembro de 2010
Estacionamento
- Mas estacionamento do que?de shopping?de supermercado?
- Ah não me venha com brincadeiras,eu to falando sério,mas já que tocou nisso,parece um grande estacionamento de shopping em uma segunda feira,aonde as pessoas permanecem apenas o tempo suficiente para não paga-lo,para não se apegar. Mas na grande parte do tempo,é um estacionamento de algum hospital.
- E eu pelo contrario,entro e saio desses estacionamentos a minha vida toda,e acho bem pior
- E por que é pior?
- Por que esquecer aonde deixou o coração,é pior do que não saber aonde deixou seu carro.
-É isso acontece comigo,as poucas pessoas que permaneceram um bom tempo,é por que não sabiam aonde era a saída.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Mi casa su casa
- Como quais?
- Um relacionamento mais caseiro
- Ah sim,é uma boa idéia,eu na sua casa,você na minha.
- Na verdade não é bem assim
- E é como?
- Eu na minha casa,você na sua.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Contando estações
- Para chegar na minha casa?faltam 7 estações
- Ah sim
- Eu odeio esse assunto,essa coisa de perguntar quantas estações faltam,parece falta de assunto,quando to sozinho eu vejo esse tipo de conversa e me dá asco.
- eu pelo menos tento puxar um assunto.
- Tudo bem,me desculpa.
- Mas e agora,quantas estações faltam?
- Você só pode ta brincando né?acabei de falar isso e vc me pergunta?passamos uma estação certo?se antes era 7,agora é 6,parece criança que fica perguntando se falta muito para chegar.
- Voce que é infantil,de se irritar com isso.
Passam algumas horas...
- Faltam quantas estações?
-Agora faltam 8
- Oito?mas não faltavam 6 aquela hora?
- Sim,faltam 6 para a minha casa.
-E oito para aonde?
-Para a sua.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Dualidade
você não confia em minha coragem
e eu tenho que amordaçar a dor
você parte do pressuposto que se há silêncio tá tudo bem
E eu tento demonstrar uma instatisfação muda
Quando grito saí tudo,menos palavras.
Você é cética e otimista
e essa dualidade me cansa cada dia mais.
Ganância,é querer ser Deus.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
O susto e a fuga
sábado, 27 de novembro de 2010
Solteiro aos 60
- Dela quem?
- Minha namorada,o que achou dela?
- Ah sim,gostei,mas acho que vc merece coisa melhor
- Tipo o que?
- Tipo,morar com sua mãe até os 60 anos.
Livros e números
-Sei lá,acho que não
- Você estaria em meu livro.
- Mas eu não sou um livro
- Não nesse,estaria em outro título
- Em qual título?
- 101 pessoas para se conhecer,antes de morrer
ela solta uma enorme risada e pergunta :
- E qual seriam as outras 99?
- Ah,Pelé,Madonna,Ivete Sangalo...antes de morrer,todo mundo deveria te conhecer um dia
- Que bonito isso,você também estaria em meu livro.
- No mesmo?
- Não,estaria no "1001 coisas para não se dizer antes de morrer
- Como você é cruel
- To brincando,você estaria em outro título
- Em qual?
- 1 motivo para nascer.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
lidar com a liderança
Falta
que balança o barco da saudade
Eu sinto falta da lua
que anoitece o meu coração
Eu sinto falta do fogo
que faz das pedras
o meu punhal.
Eu sinto falta é
de te fazer falta.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Minha vida sem mim
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Woolf
que laço é esse que prende pedras?
eu quero o vazio dos suicidas
não o peso dos sonhadores
sou uma presa fácil do medo.
que essas pedras que hoje trago em mim
possam me afogar.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Pizza
Meus dentes reclamam de dor enquanto tento digerir a nossa história.Seu amor me deu gastrite e não foi devido a inumeras pizzas que você pedia,foi pelos pedidos inoportunos que você me fazia por telefone,quase um disk-vergonha e mesmo assim eu ia até sua casa entregar a encomenda e você me entregava o incomodo.Nosso amor acabou em pizza,na verdade a pizza acabou primeiro pois você não me esperava para comermos juntos,e quando eu ia me juntar a você,seu prato ja estava limpo,e você se levantada dizendo que ia ver tv,deixando seu prato só as azeitonas.Nosso amor acabou em pizza e as azeitanas como alianças foram para o lixo,e toda noite eu palito os dentes,retirando a sobra do seu egoismo.
Cardiograma
que me ajuda a viver
mas você insiste em tira-lo da tomada
tomando partido e partindo
meus passos são sempre oscilantes
só andarei em linha reta quando estiver morto.
Meu pé dormiu
quero que fique em meu coralção
mas você ficou muito tempo em cima do meu pé
ele dormiu
e eu não pude te acompanhar.
Ternura
eu não sei aonde está o meu eu real
eu to cercado de espelhos
que não refletem minha angústia
e enquanto isso eu continuo a nadar no fogo
e o mundo todo vai assistir
a queda da minha ternura.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Pulmão
e não com o coração
Bem,o coração deixa para as manias
Quero que me enxergue no escuro
e que me abrace quando todas as luzes tiverem acessas
quero ser eterno somente em sua lembrança
e nosso derradeiro dia,correr ao invez de chorar.
Aproveita
me privar para não provar
improvisar para ser visionário
de toda provação que em mim
você aproveita.
domingo, 14 de novembro de 2010
Resignação
uma lembrança vai embora
a minha alma resseca a cada ressaca
o veneno que hoje desce na minha garganta
mata meus sonhos
não supero a super-vergonha
de ter caído em seus conceitos
caído na calçada como se fossem penas
como se tivesse pena de mim
e você na minha cama,esperando
a hora exata da minha resginação.
sábado, 13 de novembro de 2010
Sem par
só tenho olhos para aquilo que me enxerga
meus tropeços são despedidas
meus passos completam o chão
Só tenho mãos para quem me dá o coração
as aflições me dão asas noturnas
sou enganado todo o tempo pelo tempo
mas não há como evitar
eu convido o risco para uma dança
e quando a música termina
já não tenho mais par.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Lúcida
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Cafuné
do que meu cafuné
acha meu amor cafona
e meu chapeu de cafetão
Não quer ir para meu cafofo
pois fica lá em cafundó
Não quer confinar a confusão
Não tenho cacife para ser cafageste
Nem fé para ser fino.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Quase Dezembro
e eu quase desempregado
quase me desapego do meu sonho
não prego mais meu maldizer
quase não pago meu sorriso
e apago pela ultima vez meu divã
Quase dezembro
e eu quase desmembrado
dezembro é o mes da zebra
não rogo mais a praga
nem prorrogo mais a vontade.
É quase dezembro
e eu aqui sendo quase tudo.
A essência é uma droga
o segredo de suas mãos vazias
aperfeiçoa o instinto cético
meu momento ingrato é ferido
o egoismo que nasce em meus cabelos
minha testa tem o fogo da inocencia
eu cultivo a confusão
meu deleite são os meus deleterios
a vertigem coexiste com a calma
o caos infiel em que me enfiei
sobrecarregado de dúvidas
o chão é a vista para a o mar
aonde eu escapo da felicidade
me enterrem em meu erro
incertezas me limitam
os olhos deturpam aquilo que o coração sente
a minha metamorfose é inanimada
moro em um prédio mas não conheco ninguém
nem o porteiro sabe meu nome
essência descartavel
epseidades denecessárias
sou o que veio a terra
mas preferia ficar no inferno
sou o que enfurece o conservadorismo
não pertenço a nenhuma geração
a essa geração calada
a minha revolução eu faço com minha erva
e minha cabeça eu faço com um tiro.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Trovão
faço uma leitura do céu
e percebo um Deus prolixo
não há mais novidades no divino
se eu não lembro é por que não senti
meu coração ambivalente
embaixo de uma nuvem bicolor
eu preciso reler jornais antigos
buscando um passado inédito
e acreditando novamente no amor
Meu pulso me mostra o que devo fazer
e minha ira é tão bela quanto sagaz
enfraqueco de tanta força
e sangro como um quadro que perde tintas
na mão de um esquizofrenico
eu mal frequentei a vida
e quando estive presente
ela faltou comigo.
minhas palavras tão mais forte quanto a chuva
quero algo que me engasgue
algum trovão que abrace meu pescoço.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Poema nos meus 43 anos
no túmulo de um quarto
sem cigarros
nem bebida
careca como uma lampada
barrigudo,
grisalho
e feliz por ter um quarto
...de manhã
elas estão lá fora
ganhando dinheiro :
juízes,carpinteiros
encanadores,médicos
jornaleiros,guardas
barbeiros,lavadores de carro,
dentista,floristas,
garçonetes,cozinheiros
motoristas de taxi...
e você se vira
para o lado pra pegar o sol
nas costas
e não direto nos olhos
Charles Bukowski
sábado, 6 de novembro de 2010
Sabotagem
não de novo
ja fui meu pior inimigo
hoje quero apenas ser meu abrigo
mas sem me trancar para fora do mundo.
Sabotando e botando a felicidade longe de mim
Sofrendo bullyng que eu mesmo causo.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Da sua vida
sentir sua necessidade de mim
quero apressar a curiosidade
e aguçar o cuidado
quero que pergunte da minha vida
que estimule minha saude
e que abrace a minha loucura
preciso saber se precisa de mim
quando meu coração te ve
meus olhos sentem.
Anestesiado
O céu é um corpo deitado no asfalto
é a blusa transparente da garota
é a falta de sonho
o céu é teu corpo
que no meu é inferno
Anjos não são talentosos.
Seu amor
é como marca de nascença
em meu corpo.
Não estamos voando
são nossos pés
que estão anestesiados
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Leve
só não te amo por que você deve achar o amor engraçado
Eu não te levo a sério
mas queria muito que você me levasse sorrindo.
Uma tirania de tiros sem cores
e faço do seu adeus
uma tirania de tiros sem cores
eu que tanto apanhei de seus lindos acordes
prometo não mais me ferir com suas vagas ideias
você desmentiu o futuro e fez dele passado
carregando nos braços o meu por favor
tão louco me vou
meio sem saber aonde chegar
mas com a certeza de que não voltarei.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Que me tomou o seu amor
havia comprado uma versão rara do livro Eu sei que vou te amar
Eduardo a encontrou,e pediu o livro emprestado
Antes de emprestar,ela colocou um bilhete entre as páginas
No caminho Eduardo encontrou com Leila,que pediu o livro emprestado
Leila seguiu seu caminho para casa,e foi surpreendida por um papel
que continha a seguinte frase : "A cada ausencia sua,eu vou te amar"
Os olhos de Leila brilharam na hora
Leila fez uma meia volta
e reencontrou Eduardo,e o beijou subitamente
E enquanto isso Mônica olhava a cena
sem saber que a pessoa errada,lera o bilhete certo.
sábado, 30 de outubro de 2010
Ao meu redor está deserto
quando tocou aquela velha música dos Smiths
sim,aquela que fala sobre a luz
e eu tão envolvido no seu olhar
nem prestei atenção na música
logo eu,que sou tão deles.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Amor
mas o coração diz que é lembrança
meus lábios dizem que é imaginação
minhas mãos dizem que é experiencia
meus olhos dizem que é frescor
meu peito diz ser acaso
A vida?A vida diz que é amor.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Mais Alto
em meu dsengano
e não desobedeça
a ordem da sua liberdade
Minhas mãos querem amanhecer
todo roubo sóbrio
de quem não permite perder
O corpo permanece parado
são os corações que se movimentam
tentanto me orientar pelo bem
E quando anoitecer
a lua vai ser de quem uivar mais alto
e quando você se esquecer
a lua vai ser de quem voar mais alto
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Flores que nascem na madrugada
como mágica em seus lábios
não temo a ansiedade
que cresce em nossos abraços
são como flores que incitam o sol
estende-se a madrugada
e o amor como uma nova estação do ano.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Táxi
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
É de papel
o meu coração é de papel
e se recicla a cada vez que é jogado no lixo
a cada amor insustentável
hoje ele se encontra em uma folha em branco
pronto para ser preenchido.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Sala de jantar
apartamentos
Dentro dos apartamentos
uma sala de jantar
Dentro da sala de jantar
pessoas
Dentro das pessoas
nada.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Personagem
fossem para mim
e de tanto querer
me transformei em seu personagem.
domingo, 17 de outubro de 2010
No amor,do que na vida.
o recomeço de um mesmo erro
entrego o mistério previsível
para ouvidos calejados
Se não aviso é por que não há perigo
Há mais imprevistos no amor,do que na vida.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Shopping
que você acabara de levantar
na mesa ainda tinha um pedaço do sanduiche
pude reparar no tamanho da sua fome
e no tamanho da sua boca
suficiente para engolir um coração
na mesa não restou muita coisa
a coca -cola pela metade
Criei algumas teorias sobre o canudo mordido
mas nada muito importante
e eu sentado ali
pensei no que você observava
certamente olhava algum casal brigando
enquanto a coca-cola subia pelo canudo
ou simplesmente olhava a vitrine
com aquelas roupas em promoção
o lugar era estratégico
você sempre se sentava em frente aquela loja
que também era perto da lixeira
o que facilitava tudo
lembro das nossas discussões
você se levantava com a bandeja na mão
com as palavras,o resto do amor e da comida
e eu ia atrás pedindo desculpas
mas dessa vez você não usou a lixeira
dessa vez,você largou tudo na mesa
o sanduiche,a coca-cola e eu.
O amor passeia sem presente
Você passa minha roupa,toma banho e dorme.
No dia seguinte,eu passeio com o cachorro
Você passa no banco,para pagar as contas
No Fim de semana,eu passo cimento nos tijolos
E você passa aquela tinta vermelha no cabelo
Daí nosso amor passa
sem nenhum passado significativo.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
O Pedido
Ela sem titubear,cruzou os braços sem entender muito bem o porque
Ele desceu,enquanto olhava para ela
Ela o esperando,também o olhava
Ao descer toda a escada,falou para ela dar dois passos para a direita,e que depois fechasse os olhos
Ela novamente sem entender obedeceu
Por fim,ele se dirigiu a escada rolante ao lado,a que sobia,e colocou uma pequena caixa no primeiro degrau.
Orientou-a para abrir os olhos,e assim a pediu em casamento.
domingo, 10 de outubro de 2010
Romantismo
uma para mim e outra para você.
- Esquece as capas,eu trouxe
meu guarda-chuva.
Estopim
ela salta dos meus olhos
ela está a um passo de mim
Eu não a explico
explica-la,seria revelar o amor
o amor se esconde em todas as minhas respostas
e explica-las
seria o estopim.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Garganta
se faz o silêncio?
não sei se o que sinto
está realmente dentro de mim
já que meus olhos são tão distantes do mundo
como você foi parar em em mim?
Se sou como árvore
e você como vento
O que carrego dentro
são somente orgãos
meus olhos não são capazes de te congelar
e tampouco de segurar a sua mão
Eu não sei se meu coração
comporta tanta paisagem
Não deixei de ser romantico
deixei de acreditar em mim
As minhas razões são as mesmas
Vieram da mesma televisão
Fotos não comprovam sentimentos
Dentro do meu violão
há inumeras promessas
eu preciso de objetos
que comportem minhas idéias
por que o meu cerebro
este cerebro mal agradecido
já não comporta mais.
Só confio
no que desce na minha garganta.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Sóbrio
que o som estava alto
e que a luz me impedia de ver seu rosto
Que era uma noite estranha
e que nossos corpos estavam cansados
Vai inventar todos os vetos possiveis
E quando não lembrar mais nada
vai se aproximar e me beijar
como se eu estivesse sóbrio.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Café Sozinho
sua boca dencunciando o sono
o sono a roubou de mim
preferes o sonho
do que meu beijo
Gosto do seu nariz de manhã
denunciado um repentino resfriado
e gosto acima de tudo
do seu hálito
hibrido de madrugada e cerveja.
Gosto de amanhecer com você
Mas eu ainda prefiro
tomar meu café sozinho.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Nua
eu juro que não ia me atenter as imperfeições
meus olhos iam ser conduzidos pelas suas curvas
culminando no seu colo
Eu não sabia que era a última vez
que te via despida
então mal olhei para suas costas
eu queria sexo,então só olhei para sua bunda
mas se te visse,mais uma vez nua
eu não ia querer trepar
eu ia prestar mais atenção no seu corpo
e certamente,daria mais razão ao meu prazer.
me despedia com um beijo no rosto
e iria embora,desejando nunca mais ver sua bunda.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Roupas
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Depois do sol
Depois da chuva,as vezes tem arco-íris
Depois do sol,nunca tem nada.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Conversas para o amanhã
Um encontro de pessoas,e logo o assunto começa
- Que bom que veio,tudo bem?
- Tudo bem e você?
- Eu to ótimo,ansioso para o show de sexta,você vai?
-Vou sim.
Alguns segundos de silêncio,e depois
-Até sexta
-Até.
Na sexta feira,os dois se encontram
- Olá,como vai?
- Vou bem e você,não vejo a hora do jogo na quinta
você vai?
-Vou sim,até quinta.
Um exemplo meio bobo,mas acho que dá para entender o que acontece.As pessoas invez de conversarem,estão sempre combinando alguma outra coisa que vai acontecer no futuro,não sei se por falta de assunto,ou por serem ansiosas.O dia de amanhã parece ser a pauta de todos,enquanto o hoje,o agora,sempre vai ser preenchido e ignorado por algo que vai suceder,minha conclusão é que as pessoas passam mais tempo se programando,do que aproveitandoo que foi programado.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O Mauricinho e o Sábio
.Não ia demorar para acontecer,e logo avistei o interlocutor da vez,era um desses mauricinhos,que depois de duas cervejas já estão embriagados,totamente o contrário do nosso sábio.O mauricinho,provavelmente chamado Junior,olhava obcessivamente a mulher em sua frente,literalmente a comia com os olhos,proporcionando em sua mente,orgamos multiplos.
.Ela não notou o olhar,e continuou com seu drink,alguma coisa tão moderna,que o sábio,não conseguiria pronunciar o nome.
Ao ver o olhar obcecado do playboy,para a senhora de vestido azul.O sábio foi logo o interrompendo,sua voz não era só capaz de fazer o rapaz perder o foco mas também de atrair a atenção.
Palitando os dentes,o Sábio disse : - É que você,nunca a viu trabalhando.
O mauricinho,todo engomado,olhou para o lado,e sem entender,fez um pequeno som,que se assemalhava com um AHN?
- É,é isso mesmo,é que você nunca a viu trabalhando.
O mauricinho,no ápice do seu tesão,assimilou a loira,e a palavra trabalho,com prostituição logicamente.
- Ela cobra quanto?perguntou o playboy,já sabendo que não importava o quanto ela cobrasse,teria dinheiro suficiente para paga-la.
- Mais respeito,seu moleque,ela não é puta não,pelo amor de Deus.
- Mas,mas..eu pensei,que.... disse o playboy,gaguejando em sua vergonha.
- Pensou errado,o que to querendo dizer,é que se você a visse trabalhando,perderia o encanto.
- Por que?ela é professora?
- Não cara,não importa a profissão,ela pode ser enfermeira,dublê,Cozinheira,mas ela,em seu ambiente de trabalho,poderia não chamar sua atenção,entende?aqui,ela é linda,e única,mas quando se mistura as outras,se torna somente mais uma.
- Mais uma?ela?fazendo com que seus olhos a apontasse. - nunca.
- É a grande massa garoto,a grande massa de pessoas,é sempre asssim,o ser humano,só se destaca,em um lugar,em uma noite,para uma única pessoa.
- Então quer dizer,que se eu a encontrasse em outro lugar,ou em uma outra noite,eu não me encantaria com ela?
- Sim,se você encontrasse essa mesma mulher no metrô,ela voltando,da faculdade,cansada,suada,você provavelmente a ingnoraria,mas especialmente hoje,ela se tornou bonita e iluminada.
- Não,eu acharia ela bela,em qualquer situação,lugar,ou dia,acharia ela linda se a encontrasse chorando.
- Desse jeito,ela se tornaria linda,por estar frágil.
- Então tudo bem,eu a acharia linda,se a encontrasse catando papel na rua.
-Hum,assim,a acharia linda por pena.
- Não,por ser bonita mesmo.
-Não acredito em você garoto,e repito,você só a achou bonita,hoje,por ela ter escolhido esse vestido,estar sorridente,talvez por ter tido uma promoção no serviço,e ser uma das poucas garotas no bar.
- Se você pensa assim,nunca vai casar,vai achar sua esposa bonita em um dia,e no outro não.
- Eu sou casado,meu jovem.
-Ah é?E como faz para sempre achar sua mulher bonita?perguntou o mauricinho,tentando colocar o sábio em saia justa.
- Simples meu caro,eu amo o que está dentro dela.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Todo dia
minha fé como asma
não me deixa terminar
aprendi a respirar pela metade
e a viver pelas beiradas
sou orla sem mar
se eu fosse mar
contornaria uma ilha imaginária
eu abrevio tudo que é eterno
e vivo o breve desapego dos pássaros
confundo pessoas,e me encontro escrevendo
circunscrevendo a existência
todo dia eu rezo para o mesmo fantasma.
sábado, 11 de setembro de 2010
Sobre o amor
minha mãe escondia os doces
na maioria das vezes,em um local muito alto
eu,pequeno,não alcançava nunca.
Mas,em uma dessas empreitadas,ela com pressa
pegou as balas,e sem querer,colocou o amor entre elas
e passei a infancia,o procurando,lá no alto.
até hoje quando falam de amor
a primeira coisa que faço,é pegar uma cadeira.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Receio
a flor ressecou
resiste o perfume que não queima
ainda resta a ultima pétala
que carrega em si,o último romance.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
Palavras - Cruzadas
Ela pensou,pensou,e respondeu : -Ah,é amor.Ele meio confuso,coçou a cabeça com a ponta do lápis e pensa alto : - Ah mas isso não vale,deveria ter só nome de coisa que existe.
texto livremente inspirado em Wim Wenders
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Wilde
para que não haja mais eternidade
uma volta inteira,do lado de fora do amor
como em uma dança das cadeiras,perdi o lugar
fui o primeiro a deixar o vício
e o primeiro a desengatilhar a felicidade
Você ficou,a música te ensurdeceu
mas mesmo assim,continuou cantando,por algum colapso qualquer
só percebeu a morte,quando viu que não tinha mais onde cair
a essa hora,eu já estava me encantando com Wilde
Você não se lembra,mas o assovio,foi a minha deixa.
domingo, 29 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Ponto de Fuga
para não me atrasar nunca
para não perder tempo
para não me perder no tempo
porucoro ser a distancia
entre o caminho e a chegada
assim sou o meio de tudo
o centro do meu mundo
Meu ponto de fuga,sou eu.
domingo, 22 de agosto de 2010
Estrangeiro
sua lingua é simplesmente o significante do meu sexo
a explosão sem catarse
se purificando somente de desejo
frear antes da divindade
e nunca se encontrar com o extase
abreviando o meu instinto
pele dentro de pele
seus ossos me acordam
quantos segundos,vivi do seu lado?
tem dias que as horas não encaixam no tempo
percorrem por aí,loucas,lúdicas,invariáveis
tem horas que preciso pintar no meu relojo,um novo tempo.
tudo faria sentido,se não fosse tantas palavras.
eu já nem estou mais falando do seu corpo
sempre foi assim,duas ou três palavras depois
já estou delirando,só.
mastigando as flores,que um dia nasceram de seu ventre
há um infinito de nuvens entre os corredores dos seus braços
e eu,não estou pronto para saltar.
o meu medo,é engolir o seu cheiro
e morrer exalando tristeza.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
A mostra
imaginaria você sorrindo
Quando eu te mostrasse a tristeza
imaginaria você insatisfeita
Quando eu te mostrasse a solidão
Imaginaria você confusa
Mas se eu imaginasse nós dois
Você não me mostraria nada.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Por um dia
Leve o lixo para fora,enquanto o mundo explode em demasia
qualquer amor análitico,que me faça demente
Falar sem pensar,é como amar sem sentir
os sentimentos atravessam meu corpo,como ovnis atravessam o céu
nenhum ultrassom,é capaz de traduzir minha dor
meu pecado reside no confuso
eu já tentei dissecar o dicionario
eterno erro de quem pratica a solidão
camufla o veludo envolto aos seus ouvidos
toda queda é feita de exageros
o que pesa mais,é a leveza do sonho
eu permaneço mudo,diante do que não conheço
meus dias roubam minha vida
sou um militante desesperado,a atirar no sol
meus barcos,homenageam o corpo afogado
Aorigem de meus inimigos risonhos
é o descomprometimento com o nada
Eu não quero o sucicídio
quero apenas,morrer por um dia.
domingo, 8 de agosto de 2010
Ouça o que eu digo,não ouça ninguém
Então da próxima vez,que falar que não liga para a opinião dos outros,desconsidere ter um namoro,emprego e amigos.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Assim como seus olhos,que sim,enxergaram tudo
Aceite-os,aceite suas escolhas
Você não precisa engordar,para eu não te servir mais
negação,pós-beijo
o que precede a experiencia,é a essencia que não se encaixa
Viu nosso futuro,em uma fotografia antiga
e acreditou ser mais uma tola
Eu só vou embora,quando se esqueceres de mim.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Vazo
há muitos frutos,poucas arvores
uma só lua,e muitas noites
A alma envelhece por ser inquieta
Irresponsavel viagem
E com algum liberdade
O meu vazo,virou flor.
domingo, 1 de agosto de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
- Que há de mal,em não te querer?se te tratasse bem,voce ainda estaria apaixonada.
- O meu desapego,não é reação,o meu desapego é insustentavel
- Então o que faço para não me odiar?
- Isso não depende de você,e nem de mim,depende da vida.
- Então que a vida se encarregaue de nossos sentimentos
O que há de mal em não te querer?
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Cruza o meu caminho a penumbra
enquanto a vida não se move,só se debate
Calida,imperfeita,o vigor se desintegra
tudo que vira pó,é tomado pelos meus olhos
formigamento na alma
e o mundo já é um castigo
Ressoa o possivel futuro
indagando o que havera de ser.
e eu me pergunto se morte é não se encontrar
Eu carrego o prestigio de estar vivo
mas não me orgulho do mal estar
me envergonho da casualidade
tudo que prescindi a ferida
Há camponeses mortos em meu quarto
e eu permaneço lendo seus óbitos.
Antes de dormir,me imagino encaixotado
o arrependimento não tem claustrofobia
me atrofio no espaço entre o céu e a lua
viro estrela para te queimar
me misturo no veneno da antipatia
o velho carecer de asas
se fosse passaro estaria morto
se fosse um cão estaria morto
mas como sou Humano
fico só no desejo.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Trapézio
trépido
o rosto tépido
na veia topazio.
No corpo um trapo
sem coração,só tripa
trepando o vento
trapaça de mágico
Um salto tripo
e a trupe
aplaude o Tropo.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Quarto Verde
Não há mais espaço para o chão,quanto tempo você consegue viver,sem impressionar ninguém?Moinhos que quebram meu rosto,partiram sem direção,sua bussula é seu pulso,e meu verdadeiro penar,não mais importa.Há milhares de labirintos dentro de mim,jogos de espelhos em meu corpo.Não mais coração,meu quarto,a quarta parede de meu cerebro,o tempo é volupia,a vida,uma orgia de decepções,molestando a possivel coragem.Perdoem me a falta de amabilidade,mas a morte já deixou de ser amistosa,hoje frequento o meu passado bobo,com uma voracidade que me é traída.me aposso do meu desleixo,culpando Deus por estar vivo.
domingo, 18 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Carrossel
é eu estar nele,é que nao faz.
Sobreposição de acasos
dormirei ouvindo o som do desencontro
e quando a discrepancia acabar
em meus ouvidos,cirandas de desvios tocaram
até enferrujar um carrossel de despedidas.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Viver
Juventude Coadjuvante de um principio
Onde a busca pelo prazer,é maior que pelo sentido
Flores penduradas em um um varal
As vezes me falta sangue
A ironia do triste que sorri
Quando o prazer de se curar,é maoir que o prazer estar bem.
O mundo se torna apenas uma oportunidade,para compreende-lo.
domingo, 27 de junho de 2010
Turismo
-Isso é muito idiota.
-Sim,mas,elas querem conhecer o maximo possivel de pessoas,e vão se esquecendo das outras.
-Pra mim,isso não é viver,é turismo.
Preso
mas o que se prende no ar?
já que o ar,é a profusão,das coisas perdidas?
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Você me ama?
- Você se sente amada?
- Você me ama? insistiu,já meio nervosa.
- Eu só posso dizer que te amo,se você se sentir amada.
- Eu me sinto amada.
- Então eu te amo.
- Não entendi esse raciocinio.
- Ué,o que adianta eu te dizer que te amo,se nao se sente amada?
- Você tem razão,mas se eu me sentisse amada,e você nao me amasse?
- Se fosse assim,você não me perguntaria se te amo.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Imãs
- Como assim? É como se ter muito amor,mas ninguem para amar?
- Mais ou menos,é como ter alguns sentimentos,para enfeitar uma grande vida que não tenho.
- Mas olhe pelo lado bom,as vezes é melhor assim,do que ter uma geladeira,sem imãs.
E todos os pombos voaram,deixando as migalhas do pão para trás.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Luz
Que me guiam entre um sonho submerso
Conduzindo o corpo imergido de lucidez
Luzes esplendidas caminham entre meus dedos
Flutuo calmamente no inconsciente benéfico de seu toque
Por intermédio de flores e nuvens, eu corro
Alcançando o fogo e o mármore
Cicatrizando a finitude na lua
E despenco,mergulhando no espaço da fertilidade
Vou ao encontro do inominável fruto perdido
E aterrisso no tenro milagre
Oferto os perdidos sonhos
E me perco nas horas vermelhas
Imobilizando as palavras em ouro.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Profissão
-Sim,filho,bem legal.
-Então mãe,qual sua profissão para eu dizer ao professor?
-Ah filho,eu nem preciso dizer minha profissão,mas já sei qual vai ser o resultado da sua.
-E qual vai ser mãe?
-Juiz de futebol.
- Que?
domingo, 6 de junho de 2010
Melhor Amigo
Freito acionado,batatas ao chão.
- Eu falei,eu falei,que não dá para dirigir,e ao mesmo tempo comer.Falou com firmeza o passageiro.-E a respeito da sua pergunta,não,não vou perdoa-la,ela disse que me trai com o meu melhor amigo,po,tenho tantos amigos,não sei quando deles,ela se referiu,mas é indiferente,não importa o corpo que ela chupou,importa,que não era o meu.
-Mas ela falou isso?com todas as letras? "Trepei com seu melhor amigo"? perguntou,indignado,enquanto recolhia algumas batatas ao seu pé.
- Sim,sim,falou,e quando perguntei o nome,ela disse que,eu logo iria saber.
-Me permita,mas que puta falta de sacanagem ein?Disse o amigo,com ojeriza
-Nem me fala,cara,nem me fala.
-Bom,é aqui que vc mora né ?parou em frente ao um antigo condominio,roupas penduradas nas janelas de diversas cores,formando uma obra de mondriand edificada.
-Aqui mesmo,obrigado pela carona,fico te devendo essa.
E ao ir embora,ja meio distante,o motorista fala alto; - Magina,não foi nada,melhor amigo,é para essas coisas.E sai cantando pneu.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Até aonde,dar pé.
A vida é uma grande piscina
E a água ainda esta nos meus joelhos
O passado vai enchendo por isso eu nunca sei
Quando estou no presente,já que a água não para de crescer
Ainda tenho o futuro todo para me emergir
E vou vivendo até aonde dá pé
Por que boiar,é que não vou.
Derrete
Que loucura é essa,que sublinha o cérebro?
Que lírios são esses?que jardim é esse?
Aonde flores são regurgitadas
Espelhos que não pensam
Desventuras crescem em arvores
São pistas escorregadias de saudade
Aos poucos a neve começa a cobrir o mundo
Gélido,a palavra congela.
E o mundo deixa de rodar.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Casa Morta
Sepultaram o silencio e a luz
Essa minha casa,morreu
Os telhados sao asas de morcego
tudo parece preto e branco
Eu estou em gritos e sussurro
O tempo morreu,junto com essa casa
Anjos exterminadores,repetem o mesmo sono.
Sol já não há,amputaram os raios
de janelas tatuadas a parede escorre
E para andar na casa,é preciso cuidado
há diveresas cordas com espinhos obstruindo o caminhos
tampando a visao de todos os gato pretos que olham pra cá
e eu no involucro negro,nao consigo sair,nem me rastejar por de baixo dos tumulos de travesseiros.
No Banheio,ainda escuto gritos da Janet Leight
As nuvens estao cada vez mais baixas,ou é a casa que estao flutando?ela parece flutuar sendo puxada,nao por baloes,mas por corvos.
É angustiante nao saber quando as portas de parede vao abrir
Mesmo com todas as invencoes do homem,a minha casa esta morta.
E eu nem sei,que horas são.
Fálica
- O que?
-Que pra qualquer lado que você olhe, tem um formato de um pinto.
-Ih cara, que conversa é essa?Ta me estranhando, falando disso ai?
-É bicho, o caralho, tem o formato mais básico do mundo, e qualquer coisa pode vim há ser um.
-Pode crê já a buceta não, tem aquele formato único, perfeito, e que não pode ser substituída.
- E você já viu que toda malicia, ambigüidade e o ser concupiscência vêm daí né, desse maldito formato imbecil, tudo leva ao sexo, principalmente ao pau.
-Isso é mesmo, fazer piadas sobre gays, e sobre mulheres conscupientes é fácil, é só vc falar, quer tomar um sorvete?Vamos jogar sinuca, você pega no taco?Pronto tai fácil. pq tudo lembra pau.
-Viu, e nenhuma ambigüidade com xana.
É, é isso que Freud fala, do falo, o poder do homem
-Que?
É psicologia, você não iria entender
- Você olha para o lado e tem o formato de um penis ereto,até fruta,banana,legumes,como pepina,agora fruta com formato de vagina,tem ?nao tem
- É,e fruta com formato de xota?nao tem
-por isso é mais fácil a mulher substituir o homem,e só por o dedo ereto lá e finge que é um pinto.
-Sim,agora o homem não tem como,não tem nada parecido,vai enfiar o pinto no aspirador?na garra de coca?
-Porra uma vez,eu vi um filme,que o cara comia a fruta melancia,que nojo.
Por isso eu falo,o pau tem que ter outro formato,já ta muito banalizado,um pau com formato único.
Cara se bem que eu lembro que buceta costumava ser chamada de aranha
-Aranha,tu ta louco?imagina vc abaixa a saia da mulher e a buceta dela tem quatro patas?
Deus o livre,pior que agora deu uma vontade de comer uma xavasca
Pois é,mas aqui só tem poste,madeira,garrafa..enfim.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Madeira
com a chave mesmo
mas a chave de tão gasta que ficou
não abre nada.
domingo, 30 de maio de 2010
Nora Jones
Amanda
sábado, 29 de maio de 2010
Tudo que era absoluto,hoje se torna obsoleto
Anjos de plásticos
Como uma corja de pássaros encenando
Ou melhor,uma orquestra de pássaros
Arrebentando nuvens,voando através de nosso futuro
Eu mergulho em minha dor
Costas molhadas,rim perfurado e eletro choques em minha cabeça
A tontura dos meus pés,castigados por calunias
Investigo as estrelas
E observo a unha de Deus
Que marca o céu,e também a minha pele
Quantos fostes preciso para arrematar o meu cérebro contra a parede?
O amor come cérebros
E os pedaços do meu,viraram estrelas
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Escarnio
Ou como um recém nascido que nem sequer teve uma vida
Queria estar estirado de crak em alguma esquina
Na raque, carreias de cocaína
Queria trepar com alguma puta aidética
Olhar no espelho, e ver uma aparência caquética
Ser aquele cara da propaganda do cigarro
Ser o pigarro de alguém doente
E simplesmente se misturar com o abandono da sociedade
sábado, 15 de maio de 2010
Fones de ouvido
Juntos por um fio
Passa um tempo, já não estão em sincronia
As alternâncias,vão acontecendo
Um reclama mais alto e o outro,simplesmente,pára de funcionar.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Deslize
mas só uma,de me matar
Há 4 maneiras,de você me trair
mas só uma,de me matar
A verdade é nua
vestida,você nunca mentiu.
Engole a culpa
cospe o remorso no seu prato
O suor na carne
é o espirito é que é fraco
Toda mentira é envasiva
toda traição é fatal.
Toda mentira é envasiva
toda traição é fatal.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Promovida
- Cansei
Ele,sem deixar de olhar a tv,pergunta de forma desinteressada
- Cansou do que?
- De ser sua empregada.
Ao ouvir isso,ele responde,sem antes,dar um belo arroto alcoolico é claro :
- Por que diz isso?só por que passa minha camisa,faz minha janta,e lava minhas roupas?
- Sim,já não é o bastante?e ainda por cima tenho que me submeter a trepar com vc
Ele olha com uma cara sarcastica e diz :
- Então seja só minha puta,e assim ficará só com a parte do sexo.
Vamos nos Casar?
- Amor,vamos nos casar?
Ele surpreso com a pergunta,mas já com a resposta na ponta da lingua,responde :
- Claro amor,mas deixa-me só terminar de pagar o carro.
-Tudo bem amor,eu aguardo.
Uma semana se passa,os dois trocam sms,msgs no orkut,twitter e todo esse clima romantico que o mundo virtual pode oferecer.
Ele decide ir busca-la no colégio,ela é um ano mais nova que ele.Ele estaciona,e espera a garota mais bonita da escola sair,cabelos ao vento,os bracos abracando o caderno,aquela cena de hollywood.Ela vem correndo e o beija.
-No carro,vão cantando a musica que marcou o primeiro beijo "parece que amor chegou aí....parece que o amor chegou aí" ela interrompe a música e pergunta.
-Amor,agora que você terminou de pagar o carro,vamos nos casar?
Ele já prevendo a pergunta,mas mesmo assim hesitando na resposta diz :
- Claro meu amor,mas deixa-me só terminar a faculdade.
Um mes se passa,entre encontros e desencontros,depoimentos no orkut e ligações a cobrar.
Eles saem pra comer um junkie fod,e ela pergunta.
-Amor,vamos nos casar?
Ele engole um pouco daquela coca,que vai mais agua do que coca,e responde :
- Claro amor,mas deixe-me só terminar meu estágio.
Ela consenti e sorri,e os dois vão embora.
Alguns meses se passam,filmes estreiam nos cinemas,escalações são anunciadas,e os dois resolvem ir ao teatro.
Na fila no teatro,enquanto comentando coisas triviais,ela pergunta :
-Amor,você já terminou de pagar o carro,terminou a faculdade,e o estagio e agora vai terminar o que?
Ele não pensa duas vezes e responde :
-Vou terminar com você,sua chata,por que essa historia de casamento,já me enxeu o saco.
Vira as costas e vai embora,enquanto decide se vai terminar ou não o cigarro que fuma.
Tv
controle remoto nas mãos
tv ligada
vejo,e penso
existe algo mais poético
do que pedras de isopor?
domingo, 9 de maio de 2010
Almadovar
Que eu mesmo frigido, fragilizado,possa enterrar minhas lembranças em seu sexo
Sangrando eu escrevo a carta mais inútil da minha vida
O corte em minha cabeça,o segredo em meu exoesqueleto
Sou desconfiança dos seus pais,quando a noite esta silenciosa
Eu que já matei uma cobra em sua casa
Toureiro da morte
Aprisiono-me entre azul e vermelho
e dirijo cego,o rumo da minha vida.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Flagra
da fresta da janela de Deus
sou fruto do furto.
Roubei a vida insÍpida da sua boca
aquela maça cuspída,seca,engasgando a peste.
Sou fruto da frota vingativa que cambaleia em seus cavalos erróneos,destinados a morrer no mar.
Sou festivo,fasto,vasto,casto,vacas morrendo em meu pasto.
Sou fruto da febre,da greve permanente de meus pensamentos .
Distratado até pela distração,disnutrindo o sangue resguardado nos carneiros.
Sou o filho da falha o ato falho de Deus em seus momentos de alucionações,quiserá eu pensar em ser Pastor o rebanho profético de um outro poeta.
Cabe a mim,o não caber em mim.
Sou o rasgo do universo,aquilo que faz chover alegorias em suas tardes de domingo.
A isca,que pisca para a tentação.
A fuga da liberdade,a folga da sorte,em direção ao desgosto.
há quem me chame de vaidade,outros de egoísmo. eu prefiro,não ser chamado.um aclamado sem nome,sem alarmes.sem lama,sem cama,sem teto, o que não tem nome,não pode morrer.
sábado, 1 de maio de 2010
Reprovados por Deus
Para ser melhor,mas o que eu consegui foram alguns meses sorrindo
Tudo que resta é aprimorar a loucura,assoprar os anjos para longe
Eu sou uma dissertação da morte.
Minha mãe deu a luz a uma pergunta
E morrerei sem nenhuma resposta.
Há algo mais previsível do que a vida?
A morte me cansa,o tédio é o caixão daqueles que já fingiram um sorriso
Eu não aceito a covardia das buscas implícitas do meu pensamento
Ele me agride,a vida me pressiona,milhõues de vozes,falando as mesmas palavras
Me sinto mal quando saio a rua,então me afogo nos livros,de que nada me ajudaram até hoje.
A arte é uma farsa,é um prazer momentâneo de um eterno egoísmo,o cinema revela solidão enquadramento evasivo de um vida receosa.Os livros que leio,desdenham de mim,dão risada,se não o consigo compreender,ou se não sei alguma palavra que nele está.Me auto destruindo,com versos e desafios,acompanhando cada derrota que em mim atravessa,como um gancho,que me arrasta pelos quarteirões do inferno,não mais preso em mim,não mais preso em meu quarto,mas preso no ventre da minha mãe,que acabara de fazer 45 anos.
O meu querer é disforme,traduz os compôs de lírios que hoje invejo,com uma vontade subliminar de me embriagar com suas cores.
Eu Fuji das fantasias filosóficas,cada autor com sua miséria,cada autor com seu vicio,e eu,com minha nobreza quase irreal.O suicídio é nobre,é aceitar que os melhores dias da sua vida,já foram.E os meus já foram,carregados por carro dos sonhos,não sei aonde foram parar,talvez em alguma sebo,ou brechó.Quem vai querer comprar meus ossos,quando eu morrer em despedida?.
Eu permaneço assim,sem memória,sem palavras,calado como um pássaro a qual sua garganta degolada.Há um pássaro entre minha garganta,e há ferrugens de uma gaiola nas minhas veias.Eu sou o pássaro e a gaiola,o amor e o desamor,o fogo e o céu,eu protejo minhas vaidades,e você projeta suas poses,quase nua,como a carne exposta em um açougue.
Viveras de orgulho.mastigando humanos quase reprovados pela ciência,enquanto viverei de tristeza,mastigando meus dedos,quase reprovados por Deus.
domingo, 25 de abril de 2010
Quites?
-Pode falar meu bem
-Não fique chateado,mas esses dias,transei com você,mas pensando no Thiago.
-Tudo bem meu amor,na verdade eu também tenho que te confessar uma coisa,que aliás,é meio parecido,com o que rolou com você.
-Então me diz,meu bem.
-É que esses dias,eu trepei com a Amanda,mas pensando em você.
Quites?...
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Bombas e Flores
Serei o primeiro a arriscar
O meu êxito sempre foi em hesitar
Exímio Maximo de minhas desculpas
Dizimado o coração na corda bamba
Não estanca nem cai
Procura abrigo em alguma bomba
Ou em algo que se abra em flor
Preciso parar de mentir
E manter meu perfume longe de seus olhos
Construindo o caminho com as mãos
Afastarei areias e mares
Até que eu possa tirar você da contradição
Um resgate de todo o desgaste da fé.
A corda balança
Tudo que não estanca
Um dia há de cair.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
A corda
O tempo foi passando,e amizade crescendo,e os dois a todo momento segurando sua respectiva ponta,não importava o que faziam,ou aonde iam.uma das mãos estava sempre ocupada.Independente da distancia em que os dois estavam,a corda permanecia esticada e inteira,já que era suficientemente grande,para se manter assim.Embora nenhum dos dois tenham a medido,não era preciso medir,os dois respondiam quando partilhavam desse segredo para os outros.Os dias mais frios vieram,junto com aquele clima melancólico,e os dois,já crescidos,trabalhando,se viam com cada vez menos freqüência,e André começou a ter mais autonomia sobre si,ser dono do nariz,já que desde sua infância era muito dependente de Julia,e era uma dependência recíproca,recíproco também,foi o pensamento de Julia,que estava louca para ser coroada rainha de si.E o que era símbolo de amizade,virou um cabo de forca aonde ambos,com suas suficiências puxam o comprometimento.Daí não deu outra,os dois se distanciaram,e a corda,mais especificamente o meio dela,ficou esquecida,jogada na rua,e longe o bastante da visão dos dois,quando uma criança,a viu,pegou uma tesoura e cortou a corda ao meio,sem saber a mesma representava,para ela,era apenas uma corda.
Julia e Andre ainda seguram suas pontas. As vezes a noite,Julia e Andre,seguram a ponta com tanta força,que seria impossível separá-los.
Julia e Andre,nunca souberam da ruptura da corda.
sábado, 17 de abril de 2010
A fila de Deus
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Duendes e Famosos
minha solidão,é meu cartão postal
só o amor transcendental,é para sempre
Me distraia da minha razão
me obrigue a conviver com dúvida
veras o quanto ainda tenho de afeto
nao procuro fugir de mim
pois eu sou o proprio tédio.
Sem fuga,fujo para seu inconsciente
entre duendes e famosos
e alguma musica de Dylan
alguma ponte qualquer
que me de loucura.
terça-feira, 13 de abril de 2010
domingo, 11 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Céu
algo de invisivel no ar
e só o que é invisivel,é imperecivel
Evasiva minha vontade de te fazer sorrir
Sua voz,atravessa minha veia
e carrega o meu peito
as cores em seu corpo
as linhas,os desenhos
perpetuam sua beleza
e faz dela
a estética perfeita.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Sem fé no longuinho
- esta no armário meu amor
- Joana aonde esta minha carteira?
- esta na estante meu bem
- Joana, você viu meu celular?
- Está no seu quarto, amor.
- Joana
...
- Joana? Joana?
- Joana cadê você?
domingo, 4 de abril de 2010
Fingidor
E atinjo a felicidade
Quem tinge um sorriso
Restringe-se a ilusão
Constrange a vida
Transgride
Tentando forjar a flor
Todo cortejo quebrado
O sorriso que corta a dor
É o mesmo que me faz pedra
A terra queima os pés, de quem não sabe pecar
Quem for contra a simplicidade
Procrastina a perfeição
Já que tudo que há de anormal
É considerado passado
Quem mente, não acredita na eternidade.
É simplesmente um cúmplice do efêmero
Acreditando que os dias vêm e vão
Afogando todos os fingimentos anuais
Eu perco meu tempo
Tentando errar seus olhos
Falta disciplina em meu falar
E meus olhos, carecem de liberdade
Faz-me senhor do fogo
Para que eu possa queimar, e nunca mais fingir ser humano.
Talvez a vida, tenha se arrependido, de meu nascimento.
quarta-feira, 31 de março de 2010
No banco da praça
para sua estima
juro que os juro
não sera alto
Faço um empréstimo
de alto estima
juroque os juro
nao sera alto
Escrevo uma carta
no cartão de crédito
acredito que assim
dará tudo certo
Namoro no banco
Namoro no banco
No banco da praça
Namoro no banco
Namoro no banco
No banco da praça
Previsto um amor,a vista
o que parcelado
é selado pelo par
Amor indolor
Amor indor
em dólar
amor do lar
amor do lar
em dólar
caia na real
caia no real
o cruzeiro já afundou
melhor um amor
verborragico
do que um amor
com verba.
segunda-feira, 29 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
Jaçanã
de não fazer nada
do que nadar,em suas águas
Eu não me acostumei
o mar eu nunca amei
prefiro os prédios
de São Paulo
Até me aprumei
mas o mar eu nao amei
prefiro os prédios
de São Paulo
Eu quero a cidade cinza
que eu mesmo ranzinza
sou feliz.
Quero o samba de jaçana
essa gente sã
na avenida a cantar.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Drummond
Joyce andava de mãos dadas com o isolamento
Certo dia, Pedro conheceu Joyce
E Joyce se encantou com Pedro
Pedro se encantava com jazz
Joyce passou a cantar jazz
Pedro cantava a atriz daqueles filmes franceses
Joyce começou a assistir Godard
Um dia Joyce conheceu Márcio
Que era vegetariano, gostava de folk e de literatura Russa
Os dois casaram
Certo dia Joyce se lembrou de Pedro, e não entendeu
O porquê havia namorado ele
Já que ele era carnívoro, odiava Bob Dylan e só lia auto-ajuda.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Só a saudade é perfeita
Não há pecado na solidão
Nem miséria no bom senso
O que dificulta a compaixão
É o exagero do ego
Colírio colérico que cega
Traga o espelho quebrado
Divido entre eu e eu
Como se fosse capaz, a felicidade desamparada
Não comparo amor
Tão pouco,me distancio da realidade
O que me distraia na hora do medo
É a morte constante da esperança
Se tenho a mim,tenho só uma visão
Serei visionário da culpa
E morrerei como um martírio para o céu.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Pássaros
Um passarinho impossível que se aproxima
Tal qual pássaro novo, sem ninho
Meu passado passista
Saudoso encontro com o cético
Quem sabe toda palavra boa pousaria
Quem sabe todo amor seria de Maria.
Toda pausa que a vida retém
Refém a fé que não altruísta
Subirei ao alto, e de lá voarei
Como se fosse possível,o acaso sobrevoar a vida.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Samba do Barraco
morar em meu barraco
mas só de birra
eu não me mudo de lá
Tem gente que berra
que é burra
e que é barrada
No meu barraco
as paredes ja estão
todas borradas
E quando chove
inunda tudo
fica aquele barro.
é uma barra.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Caravelas
E as cinzas ocupavam o ar que antes fora da solidão
E como em um livro, as palavras eram o essencial
Embora os beijos, despertavam algo melhor que literatura
Era como ser personagem de uma vida real
A musica equilibrava os sorrisos
E a cama era um deposito de segredos
Ela era o que faltava em minha ausência
E enquanto ela acender meu cigarro
Eu estarei com ela.
terça-feira, 2 de março de 2010
Crença e Aparência
e só crio aquilo que creio
tudo cresce com a crença
destino malcriado, que cre no acaso.
e ando sigo,todos me falam
: - Cresça e apareça,crença e aparencia.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Experiência Privada
Amo só o que me trás segurança ou sou capaz de amar o que não acredito?
Não devíamos privar as sensações
Tenho medo da discordância dos nossos olhos
só eu posso saber que eu sinto o que eu sinto, é todo meu conhecimento
perdemos o total domínio da duvida.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Milagre
Cada um com seu pedaço de fé
Descalço, calco o perdão
E meu calcanhar sangra de vaidade
Acanhado,busco a verdade
Mas a cada passo que dou,sou abocanhado pelo sol
Que arde em minhas costas,então como em um deserto
Eu paro
E então como em um deserto
A miragem renasce,travestida de milagre.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
1+1 = 3
me deixa fraco
Perfeitamente quebrado
dois lados,fragilizados
distrata o sorriso de janeiro
me faz perder os numeros
Grande tempestade de socorro
a atencao desolada de um ingles
sem reacao,sem percepção
gritando
"Sua mente suja,quer ser sugada"
Eu não entendo nada de eternidade
Talvez eu tenha sido criado,entre marmores e facas.
Radiohead
abismo conjugando o sonho
tudo excita a calma
sinta se o perverso do silencio
nao controle a maldição
a cura vem por livre arbitro
quiser ser o relogio,mas foi somente o tempo
labirinto discursivo subverte os sentidos
qual o caminho da saida?
saida e entra de demonios e anjos
demonios entram e saem
anjo,só saem.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Mesmo
mesmo que me lembre nascimento
mesmo que adormeça em histeria
e por mais que ande sonhando
por mais rasante que seja o voo
por mais cuidado que o perigo ofeça
por mais luz que se esconda
a vida sempre será a mesma.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Encarece a alma
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Janeiro Despedaçado
invariável loucura de ser teu
viral de emoções
sentimentos como roupas no varal
ventos que sopram devagar
deixando a saudade morrer
não há mais nenhum vestigio do sol
e assim termina um janeiro despedaçado.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
domingo, 7 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Dom Casmurro
Do merecimento
Sou o que mereço ser
Sou o que merecer da vida
Mero esmero
Sermão
Ou contramão
Ser a mira
De quem eu admiro
Ser muro
Ou Dom Casmurro.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Tem no mercado
já venceu
perdeu-se o tempo doado
Todo amor
não consumado
tem sua data de vencimento
Todo amor
que tem prazo de validade
acaba por vaidade
só prevalece
aquilo que é
pra valer.
Silêncio Narcisico
imita o mistério que tento domesticar
dorme o nome que outrora era belo
aqui jaz o útimo desejo
o que ganho
por ter me dado como vencido?
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Então meus olhos se cegaram até a minha boca ficar fria
Até a minha boca, despertar a sede da loucura de suas notas
Tão desconstruídas.
Fecha-se poço da inteligência, infantilizando o céu que me protegia
Até o erro se tornou dúvida
E o equilíbrio, virou pó de café.
Eu tive que emudecer o desespero, criando em mim o grito na alma
Eu tive que me afogar no narcisismo para suprir sua falta
Hoje o rio secou
Ensurdeci até meu coração parar de bater.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Parte 2
Uma parte é por sorte
Outra parte por desculpa
Uma parte fechou a porta
Outro coração que não me comporta
Portátil sentimento sem vazão
Uma parte que aperta o peito
Outra que sufoca a saudade
Uma parte vira ironia,outra poesia.
sábado, 30 de janeiro de 2010
Desaparecer
ao arrependimento
não chorarei
sobre o amor derramado
amor descarado
quero desaparecer antes de perecer
antes de perceber,que o passado
não me pertence mais
eu pertenço a algo muito mais intenso
que a propria vida
extenso saber sobre mim
Tento me focar
mas as coisas,ainda estão em preto e branco.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Matáras o poeta
o descanso em vão da sabedoria
Morre o poeta que não ama
Cura-se do antigo véu do desleixo
É de perdoar a dor
Impetuosa escolha fugidia
Tempestade acolhedora da solidão
Sangra a palavra,que vira silêncio
É de aceitar a negação
volatizar-se o sonho imperfeito
Cuidar da vida,até que ela,me reencontre.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Menos seu nome
Julia! Julia! Julia
Canta a bela canção
Por você eu me olharia inteiro no espelho
e pararia de me negar.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
domingo, 17 de janeiro de 2010
Mereço
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Férias
você foi minha ferida
fértida comparação com a vida
fadado a fugacidade
e a qualquer fuga da realidade
seu sorriso fantasmagorico
ainda me atormenta
é a alegoria do meu pesadelo
e o desfecho do meu desprazer.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Música Ruim
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Solista
socializando com minha solidao
suspeitando de tudo que me satisfaz
sou só
sócio da minha solidão
no ócio do meu tempo
socializo e idealizo a tristeza
solilóquio
solista do amor
sobra para mim
o sabor do saber ser só.
domingo, 10 de janeiro de 2010
Nossa vida não cabe em um Opala
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Quarto
tudo que me protege me aprisona
abrigo e refugio são sinonimos,quando estamos desesperados
a porta se fecha,a boca se queixa,enclausurando a cura
a vida se repete,dentro da minha cabeça vazia
sempre o mesmo medo,sempre a mesma fobia
esquivo,aquilo que equivale a vida
nego o sangue que faz meu coracao bater mais rapido
a vontade desmaia,e as palavras só existem nos livros que leio
e que nada me ajudam
Queria um dia,acordar e sentir que faço parte do mundo
ou pelo menos
Que faço parte de alguém.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
lamurias
Se entregar por inteiro, e não restar mais nada, sempre foi meu maior medo,demasiado desanimo,o esforço se disfarça de naturalidade,impassível de ser normal,arrastando comigo uma inteligência frívola,que quase sempre a desprezo,desperdiçando assim a memória de retalhos.Amorfo o amor mortífero que nada tem sadio,sádica a saudade que sinto te mim,quando estou longe de você,saudando a minha saúde corrompida pela minha pretensão de ser o melhor sempre,o saldo da minha tristeza é o perfeccionismo que insisto em subverter,é isso a perfeição subverte tudo que esta a minha volta,e quebra todas os espelhos na tentativa invalida de ser um narcisista evasivo,antes que eu invada a sua idéia de ser feliz,com minhas lamurias infantis.