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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Original

Dessa vez eu não me importei,não mapiei nenhum sentimento,sobre nenhum papel intenso,extenso sabersobre mim,o que digo,são pensamentos soltos,em voz alta,que servem para me prevenir de algo que vai me fazer chorar.Dessa vez eu nao me importo,apenas me distraio com todas as palavras que nao sei o significado,com todas as palavras que tem em seus sentidos radicalmente perdidos em um corpo analfabeto.
Se alguma vez,fui tolo,o bastante para te enganar com minhas palavras,hoje só quero que o meu silencio te desculpe.ó imperdoaveis horas,que exige eu te amo,que eu exige de seus labios,uma prova maior,do que o seu melhor beijo.
Fui infiel a minha personalidade,quase rasguei meu corpo,quando minha alma quis voar.De tudo que mais me arrependo,é da falta de tato,que ao perceber que a felicidade era inatingivel,correu de medo.Tudo que tenho hoje devo a minha falta de sentido,a minha grande loucura de te confundir.Tolos,adoram confundir,e acabam adornando tanto seus fieis sonhos,que o romantismo,deixa de ser belo.Eu me perdi,quando deixei de ser natural,quando atribiu para meus sentimentos,aquelas frases roubadas de um filme qualquer do woody allen,nao mais me baseio na arte,e sim na vida que tenho.Hoje deixo de ser original,para ser um pouco mais humano.Hoje,deixo de ser pensador,para ser um pouco mais prático.Hoje,eu deixo de ser um chato,para ser,um pouco mais,natural.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Básico.

Quantos eu, há de morrer para que minha fala ofegante se sobressaia em minhas inverdades? Se eu me calo, é por orgulho, se eu te amo, é por valentia.
Tenebrismo súdito enforca o tempo, que se distrai nas curvas da vida.
Céu dadaísta se descontrola, se descontrai. Todas as formas são sonhos, e todos os sonhos são lícitos. Tente me fazer só, e fará do destino, pecado. Ó minha amada imortal, é única para mim, e sempre será única, entre todos os desafores e desfavores.
Quem fará os caminhos da vida, se não os pertinentes batimentos cardíacos?
Há mais discrepâncias na sorte, do que maldizer no acaso, há quem conta com o destino, desatino desinforme do querer. Sou o que te escolhi, sou o que invade a distancia e faço das horas, imaginários diálogos com seu corpo. Protesto o pretexto do desamor, que submerge uma vida de defeitos, loucos são os infelizes, insatisfeitos em colisão, com suas premissas dissonantes que diluem o dom em vodka ou em qualquer bebida alcoólica. Varias vezes me topei com a morte, jogos de inteligência, que propõem coragem. Fiz de tudo, até pensei em mim, mas quando pensei em nós, nenhum pecado morou ao nosso lado. A preguiça é culpa do costume, rotina da retina grudadas no senso comum. Acostumados são discípulos de mortos vivos, os que se limitam, não criam, os que criam, sonham.
Não quero a vida regrada, mas sim a regada à fantasia. Hoje faço minha parte, não morro, não minto e não me basto. Quem se basta, não vê o futuro, não conhece a ardência dos outros. Eu não me basto,eu me recrio,reinvento o amor, a vida, o sol, só não a solução. A solução não esta na separação das visões antagônicas, mas sim, na dedicação dos que amam o que fazem. Amo ser eu, mas amo muito mais ser teu. Finjo, crio, me calo, e quando vejo, já não estou chorando. Quem crê em Deus esta livre quem crê no amor esta livre. Livre;o desejo maior,dos predestinados a sonhar.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Alguma Coisa

Acordem
quem mudou a ordem
dos acordes?

domingo, 16 de novembro de 2008

O misterio da vida
adverte
fumar,nao te diverte.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Quem tem pressa,não faz promessa.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Já pelas tabelas

Estou gastando todo meu ácido em cima de sua doçura,emulações nada confiáveis e promessas de fim de ano,tento zelar sua liberdade,mas acabo por me perder na metafísica das palavras,quanto maior o vocabulário maior o sentimento?tento minuciosamente definir cada pensamento,tentativa em vão,pois o que passa em minha cabeça esta longe de ser dizível,a dor nos sabemos,todos adornos nos entendemos,difícil entender são as palavras,que chantageiam um coração nobre.
Prenunciam inverdades,maldizendo o passado e prevendo um futuro sem mãos dadas.
Não devo,não pago meu passado,mas também não apago o que ocorre em meu coração,a áspera espera diagnostica em raiva,a saudade tratada como culpa,e todo meu amor,subvertido em ciúmes.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Teatro Trágico

Anuncio o trágico infantil,blefando a vida,por não ter cartas na manga.Ameaço com palavras mendigas,que se libertam de todas as tentativas,alternativas distantes do acerto,me recorto e me perco na ilusão de ser ideal,drama que supre a falta de carinho,a falta de culpa,infantilidade que mima meu ego,vontades em confetes,depois que o carnaval já passou,vaidades subvertidas em abismos de desenhos animados,tudo para compor a imaturidade de um ser que não aprendeu a paz das palavras,e distorce o jogo,que precede as pazes de quem lhe quer bem.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Entorpecentes os sorrisos amarelos,que ao me ver enobrecem de falta. Prestígios diagnosticados como culpa,favores reprimidos em retribuição .Milhares de anseios,náuseas,e arrependimentos,me afrontam no pulsar da vida .A dificuldade de esperar o sentido,contradiz que o sentido esta na espera .Com suas mãos tão ásperas,em pude enxergar os meus defeitos,tão alinhados quanto meus caminhos tortos,faço da minha luta,apenas obrigação de quem veio para confrontar o mundo,idéias mirabolantes sobre abraços em arvores,poesias em planos seqüência e valorizar o amor,parecem coisas tão céticas,quanto os livros de auto ajuda,não quero o reconhecimento dos olhos que julgam as técnicas,mas que desperdiçam uma serie de sentimentos,prefiro morrer com poesia,do que vender o que não acredito.

sábado, 25 de outubro de 2008

Ditos

Metidos são meus olhos,submetidos ao seus,minha alma intrometida,tida como sua,tida como gêmea,se entrevem com a sua,extrovertido sãos nossos assuntos,invertidos em risadas,introvertidos são os medos que de tanto amor,nem se aproximam,malditos são os segundos,que a cada hora passam mais rápidos quanto estamos juntos,bendito é o amor quando nao dito em palavras.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Carta ao alienígena

Faz dias que o senhor se foi, e ainda sinto a sua falta.No começo as luzes nos olhos, os olhos no céu, o céu em ti e minhas meias jogadas no quintal, daquelas que riu o que posso chamar de uma noite inteira, e me recordo só agora de te perguntar como a chama, aquela que nos fez olhar os pontos brancos que aqui chamamos de estrelas.Ó senhor, não faz sentido se me deixas aqui tão triste. Os terráqueos que aqui andam sem olhar para os lados com o passo apertado igual ao coração, que bate sem sentir o calor que eu tentava transmitir, agora somem nesse vazio que chamo de saudade, não vejo pessoas, e converso só com as cartas amassadas no fundo do lixo. As nuvens estão pequenas agora, e eu consigo as ver.Isto é um apelo, volte para mim senhor, por favor.

(Marina Sefrian)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Resposta a Terráquea

Cara terráquea,foi muito triste partir,sem nem mesmo saber o nome do que sente,quando ria,das minhas inocencias. Pois aqui,há tão poucos sons e palavras,quanto sentimentos,tudo que aquece aqui,é somente a esperança de um dia voltar a terra ,você sabe que o que me manteve vivo ate hoje,era a certeza de havia vida em outros planetas,e que essas vidas,nos ensinariam a ter saudade,me dei conta do que nosso planeta é tão só,quando pude ver como es alegre,suas cartas ainda estão cravadas em meu solo,como bandeira,de quem um dia me fez descobrir o que é amar,eu só não posso prometer que vou voltar,pois aqui as coisas também não andam nada fáceis,e o que resta é somente a sua fé,creia em mim,assim,sempre estarei controlando e movimentando as estrelas para ti.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Yes,nós temos

De banana
em banana
o Brasil se embanana.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Marina

Menina atriz
circulo vermelho no nariz
Seu nome escrevo de giz
Como aquela canção diz
Menina atriz
Da sua arte
Sou aprendiz
Do seu talento
Diretriz
Diante sua bondade
sou petiz
Menina atriz
És a matriz
Com suas falas gentis
seus gestos pueris
Menina atriz
És rainha em meu País
Em que nosso amor
Bendiz.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Ossos

Às vezes eu acho que o mundo é muito pequeno para os meus ossos
Pequeno,quando você me ignora,pequeno quando o céu é só lamentação.
Às vezes acho que minhas rugas, são tão prepotentes, ao ponto de eu querer ser poeta.
Sábios são os olhos que se fecham,para um coração que também se fecha.
O sentido esta em esquecer os Deuses por alguma hora, ajoelhar para os cúmplices,e rezar apenas para os suspeitos.Mas todas as vezes que deixo minha alma livre,ela volta coroada por alguma frase mal feita.A vida é torta,e isso se torna cada vez mais evidente quando tento me equilibrar entre meu amor,e eu.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ainda sou bem moço.

Alem das palavras sóbrias,sobra o realismo fantástico que nada condiz com minha verdade,mil duvidas me ocorrem nessa hora,o maldizer da vida,as palavras que nunca saíram da minha boca,me desesperar por pensar que sou louco,mas minha abstinência vai alem das crises intermináveis,sofro por entender demais,e me obrigar a ver a vida,com novos olhos,olhos de rei,olhos de padre,perfuro a carne aonde abriga o desejo,peco nas atrocidades recolhida pelo tempo,o medo me faz sangrar quando a inquietude do meu corpo se faz presente nas horas de descanso,impressionante o quanto de mim vai embora a cada hora que choro,um choro que esvazia as lembranças,posso chorar horas,pelo passado que vem me indagar sobre as pretensões do futuro,quando me vejo inteiro,me vejo quebrado,entre duas partes tão incoerentes,que me envergonho,me envergonho de ser humano,e de falhar,eu afasto suas pressões,suas mediações,para ser um pouco mais eu,arrasto comigo,minha asas,já que as tenho,é melhor prevenir,muitas vezes fui fera,por não mentir,por não ter coragem,uma gentileza sem precedentes e sem volta,e a maldição as vezes é meu abismo,é minha culpa,nela me desdobro e com receio,descubro uma dor maior,fui criado para amar,cresci para viver,e morrerei para ser eterno,,mas não quero que o meu corpo seja cercado de lembranças,quero que seja cercado por pessoas que tem muito mais algo a dizer,do que um simples Adeus.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Espirro que virou pirraça
Faz birra
com a saúde.

sábado, 6 de setembro de 2008

Ando
Enquanto meu tempo
é quando.

domingo, 31 de agosto de 2008

Meu primeiro Hai Kai

Choco late
Au
leite

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Pondera

Simbolista a dinastia das confusões de outrora,que se perdem nos reflexos óbvios em que a noite vira dia,o sono é carregado pelas pálpebras e pelas costas,imperdoáveis transtornos que rasgam a pele,o desejo de ser liberto é coerente com minhas vistas,que percebem tudo,compreendem os loucos mas que discrimina a si mesmo,a verdade acompanhada com risos de um Clown imaginário,aonde o conhecimento jamais pensou em pisar ,flutua a salvação entre nuvens e carros,transita entre fé e inteligência,e paira no vão das coisas em vã,subterfúgios inválidos,suprem a falta de vida,psicanálise invertida,filosofia introvertida,falas roubadas de alguma frase de caminhão que polui meus cadernos em branco,respostas prontas,para problemas eternos,o que faz jus aos remédios é a paralisia do medo,se curar do que não te serve,e serve só para as mais improváveis historias datilografadas por uma viciada qualquer,se me perguntarem o que sinto,direi,sinto a necessidade da vida,embora quase sempre,me distraio com a voraz morte.A sorte é trivial,quando todo amuleto é de fácil acesso,caminho das pedras me espera,e correnteza dos dias,deixa me entre não ser,e ser.É sensorial a dor que sinto,quando o dicionário das almas me traz duvidas,envelheço quando seguro talheres falsos,e perco a memória quando falo de minha infância,faço isso para não ter o que contar,eu invento tanto,crio tanto,que até invento alegria,e de tanto inventar,a alegria será registrada nas mesmas confusões de outrora.

domingo, 13 de julho de 2008

Metamorfose ambulante

Acordo meio sem foco, meio sem rosto
Um desconhecido de mim mesmo
Me procuro,não acho
Não há nada que identifique meus pensamentos
Nessa bagunça, nessa casa de instantes
Arrisco-me a olhar o espelho, não me adapto ao que reparo
Não, a barba não cresceu, mesmo que pareço velho demais para meu corpo
Abro as gavetas, procuro alguma carta, que mostre quem sou, mas sem sucesso
Então, desço uma escada, que ontem parecia menor
Atravesso corredor, que ontem também parecia menor
Coloco um ou dois vinis para tocar minha memória
Que bobagem, pra que mentir?São CDs mesmo, se fossem vinis, eu me reconheceria
Toca alguma coisa dos Beatles,e outra do Cazuza, mas não, não estou em campos de morango
E definitivamente em nenhum trem para as estrelas.
Não sou passageiro de nenhuma estação
Sou passageiro de mim mesmo, não me aproveito
E quando vou ver, já não estou
Passeio entre paginas,que só falam de olhares de ressaca,mas não,ressaca eu não estou,se tivesse,estaria dormindo.
Desisto de me procurar,talvez era melhor ter escutado Raul,talvez eu seja,uma metamorfose ambulante.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Poesia monogâmica

Minha poesia é monogâmica
É feita somente para uma pessoa
Rima fiel
Versos mais fiéis ainda

Minha poesia monogâmica
Minha inspiração orgânica
Meu poema fiel
És só seu e de mais ninguém

Minha voz mono
Gama em ti
Só tem a saída para seus ouvidos

Minha voz mono
Gama em seus ouvidos
Só tem um carnal

Canal carnal
Monógama

Minha poesia orgânica
Inspiração mecânica
Que de tanto pensar em você
Virou monogâmica



Escrevo somente para uma pessoa
Sentimento fiel
Escrevo somente para uma pessoa
Escrevo somente para você

domingo, 6 de julho de 2008

De tanto teclar,as teclas grudaram em meus dedos,tenho todas as letras impressa neles,o vocabulário inteiro,menos aquele que não usei,o que limita nossa comunicação é a rotina do obrigado,todos querem informação quando estão perdidos,todos usam da boa educação quando estão pedindo,o que delimita a palavras é a situação,ninguém seria capaz de usar Shakespeare nos taxis,nas ruas,ou nos hospitais,todos sabem dizer oi,mas ninguém quer dizer o indizivel,o que é preciso é somente as três palavras mágicas,que fazem dos nossos dias nada mágico,pai dos burros rasgados pelo ostracismo,enciclopédias arqueológicas,tudo parece certo,quando já ditamos a rotina.Em nosso ditado diário,não há duvidas quanto a conjunção,junte duas ou quatro palavras,e pronto,seu dia já esta composto,junte três palavras,o obrigado,o oi e o tchau,e assim conseguira tudo que quer.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

As avessas

Expõe sua dor
A informalidade da histeria
As condições da tristeza

Mostra para mim seu choro
Os importunos segredos da noite
Arranhe-me com seus pecados
Faça-me sangrar com suas invenções

Grite as avessas
Troque o esconderijo
E tire de mim o absoluto silencio.

Pregue as verdades
Distraia o medo
Suspende toda negação

E crie em mim
A única possibilidade mórbida

Fuja, corra
Enlouqueça sem seu travesseiro inanimado.

Escreva todas suas maldades
Pinte e borde sua fraqueza
E crie em mim, a única possibilidade viva.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Andando com Montenegro

Eu ando assoviando poesias
E recitando filmes

Eu ando atravessando ruas
Como em uma capa dos Beatles

Eu ando pisando nas gramas
Pois como disse o poeta, meus pés não estão no chão.

Eu ando por entre sonhos
E me encontrando com van goh
Como se estivesse em bando
Eu ando só



Ando marcando o passo
Enquadrando quadras
Ando lendo canções pop
E escutando o transito impressionista

Ando evitando o caos
E evitando os cães
Placas de avisos
Literatura de alardes


Às vezes ando hilário
Como se Chaplin.perdesse o horário
Em outras,ando sem ritmo
Passista sem escola


Ando em câmera lenta
Narrativa de Deus
Em seu plano seqüência



Ando sem trilha sonora
Cortes em esquinas
Editadas pelo que convém


Ando assim
Com beijo de namorada
Mas sem pódio de chegada.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Hoje


Hoje cada garota segurava uma rosa, com semblante feliz, e olhar realizado. Hoje a floricultura vendeu amor,desejo,paixão,vendeu mais que qualquer outro comercio,mas só hoje.Hoje vi casal de velhinhos reacenderam a chama,voltarem a serem jovens em beijos que duravam mais que 2 minutos,mas,selinho é claro.Hoje vi garotos e homens,carregando embalagens coloridas embrulhando lembranças e pensamentos,vi a solidão sem par,balançando a mão no ar,vi objetos caros,e o amor raro,vi o dinheiro comprar o amor,e o amor socializar as pessoas,mas hoje,só hoje.Hoje pude ver o coração de cada um,com os meus olhos tomados pelo espírito do dia,em uma espécie de raio x,vi todos,olhava por dentro de todos os peitos,o coração que se acalmou por tantas outras datas,bater em disparada.
Hoje pude ver, e sentir que em cada casal, havia certo altruísmo e uma necessidade de fazer o bem ao outro, por algumas horas ou ate meses, o egoísmo e ingratidão, foram esquecidos, mas hoje só hoje.
Hoje vi congestionamento nos correios,as cartas foram reutilizadas e os e-mails eram enviados a cada segundo,hoje parecia que todos os pedidos de casamento foram feitos,e que parecia ser greve de todos os amores contrariados,mas só hoje.
Hoje aquela noiva abandonada no altar,ah hoje aquela noiva foi lembrada,hoje só não foi lembrado quem nunca amou,e só não foi esquecido quem nunca foi amado,mas hoje dia 12 de junho,só hoje.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Só,na língua.

Quando tropeço nas palavras, caio em silencio
Nó na língua
Só na língua
Vocabulário distante de meus pensamentos
Tinta seca em papeis brancos
As palavras param, não conhecem o caminho de minha cabeça
Ficam presas no transito, entre medo e timidez
Todas as palavras que já li não estão em minha língua
Todas as palavras que aprendi não estão e minha memória
Nó na língua
Só,na língua.

sábado, 7 de junho de 2008

Sonho de Valsa

Dança a valsa dos meus sonhos
Sonho de valsa em bocas apaixonadas
Poros fechados de amor
Unhas feitas para arranhar
Jesus não chora quando estamos nos amando
Ame-me como o primeiro me abrace como o ultimo
O dia amanhece com a vontade do seu corpo
Nada é tolice quando estamos juntos

terça-feira, 3 de junho de 2008

Corpo Salgado

Quando meu corpo ao seu se mistura
Já não sei se a minha ou a sua cintura
São dois quadris sem nenhuma tintura
E todo comportamento vira frescura

Quando meu corpo ao seu se mistura
A sua pela a minha fura
E é só no sexo que ela costura

Quando meus seios
Sua mão segura
Minha santidade deixa de ser pura

Quando o sal do seu corpo
Penetra em minha doçura
Já não sou mais minha
E sim só tua.

Poderia

Eu poderia ter me apaixonado, somente pela sua beleza, se a não conhecesse tão bem, mas como a conhecia também me apaixonei pela sua personalidade. Eu poderia ter me apaixonado somente pela sua personalidade,mas como era a garota mais bela que já tinha visto,também me apaixonei pela sua beleza.Eu poderia me apaixonar somente pela sua inteligência se nunca estivesse escutado uma piada sua,mas como não paro de rir ao lado dela,eu também me apaixonei pela sua graça.Eu poderia me apaixonar somente pela sua graça se nunca tivesse visto atuar,mas como estava na platéia,também me apaixonei pelo seu talento.Eu poderia ter morrido de amor se não a tivesse conhecido e vivendo dele.

domingo, 25 de maio de 2008

Maestria


Caligrafias editadas nos muros
Pinceladas cinematográficas sem curadoria
Vocabulários expulsos em tons profanos
Fotos digitalizadas em seqüência sem lógica




Narrativas quebradas em improvisações carentes
Moda ousada em passarelas de miss
Teledramaturgia sem talentos de atriz

Orquestra sinfônica sem elegância
Personagens sem nenhuma infância
Viagens periféricas
Poesia da periferia

Biscuit para ricos
Comida para os pobres
Produções hollywidianas de caráter falso
Câmeras de bolso em películas de sentimentos.


Atores decorados pela vida
Poetas descasados com a vida
Pintores perturbados com a vida

Arte não vendida
Arte realidade
Realidade viva
Arte não se faz com dinheiro


Maestria
Mãe de toda arte.

domingo, 18 de maio de 2008

Não Explica

As promessas adivinhadas pelo tempo,escondidas pelas incertezas das linguas queimadas,das ironias provadas em grandes escalas e das longas edicoes cortadas a dedo,das aprovacoes de habilidade desnecessarias e das questoes importunas dos intelectos joviais,da discliplina dos amantes da tecnologia e da paixao improvisada dos artistas,das implantacoes milagrosas dos dias e da petulancia da burguesia efemera,do mundo estacionado pelas outras manifestacoes misticas e dos ceus paralisado pelas vontades de uma jovem fotógrafa,das terras sempre autorais e do sol pejorativo que o subverte a outra função,o inconformismo das palavras que nao se traduzem e que ganham outras formas quando ditas com simplicidade.
o empirismo das novas ideias o erudito falso das implicacoees.
Assim como nao me arrisco em entender Clarice,nao ouso explicar tudo,mas tambem nao me basta Freud.

sábado, 10 de maio de 2008

Casa Fabricada

Eu moro
Aonde voce comemora
Fico sem abrigo
quando brigo
Minha moradia
é em seu dia.

Moro em seu dia
moradia em sua vida
Vivenda segura
Vivendo em proteção

Minha idade
se passa pela sua ntimidade
Sobrado,Sobra dos braços que me guardam
e fazem do meu lar,doce lar


Se es meu lar
a vida é doce.
Se es minha casa
Caso com voce.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Só as namoradas são felizes

Para as inúmeras namoradas, as mais românticas cartas de amor, para a mãe; mal traçadas linhas em bilhetes de avisos. Para suas namoradas,bichos de pelúcia,chocolates e perfumes,para a mãe;algum disco pirata,dias depois do aniversario.
Para as namoradas, alegria e bom humor, para a mãe; o cansaço e o desanimo. Para suas perfeitas namoradas, as longas conversas, para a mãe; o oi e tchau. Para as lindas namoradas,a submissa personalidade,para a mãe;a exigência dos dias.Para as namoradas os pedidos de desculpa após uma briga,para a mãe;o pedido de colo.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Trilogia Mal feita

Exposto ao seu sorriso
Imposto ao impreciso
Posto de luz móvel
Faixa de iluminação

Sem gosto do eterno
Desgosto do normal
Indigestos dias sem você
Impaciência ao calendário

Diário de insatisfação
Alegria digital
Instável o aceitável
Estadia dos dias mal lembrados.

Enjôo matinal
Vertigens teatrais
Quebra cabeças de origem castiçais

Vontades noturnas
Aos braços de cristo
Traquinagens,virgens e estatuetas enferrujadas.


Falta a continuação
E o prazer de outrora
Mas que só encontra satisfação
Na incompleta construção do ser.

sábado, 19 de abril de 2008

Brechó

A vaidade em algodão
Os sentidos amarelados
A vida carregada nos bolsos

O romantismo nos sapatos de couro
O compromisso em ternos de linho
O descanso em camisolas

A seriedade nas gravatas
O feriado nos chinelos
A paz nas golas v

Vende-se historia
Vendem-se lembranças

A vida carregada nos bolsos.

sábado, 12 de abril de 2008

Acervos

Vinis riscados de ceticismo
Fotografias em frenesi
Livros em paisagem de bordeis

Minúcias em código de barras
Vícios em cor de batom
Mitologias em linhas telefônicas

Cinema em tabuleiro
Sonhos com cheiro de talco
Desilusões tragadas em cigarro

Sexo em notas musicais
Prazer teleguiado
Fantasmagoria o chão de confete.

Teatro em móbiles
Sarcasmo na gastronomia
Bem estar nas avenidas.

Devaneios na noite paulistana
Córregos de poesia
Disney marginalizado

Noite paulistana
Inspiração.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Determinados Momentos

Eu não me reconheço
Assim tão fácil
Em notas que vão ao descaso
E trazem luzes efêmeras

Eu me disperso
Em vão
Em troca
De drama

Eu busco as cores mais
Indefinidas
Para não ter horror
A elas
Quando você se despedir

Faço metáforas
De indecisões
E me distraio
Com as imperfeições

Eu me ajeito
Meio sem jeito
Em explicações
Inteligentes

Talvez
De um modo
infantil
e Lúdico

quarta-feira, 26 de março de 2008

A distancia e a Verdade

Despediu e me despiu de toda alegria
Despediu e pediu para que eu não chorasse um dia.
Pedidos perdidos em tristeza
Perdidos são sonhos postos em mesas.


Desfaz o conto
Conto os dias mágicos
Conto de fatos
Da alegria ao trágico


E quase como regra
No final o amor se quebra
Rasgaram o fim
E assim, viveram esperançosos para sempre.


A longa distancia
Entre idealizar o amor
E o amor ser a idéia de uma vida


A verdade
Entre ser um amor
Ou ser a saudade
De um outro alguém

Desfaz meu mundo
Condena o mágico
Faz de conta
Que o amor é trágico.

terça-feira, 25 de março de 2008

Impar

Eu não estou a par
Mas também não estou em par
Nem de seu sorriso impar
Nem das suas palavras de paz

Em parte
Dá-se por ser impartível
Seu gesto
Com minhas intenções

Em par com ti
Impar da solidão
A par do amor
Impar da loucura

Par
Impar

Impar
Par

Em par com as palavras.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Navegar é preciso

Rimei
E remei
Divaguei e naveguei

Maresia e poesia
Males e mares

Dobrei palavras
Dobrei mar

E acabei á margem da precisão.

domingo, 2 de março de 2008

Universo

O universo em versos

Uni verso com amor
Universo de amor
Inverso a tristeza
Em verso sorrisos

Se és meu universo
com verso com Deus.

Se és meu universo
Es inverso a solidão

Se és meu universo
É em verso que vou te amar.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Éden

Não,Não faça Grama
Não se entregue por Mangueira
Mesmo que esteja sol
Sem o regador
Sem os sete senões
Enfim,Jardim
Não de bola
E seja o que flor.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Chuva

Gosto do som da chuva,que se curva a minha melancolia,e avisa que que Deus esta observando o meu egoismo.
A minha viagem sem volta,nas palavras que salgam a minha boca,um prazer que me atinge como a genialidade do improviso.
Compreendo o mundo,não há tanto mistério na libertação dos poetas loucos que garantem que a vida nao passa de invenção,e não há tanto tédio,nas horas de um dia cinza,que garantem que a morte nao passa de um erro.
Descarto a filosofia dos que fingem inteligencia,mas que sentem como matemáticos.
É previsivel a falta de sabor,quando a ciencia dos frutos,se torna cansativa demais,e quando só temos o nectar puro,em suas definicoes insipidas.
A ciencia devia se guardar,quando o que se é discutido é a tão remota essencia do sentir,quando o que se é sagrado.já está na cruz,todo o seu calculismo de nada vale ser pregado.
Ignoro assim as refeicões que é estuda em quadros e satirizadas em middia,mas glorifico o farelo de um simples alimento.
Não Invejo o persuadir dos que temem a arte,tão pouco os seus discipulos bitolados,os admiro de longe,com uma fascismo sarcastico e desnecessário.
E aqueles que nunca leram um poema,que fique na primeira pedra,pois há muitas no caminho.
É preciso muito mais contradicao em seu conteudo indiferente a emoção,é preciso chorar,se arrepiar e tremar as pernas,assim que a arte nao for politizada.
Só a arte,se explica por si só,só ela é rainha de si,e eu sou só um sudito a ela,nada mais.
As faixadas e faxinas,em um teatro,que se encena o que luxo e o lixo,nesse momento há algo de imprestavel na humanidade,e nao falo da demagogia dos hippies,falo das inverdades,e das sinceridades que conflitam,entre o ego e a latrina.
Presencio o incalculavel,a ciencia exata da humanidade,e ignoro todos os percentuais e numeros,que querem a medida do amor e de outras tantas abstracoes pintadas a dedo.Eu nao quero a ciencia exata,nem o dicionario das verdades absolutas,quero é a liberdade dos loucos e a indisciplina dos genios bem amados,quero a surrealidade dos ceus,e a indiscutivel poesia do ex-estranho.Para que assim,possa envelhecer em sua boca,perder os sentidos em seus sentidos,e ser eterno em voce,meu primeiro e único amor.
Nao quero colocar fogo nos livros,que nos tornam egoistas,e nem carregar o mundo em paginas amarelas,quero carrega-lo na ponta da minha lingua,nao para o mundo me apludir,e nem para chuva se curvar,mas simplesmente para navegar.
É preciso coragem dos deuses,e a perseverança dos homens,é preciso a fe sem a pejoração a que lhe é atribuida.
O mundo precisa de mais afago e menos anologia,de mais paixão e menos metáfora.
Mais uma vez,nao falo da demagogia dos hippies,mas sim dos farelos enquadrados na cozinha.
Me impressiona a falta de romantismo,entre os incredulos pensamentos e lembrancas depositadas em ouvidos,que julgam vida,e ignoram a falta de alibido presente em seu semalhante.
A intimidade do meu caminho é impropria para as vielas do mundo,que só encontram mão,nas suas ruas de farol verde.
Estão se desencantando do mundo,e caindo em diflamação,sem a leviedade da santidade pura.
Estão se esquecendo das pequenas coisas,alinhadas em pequenos trechos,na nova tecnologia.
Não basta saber um poema de cor,há o poema por si,há voce no poema,mas tambem há o poema em voce.
A doutrina que reje o mundo,escondida na arte mais bela.
Economicos de verdade,são aqueles que economizam nas palavras e deixam o coração falar.
As poucas habilidades,em um mundo futil,me deixam sem palavras,a seculos procuro traducoes para os sentimentos,mas acabo por me redimir em uma coisa que nunca perde a tradução para mim,o sentir,e esqueço que fui eu mesmo que pedir o inominavel do viver.
É a vaidade da admiração que investiga o silencio da perda da atencao,que estende entre o caminho o tapete vermelho da falsa modestia.
Você percebe os riscos do tempo,quando se ve no papite da vida.
E onde ficam os sonhos?são só placebo de planos?só uma perfomarce careta televisiva?Ou só a fala baixinha de um existencialista
Os milagres que eram legenda de um drama antigo,hoje recheiam a agenda de uma vida sem peliculas.
Tudo é afirmado,confirmado,ate o conformismo,das palavras que nao encontram razão.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Se escondeu

Sabe aquele medo, quando você se deita. E pensa que aquela sombra da blusa é um monstro enorme? E de tanto medo nem dorme? Pois,é, é o que eu sinto,talvez os medos mudem ao passar dos anos,mas o fato de confundirmos a blusa com o monstro, não. Talvez seja só a minha imaginação. Talvez continue sendo a blusa,mas e coragem de ascender à luz e verificar? E a as vezes que eu ascendi a luz, eu tenho quase certeza que ele se escondeu no armário

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Mau Humor

Acordei de mau humor
como se o agora,fosse a fome
de uma noite noite mal comida.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Design de Interiores

Oro
Decoro
Oro
Decoro
Decoração feita de santidade.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Incorporo

Incorporo seu amor
no corpo
e nos poros.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Rima Sarcastica

Sua beleza estética
Seu coração estático
Seu olhar ético


Sua palavra emblemática
Seu amor aritmético
Seu assunto temático

Sua musica ártica
Sua paixão matemática
Minha rima sárcastica

sábado, 19 de janeiro de 2008

Ar-de-dia

Ar-de-dia
Ardia
Ar
Dor
Odor
Dores trazidas pelo seu cheiro.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

No inicio

Um desejo feito a lápis
Uma promessa feito a mar
O amor feito a fogo
E a eternidade feita à luz.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Uma boa pessoa

O adjetivo boa, seguido com o substantivo pessoa, forma a frase padrão, para definir o que sou,seja ela dita com desdém,ou não,dita de forme eufêmica,ou ate mesmo dita,por falta de opções,entre uma escassez de qualidades.
Também já escutei,o pessoa boa,é indiferente a ordem,ela nesse caso,não altera o resultado apático.
Não que estar enquadrado,no grupo das boas pessoas,é ruim,pelo contrario,cabem a nos,as boas pessoas do mundo,o emprego de “pessoas que vão para o céu”,cabem a nos também o emprego dos respeitadores de lei,e de bons filhos,percebe-se?Muita coisa depende da gente,mas,em contrapartida,e o retomando a idéia inicial do texto,o termo “boa pessoa” geralmente é usado para designar,um ser sem muitas qualidades,e é que eu quero chegar,e é por isso que eu sempre tive um pé atrás com ele,e por isso também que não é muito do meu agrado.
Quem nunca ouviu uma conversa,em que as pessoas falavam de um fulano,ate uma das duas indagaram,ah,mas ele não é tão inteligente,ou ele não é tão bonito,ai a outra em uma quase necessidade leviana,responde –Ah,mas ele é uma boa pessoa.
Outro exemplo,alias,um clássico exemplo,é do ser incompreendido pela sociedade,uma sociedade que pede cada vez mais comunicação,aquele ser quieto e tímido,não tem lá muita facilidade de expor suas qualidades,resta o que a ele?carregar a grande cruz do “boa pessoa”
O boa pessoa,ou pessoa boa,geralmente é altruísta,e faz dos seus atos,alicerces para serem taxados de idiotas ou bobos,prestativos por natureza,são alvos certeiros dos espertos e seus vários comparsas,eles ate acabam,relutando por um pedido a mais,mas no final acabam o fazendo,se não,não seriam “boas pessoas” não é mesmo?
Um outro caso muito conhecido,é o boa pessoa,que já nasceu com esse karma,ele pode ter todos os defeitos do mundo,pode comer grandes erros,mas seus cúmplices ou ate mesmos os suspeitos sempre vão dar um jeito de revelar toda e qualquer traquinagem,dizendo que ele teve boa intenção no que fez,e que apesar de tudo,ele é uma boa pessoa,confesso que eu já usei desses atributos,para me safar as vezes,pois nem a boa pessoa é de ferro,convenhamos.
Então da próxima vez,pense bem,em falar que uma pessoa,é uma boa pessoa,ela pode ter mais qualidades que deseja escutar,pode ser incompreendida,ou ate mesmo pode ser um falsário,se passando por uma.