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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Inteligencia Emocional

Nas entrelinhas do seu beijo
fiz minha poesia
metaforizando a vida
é que conquistaremos o mundo.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Sem nexo

Minhas palavras transitam entre vaidade e obsessão, em um labirinto de fraqueza, corrompido pela própria escolha infeliz de ser alguém melhor, elas se perdem em justificativas baratas, disparam disparates a todo redor, movendo o corpo, ilustrado por míseras promessas antigas, confina em ti, a funesta cumplicidade de ser humano, e traz consigo a intragável ideia da fortuna estima. O pensamento flui,flácido,como uma possibilidade remota da vitória.Eu já estive perto da felicidade,e ela pareceu menor,quando a comparei com seus olhos,amiúdes perolas negras que desavisa o mal humor da vida,que desanuvia,que desnuda,que desvia o jogo lógico do amor,desafiando assim as contradições importunas do perecer romântico. Minhas palavras exageram no sentimento, possuem algo de mistério e paixão, trilha um caminho sem volta, côncavo, convexo, talvez seja tudo, sem nexo.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Caso for amor

Permite-me sobreviver nos seus planos contingentes, restaurando o que ainda me resta, exausto de exaltar a culpa, exonerando a todo exagero imposto pelos meus pensamentos, eu não fico tão bem assim, nos seus sonhos, tão incorretos como o finito desejo de ser feliz, tento reter para mim seus detalhes, tal qual, fotografia, instante pleno de sabedoria do coração, que reclina á seu sorriso tão empertigado, o que me vale a calma diante sua prudência?A inocência prove da sua juventude, que se alimenta de algo que ainda não conheço,afável inefável, ó coração benigno que se enche de paz ao dizer que me adora. Permite não ser escasso caso for amor.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Tétris de Palavras

É como em um grade jogo de tétris, as coisas vão se encaixando, mas é inevitável, a vinda, de palavras erradas, sentimentos errados, que acabam anulando, pensamentos sadios, transformando tudo em uma profusão de incertezas, é difícil achar idéias que estamos de acordo, e quando somos surpreendidos por linhas de pensamento, que vão contra nossos princípios não conseguimos nem adapta-las, deixando nosso tétris com uma enorme falha, e assim começa nosso desespero, são tantas falas perdidas, tantas pessoas que vem com más intenções que elas entram na sua vida, para empastelar seu caminho, tendo enfim um amontoado de buracos , que é impossível concertar na hora. As peças vão caindo,as chances vindo,as escolhas,e quando tudo parece dar certo,as coisas simplesmente acabam,desaparecem,o ideal o encaixe perfeito é efêmero demais.Só sabemos lidar com aquilo que nos apetece,e quando as coisas parecem totalmente fora de lugar,é literalmente um game over.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Chama

Seu beijo queima meu pecado
Quimera de tristeza que se desfaz
Aquece e aquiesce o amor
És a pequena chama que desnorteia.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Corrompendo-me através da solidão
Correspondendo-me com a má sorte
Escárnio ecoando em minha alma
Carrasco do tempo que não passa
Escarrada a perfeição sem sentido
Escarcéu das derrotas em vida
Carrossel de duvidas
Corro em direção à correnteza
Carrego em mim o córrego do pessimismo
Corrosivo o silencio que me mata
A carniça sempre repugnante.

Fluoxetina

Nasce em mim a inércia
Néscia inerente a personalidade
Itinerante dor sem norte
Nódoa pelo caminho
Notório erro primário
Nódulo sem solidão
Modulo de acarretar o destino

Inerte
Sem norte
Martirizando a morte
Sórdido fim
Inato o pecado aflora
Flagelando a pele de quem respira
Flagrando o pessimismo de quem se esconde
Escandindo as faces de quem se oprime
Flagrância espiritual derradeira

Soterrando a fé
Sorrateira vontade de viver
Fulguras fugaz
Fugas sem ponto
Nó sem visão
Permaneço a pé
Contrariando a tradição

Vestígio sem prestigio
Nasce em mim o silencio
Pronto para ser eterno
Ansioso para ser teu
Inseguro por não ser de ninguém.

Faço de minha ultima batalha
Minha ultima poesia
Cadenciando minha prisão
Desencadeando os medos
Catarse absurda de vergonha

Morre em mim a vida
Vasto vaso sem flor
Vazio que vaza dos meus olhos
Derradeira vontade de viver.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Obrigado

Eu agradeço por ser minha
E é do meu agrado ser teu
Eu agradeço por me engrandecer
E por agredir meu medo
Eu agradeço pela agradável companhia
E pelo gradual carinho
Agradeço pela graça
E por agregar vida em meu peito
Agradeço por engrenar meu sonho
E por todo gracejo
Sou grato ao seu grito que me fez acordar
E por tudo isso
Gracias

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Quero ser Grande

Meus delírios de grandeza
Meu descaso com o corpo
A causa da enfermidade
O efêmero sonho de ser alguém
Mero passa tempo diário
Desperdiçando o que não se tem
Dispersa personalidade
Alimentando a preguiça do pretexto
Exagerando nas doses de não mereço
Procuro o conforto da vida
E não mais o desespero do desencontro
Esse mundo tão grande, ainda me assusta
Necessidade que não cessa
Desejo que não se conforma
É o cansaço que me mantém vivo
Ei de morrer louco
Pois enquanto estiver são,procurarei a eternidade.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Placebo

Absorvo tudo que observo
Absolvido dos meus pecados
Sorver a cura
E dissolver lentamente tudo que esta latente
Tudo que lateja em meu corpo
Abolir a dor
Ebulição catastrófica de pensamentos
Burlar a morte
Elaborar mais uma oração
Bolor de culpa, bipolar o tempo que não passa
Sirva-me os placebos inventados
Para que eu sirva de cobaia para suas experimentações.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Consentir sem sentir

- Eu sinto falta dos seus beijos
disse a ela,meio afoito.
- Mas nos nunca nos beijamos
respondeu,diretamente
- Porem, eu os imaginava
- Sinto falta do seu sorriso
- Mas eu nunca sorri pra você
- Ainda assim, eu te via sorrir para o espelho
- Enfim, eu sinto a sua falta.
- Mas eu nunca fui sua.
E ele finalmente se calou.

Uma pureza impossivel

Amores contrariados
destinos que nao foram cruzados
Uma flor que morreu murcha,sem saber,a temperatura do sol
Uma pena leve que não encontrou o vento certo,para a sua direção

Vida,não faz assim
Eu que só quero o vento certo,e a temperatura para mim.
Vida,não faz assim
Eu que só quero que o meu destino,seja cruzado com o seu.

Sonhos sem plataforma
Um desejo sem raiz
Frutas que nasceram sem gosto,em um jardim sem amor
Vidas e mais vidas retratas,em preto e branco,por um mal pintor.

Vida,não faz assim
Eu que só quero um tela,e o jardim para mim
Vida,não faz assim
Eu que só quero que o meu destino,seja cruzado com o seu.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Gritos e Sussurros

Meu desejo desajeitado
Meu ensejo enjoado
Jogado a leões
Sermões moídos ao vento
Condoídos seres desolados
Trancafiados em seus próprios sótãos
Desarranjos os arcanjos
Arcam com a vida sem fé
Arcos infinitos
Barcos desatinos
Celestial amargura sem culpa
Mares atravessados
Bíblia obliqua distante
Gatos ensurdecedores
Madrugada madre madalena
Meu corpo sem cor
Meu copo sem vinho
Voa o ardor em asas de morcego
Gritos e sussurros bestiais
Velado o poema fúnebre
Descarto qualquer cartografia
Caligrafia de Deus nas horas
Acato o bandido divino
Serpente que jaz sobre minha cama
O pesadelo pesa minhas pálpebras
Minha alma disforme
Meu espírito diz fome
E noite se fez assim.

domingo, 22 de novembro de 2009

Desando

Ando calado, cálido
De paladar pálido
De pedalar impávido
De depenar o insólito
De socializar o sádico
De declinar qualquer clima
Refugiando o fascínio
Faíscas de fascismo
Minha face liberta do mal dizer
Ando calado, cálido
Desafiando, desafinado
Covarde, complacente
Quase finado
Fiado com a vida.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Valsa do vazio

Dança a valsa do vazio
Visível vislumbre da vida
Vasto descompasso distraído

Dança a valsa do vazio
Desencanto verso no salão
Vicio vestido de espera

Dança a valsa do vazio
Vicejando o orgulho travestido
Rodando a esperança sem cessar

Dança a valsa do vazio
Desconhecido penar das horas
Deslize solidão a girar

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Bossa nova do passado

Toda dor é abismo
Abissal saudade
Abismado de ausência
Abstinência de sorriso
Boçal lembrança
De um sol terapêutico
Balsamo de esperança
Salmo de fé
Embalsamado o futuro
Balzac de promessas
Bossa nova do passado.

domingo, 15 de novembro de 2009

Livresco

Vá ler um livro
Vá para a terapia
Faça o que quiser
Mas saia de perto de mim

Vá ser livre
Vá para Paris
Faça o que quiser
Mas saia de perto de mim

Vou me livrar
do seu jeito livresco de ser
Das palavras dificeis
que nada queriam dizer

Vá para o louvre
louvar a Deus
ou lavrar a terra
faça o que quiser
Mas saia de perto de mim.

sábado, 14 de novembro de 2009

Camisa Preta

-Você não esta com calor com essa camisa preta?
Foi à primeira pergunta que me fez ao me ver, parado a sua frente, como quem se ajusta bem a frente do sol.
-Não estou nem um pouco,fazia tempo que não saia de casa,não lembrava como o tempo estava tão quente,e de como odeio o sol,fora,que foi a primeira camisa que encontrei no armário.
Disse isso,sem a encarar,sem se preocupar se soaria descompromissado ou não,verdade ou não,ele já não ligava em ser sincero.
- É você sempre foi estranho,nessas coisas de sentir,nunca sentia calor,nem sede,nem fome,nem amor,é como aquela musica do Arnaldo Antunes sabe?Socorro.
-Ah eu achei graça do seu comentário,já é um começo não é?Eu não sei,era como se eu sempre estivesse com essa camisa preta,era como vendar os olhos de alguém que já não enxerga sabe?inútil.
-É,esta na hora de você aposentar essa camisa preta,não acha?
-Talvez sim,ou talvez esteja na hora de não sair mais no calor.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O que fazer em caso de incêndio?

Quanta indisposição em um só amor
Não há indicio
De nenhum incêndio entre a gente
Outro índice passional
Indicando a cindisse
Insensato desperdício
Dicionário incomposto
Nossas vozes dissonantes
Nossos planos dissidentes
Suas palavras dissimuladas
Meus pensamentos desinteressantes
Indissiocrasias em crise
Insensível fim
Indiciado por amar pouco
Exilado por não entender
Condicionado a pensar demais
Condenado a solidão insolúvel.

domingo, 8 de novembro de 2009

Quando uma mulher ama o futebol

Ela estava lá sentada,parecia meio incomodada com o sol,que a fazia franzir os olhos,dificultando sua concentração para com a leitura,leitura esta feita mais com o dedo do que com os olhos,já que estes,analisava um velho campo de futebol,desses de areia,aonde garotos e velhos,disputavam algum jogo importante da cidade,ela não era tão fã de futebol,e não conhecia nenhum dos dois times,mas suas pernas estavam cansadas de procurar um outro banco,e foram vencidas por um banco velho,em uma praça deserta a não ser por alguns curiosos,que prestavam atenção no jogo.Era um breve descanso pensou ela,uma breve pausa,para suas pernas,e para seu coração,que de tanto andar,batia mais do que os jogadores,um na perna do outro,e por falar no futebol,ela sempre se protegia,quando a bola vinha em sua direção,se protegia por besteira,já que a mesma batia na grade de proteção,mas o que ela sentia,é que a bola,vinha em cheio e a acertava,já tivera uma experiência dessa,e não tinha sido nada,nada agradável.
Enquanto o jogo rolava,Ela pensava um pouco na vida,se sentia um pouco cansada,não entendia bem,qual era o prazer daquele jogo,e qual era a razão para tanto xingamento e palavrão,ela tentava voltar a leitura,mas os gritos de gol,de falta,não há deixava.De gol ela não entendia,mas de falta sim,e entendia muito bem,constantemente sentia uma falta em seu peito,algo que podia ser preenchido com um grito de gol.quando estava retomando a leitura,sobre batons,maquiagens,e pensando,não,é esse meu universo,vestidos,moda,o apito tocou,ela abruptamente olhou o campo,aonde se encerrava mais uma maratona de carrinhos,arranhões e alguns gols.O jogo tinha acabado,e a estadia dela no banco também,se levantou e caminhou de volta para casa,sem esquecer o jogo,pensava,em dribles,apitos,e retrucava em vão com seu pensamento,não,não,vestidos e batons,tenho que pensar em vestidos e batons,
Ela voltara aquele banco,todos os dias,mas jurava que era,por que era o mais perto do seu caminho e o único disponível.

sábado, 7 de novembro de 2009

Seus dedos longos procuravam algo de insano, ele parecia meio perturbado pela solidão, mas não se importava com mais nada. O que ele precisava era dela, era daqueles olhos que o distraiam enquanto o sono não vinha, precisava do vinho, do sexo e daquelas pernas que há muito tempo não o prendia..

Enquanto isso, do outro lado da cidade; ela, simples criatura impulsionada pelo desejo, sem se preocupar com a ausência dele ou de qualquer outra pessoa, se prepara para sair.A única coisa que a incomodava naquela noite era a prisão, o tédio, o desapego do seu apartamento.Sem demora, vestiu o vestido, colocou o ténis, prendeu o cabelo e saiu para a noite quente.Saiu para ser mais uma pessoa na rua, mas ela não pensava nisso, de um jeito ou de outro ela se sentia única, até porque nunca tinha encontrado alguém como ela, alguém que vivia de um jeito incolor, de um jeito tão indisposto, ela perseguia o delírio, mas era seguida pela normalidade em que seus dias acabavam.

Ele levantou, olhou pela janela. Ele sentia uma espécie de febre mental, e as sensações acumuladas dentro de si não ajudavam, muito menos o calor. Ele precisava de um tempo, um tempo la fora. Ocupar a cabeça com uma cerveja, algum conhecido, algum rabo de saia qualquer, alguma exposição.. Precisava esquecer ela, precisava tentar, pelo menos uma vez. Talvez ele estivesse errado quando disse que não tinha forças para tanto.Pegou a carteira dentro da mochila, enfiou no bolso da calça e pegou uma camiseta qualquer. Foi pra rua também, procurou saber o lado para o qual o vento soprava, e seguiu pelo sentido contrario.

Seguiu sozinho, passos apressados, pensamentos atrasados, cabeça baixa. Tropeçava em ideias jogadas na calçada, lixos de uma juventude sem prazer. Ele reparou nas risadas forçadas das pessoas que passavam e lembrou que um dia foi assim, reparou também nas garotas prostitutas baratas que ali no centro se encontravam, e pensou que também não passava de um puto, vendendo a sua liberdade e a sua ignorância.Mas chega um hora que você quer fugir dessa poluição social. Entra no primeiro bar familiar que aparece, se isolando das cenas grotescas na rua.O lugar era calmo, limpo e logo procura alguém conhecido para tomar uma cerveja e talvez discutir futebol. Como não encontra ninguém, se dirige para o balcão, senta sozinho e pede uma cerveja.Ali ficou durante algum tempo, sem prestar atenção em mais nada alem de um programa critico de cinema que passava na tv. Ate que imagina ter escutado algumas vozes conhecidas e sem se hesitar, resolve virar a cabeça para o lado, a procura de tais vozes. Vê os garçons limpando as mesas com algum produto que o faz criar repudio, no mesmo momento sua visão trespassa todas as mesas e encontra algumas belas mulheres a discutir o quão aquela noite estava chata. Tentou reconhecer a voz, as pernas.. mas foram olhos... os olhos que o fizeram vagar e cair para dentro do passado, aonde tudo o que lembrava era de alguns pecados e de muitas brigas.

Depois de algum tempo hipnotizado ele volta a realidade, percebendo que aqueles grandes olhos o encaravam e que alem dos olhos, a boca sorria. Para ele.Ele retribui o sorriso e então é surpreendido.Ela se levantou? Sim! E vinha em direção a ele. Estava linda.
Linda, como ele nunca a tinha visto antes, ou quem sabe nunca tivesse reparado. Ele nunca a possui por inteiro. Possuiu pedaços dela. Passava uma semana tocando e beijando as pernas, outra vez, ela doava somente sua boca.. em outros momentos ele tinha que se contentar somente com os seus seios. Mas agora não. Ela estava ali a sua frente inteira, uma mulher completa, e não somente aquilo que o dava prazer. E pela primeira vez, ele a viu como mulher, como alguém que também tem sentimentos e que também tem alma e não apenas um pretexto para o seu gozo tão rápido.Ele queria ela inteira agora, e não estava se referindo ao corpo. talvez em parte, mas o que ele queria mesmo, era a alma. Uma conversa... isso. Uma conversa, que ela começou:

- Oi. - ele tinha esquecido o quanto a voz dela era bonita.

- Oi, tudo bom?

- Sim, sim. Quanto tempo.

- Pois é. Então..- Vim aqui só falar um oi. Vou voltar pra mesa, elas são umas meninas que conheci na faculdade..Ela deu um tchau tímido com a mão e se virou. Sem pensar duas vezes ele a puxou pelo pulso.

- Espera.- Sim?- Quero conversar.. só.. sinto falta da sua voz, das suas ideias.
- Minha voz? Minhas ideias?
- Vamos lá pra fora? - ele disse indicando a porta com um aceno de cabeça.
- Ta, Rapidinho, hein?

Ele pagou a cerveja e saíram. Caminharam até uma praça, se sentaram na calçada. Eles estavam mudos até então. Convencionalmente havia um olhar, um sorriso, um ruído de boca.Ela pegou um jornal ali perto, enrolou e fez que nem uma luneta. Olhou para o céu estrelado com ela e disse de um jeito que pareceu mais sincero do que deveria:

- Sempre que olho para o céu a noite, eu me lembro da gente. De como você vivia me falando que eu tinha a cabeça na lua, e quando eu olho pra cima, eu a tento encontrar e encaixar novamente ao meu corpo.

- Eu falava isso brincando, você sabe? É maneira de falar. Falava isso para você rir.

Sim, eu sei disso... mas era engraçado porque logo você falava isso, sabe? Logo você que me desconstruiu inteira. Eu voltava pra casa sempre faltando uma parte de mim, a cabeça na lua, as pernas na sua cama.. Ah.. mas o coração não. Esse sempre esteve no lugar, no lugar de onde ele nunca deve sair. E ai dele se ele sair. Sei la, talvez um dia ele também queira dar uma volta no céu, mas eu não vou deixar.

- Mas a gente não...

Ele mal completou a frase, ela o interrompeu

-Não venha com essa que a gente não manda no nosso coração. Eu mando nele sim. Eu acabei de pedir em silencio para que ele desse um sinal de vida, ele é quieto. As vezes eu acho que eu nem o tenho, e diversas vezes coloco a mão sobre o peito, só para ter certeza de que ele ainda bate.

Ele da uma risada, pega a luneta de papel da mão dela e olha o céu pelo objeto.

- Eu sou o contrario, sob todos os aspectos. Eu até tento deixar minha cabeça na lua, deixar os pensamentos voarem, brincarem. Não consigo. Estou tão aqui. Sempre. Racional e, ao contrario de você, sentimental. Meu coração.. meu coração voa mais do que deveria, muito mais.

- Eu sei, por isso sempre tive medo de você - disse ela, observando o tráfego. Ela nunca o encarava.

- Medo?

- Por mais que você seja racional, a emoção te machuca, te descontrola. Você só não sai gritando em razão dos sentimentos porque é tímido.. não sei explicar bem. Eu não sinto o que você sente.. mas imagino que seja algo por ai. Imagino pelo seus atos.

- Você é distraída e muito observadora. Isso é engraçado. Mas sim, a minha timidez me impede de muitas coisas. Há um grito contido aqui dentro, pronto pra sair. Uma força que nunca foi usada... é tão estranho querer algo, mas ao mesmo tempo não querer, e eu vivo nessa guerra dentro de mim, como se tudo que eu almejasse não passasse de algo simbólico. E o mais irônico é que quando me deito, falo para mim mesmo que vou deixar meu medo de lado e correr atrás do que preciso, mas esse correr atrás sempre soou muito literal pra mim e isso me deixava careta demais, down demais. Por isso que nunca tive a certeza de ser louco, até a loucura escapava das minhas pretensões tão infantis. E você.. você é tão livre, é tão certa do que quer. Eu percebo isso e acabo ficando ainda mais louco..

O silencio permeia os dois. Sabem que aquela conversa toda não vai ter fim, nunca teve. Foi sempre assim, ela falava dela, ele falava dele, enquanto ele deveria ta falando dela e ela falando dele.Mas poucas sensações são melhores do que a de ter liberdade e segurança para falar de si mesmo com um outro alguém. Mesmo havendo sempre discordancias.Ela encostou a cabeça no ombro dele. Ele, depois de algum tempo, a beijou.

- Quando você me beija, eu sinto aqui. - ela botou a mão em um ponto pouco mais a baixo do umbigo.

- E a partir de hoje a noite, a partir da nossa conversa, quando você me beija, eu sinto aqui - ele botou a mão no ponto onde pensa estar o coração, e sorriu.

- Quem sabe um dia.. - ela começou.

- É, quem sabe? - Ele sorriu, se levantou. Deu mais um beijo nela e se virou.

Foi embora, caminhando. Sozinho e contra o vento.

(Iuri e Bruna

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tédio Poético

Toda vez que me lembro de você
me dá vontade de morrer
Morrer de tédio

Você,não entendia o amor
se interessava pela dor
e pela tragédia

E agora eu sigo assim em paz
procurando um caminho
inédito

E agora eu sigo assim em paz
procurando um amor
mais poético

longe de você
eu não soo tão
patético.

Assim Seja

Assim Seja
se queres assim
se é o que deseja
se queres o fim

Então veja
como é ruim
mas se é o que deseja
se deseja o fim

Veja o tempo passando
nosso tempo acabando
do céu já não nascem as cores

Veja o tempo acabando
nosso tempo passando
do chão ja não nascem as flores

Assim Seja
se queres assim
se é o que deseja
se queres o fim

Então veja
como é ruim
mas se é o que deseja
se queres o fim

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Um pouco de morte

Prefiro meus verso versátil
do que sua escolha plausivel,aos olhos de quem te considera um nada
Prefilo me dilacerar de poesia
do que ter que encarar seus olhos enebriados pelas novas fugas
Você me pareceu tão perdida em sua rotina,em sua bebida,que mal tive tempo de beija-la
foi como o adeus ao que nunca morreu,dando fim a eternidade.
E eu fiquei extasiado,estagnado,na minha propria loucura de não te-la
No dia em que você cuspiu suas ultimas palavras diante minha solidão
conspurcou em mim a historia mais suja de suas invencões
Voce gosta de tudo que é sujo,voce é suja
voce manchou o futuro dos amantes
e fez do meu coracao um borrao sem distinção
prefiro meu poema
e todo bom poema,carrega em si um pouco de morte.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Formas e Texturas

Hoje,até as estrela estavam inseguras,reparou que elas não estavam devidamente penetradas no céu?O céu parecia rejeita-las,e foi então que te fiz aquela pergunta, imagina se o céu rejeitasse todas as estrelas?mas você achou que eu estava viajando muito,e me mandou me calar,e só observar,e esse foi nosso problema,eu sempre fui metafisico demais,e voce era simplista,não conseguia imaginar além das aparencias.Não que voce é superficial,voce não era,até por que não conseguria namora alguem assim,sabe quando eu notei isso?no dia que brigavamos pela minha sua impaciencia com meus problemas,e voce simplesmente berrou por que no calor da briga,eu deixei cair sem querer um copo de suco em seu,quer dizer nosso sofá,pronto,a discussao agora tomava um outro rumo,e ia se concentrar na mancha maldita que ficou no sofá,e eu gritava ainda mais : - Porra,aquilo é um sofá,é só um sofá.Só que aquilo que era só um sofá era mais imortante que minha saúde e naquele instante,eu percebi que o seu materialismo havia acabado com nosso amor.Amor esse que me fez pedir sua mãe,que me fez aguentar todo aquelas perguntas na loja de decoração,eu devia ter suspeitado disso,você estava mais preocupada com as xicaras se iam combinar com os pratos,do que se eu ia realmente combinar com você,e no fim,nos não combinaos,eramos cores completamente diferentes,voce aquele rosa chok,aquele cor bem chegay,e eu aquela cor pastel,discreta,meio que sem vida,lembra que voce fava isso pra mim?Que eu tinha uma cor meio sem vida?pois é,e voce é a propria bandeira arco iris,disfilando na parada gay,as cores da efusividade,e voce sabe,que eu sempre odiei a sua efusão.Além das cores,tinhamos formas difererentes tbm,e texturas totalmente desiguais,voce um retangulo meio perdido,e eu um quadrado,pois era assim que voce me chamava,quando eu não queria fazer um programa louco com você,tipo pular de bang jump,ou algo assim.Sobre as texturas,não vou falar hoje,alias não quero mais falar de nossas diferencas com essa amargura,com esse peso,isso eu deixo para nossas fotos,que revelam o quanto eramos infelizes,deixo tudo para elas,pois hoje,eu também to inseguro,como aquela estrela,que parece cair,pois nem o céu a quer mais.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Cena de Índios

Ela sempre foi, de se emocionar muito fácil, e com muita pouca coisa, vivia chorando em frente à televisão, no canto do quarto ao ler um livro, com a bronca dos pais, e com o desentendimento com os amigos, era só a mãe chamar a sua atenção que ela já abria o bocão, como a mãe costumava dizer. Mas a mãe com aquele jeito Poliana de ser,enxergava o lado bom disso,pelo menos ela é sensível,antes isso,à um filho frio,que não tem sentimentos. Quando viajavam geralmente para o Litoral, Jessica, sempre gostava de ir ao banco de trás deitada, gostava de olhar as nuvens, e os fios no céu, como era muito pequena, não entendia o que eram todos aqueles fios que se cruzavam e que naquele instante atrapalhava uma visão melhor do seu teatro de nuvens, e achava esquisito aquela bola em cada fio. Jessica era um pouco impaciente com as viagens,e sua cabeça sempre calculava um tempo que era muito maior do que o real dentro do carro,se tivesse viajando um hora,em sua cabeça já estava na estrado a pelo menos uma 4 horas e meia,e de tanto imaginar as horas passadas,ela imaginava o quanto o carro já tinha andado,e tinha uma visão privelegiada do horizonte,e aquilo ali era um limite para la,imaginava se o carro podia chegar ao fim do mundo,se uma hora a estrada não ia acabar,em ponte descontinua,ficava imaginando qual rua o mundo acabava e também imaginava que estava prestes a chegar nela. Mas voltando ao bocão aberto, quer dizer a sensibilidade,quando estava imerso a diversos pensamentos,uma lagrima imprevista e intrometida caiu do seu olho, e como diz aquele ditado, por onde passa um boi, passa a boiada, veio a chorar copiosamente, e sem nenhum motivo aparente. Suas primas que a acompanham e que serviam de travesseiro,se assustaram e com um tom carregado de curiosidade a perguntaram o motivo e o por que daquele berreiro todo,e ela na mais pura ingenuidade de uma criança,disse : - Eu não sei,só deu vontade de chorar.E as prima ficaram sem entender,uma olhando na cara da outra,dizem as más línguas que a mais velha até fez o sinal da loucura com a sua mão esquerda.Ao receberam a resposta inesperada,a mais nova respondeu : - Deixe,para chorar em momentos oportunos.Como se ela soubesse o que era oportuno : - Deixe para chorar,em momentos que realmente tiver um motivo,uma tristeza,não gaste todas suas lagrimas agora,por que quando você quiser chorar por uma coisa bem triste,não vão haver lagrimas,por que você já chorou muito. .Pronto, isso serviu para que Jessica pensasse em mil coisas, pensou que suas lagrimas tivessem secado, seus olhos tivessem se tornado infrutífero demais, para derramar uma lagrima, um ambiente árido, aonde não se produz nenhuma, nenhumazinha lagrima, e foi então que chorou novamente ao pensar nisso tudo. Mas esse pensamento de chorar por tudo, ou de suas lagrimas acabarem, nunca a abandonou, ela temia não chorar em um enterro ele um ente, de um familiar, ou não conseguir chorar se seus pais tivessem se separando, e isso simplesmente por que seu estoque de lagrimas havia acabado. Já crescida Jessica assistindo um filme, soube que realmente existia uma doença que secava os olhos, impossibilitando a pessoa de chorar, e a historia das lagrimas, já esquecida, veio à tona novamente. E em outro filme,Jessica viu as artimanhas das atrizes,com suas lagrimas artificiais.E parou para pensar em tudo novamente.E ela dava graças a Deus por ainda poder chorar,e pensava consigo,não há tristeza maior,do que querer chorar,e não conseguir

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Arrumar a Cama

Ele era daquelas pessoas,que sempre se perguntava. : - Para que arrumar a cama?se a noite volto a me deitar?Para que escovar os dentes pela manhã?já que vou tomar café e ter que escovar os dentes novamente.Se questionava o tempo todo,não desligava a tv,e teve uma época até que comecou a não tomar banho,com a justificativa que ia soar,e se sujar depois.Até que um dia,imerso na inercia de seu quarto,pensou : - Para que vou sair,e viver ?se um dia hei de morrer?e nunca mais saiu daquele espaço.
Quem dera ele tivesse criado o costume de arrumar a cama.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Cerne

Não consigo discernir
O cerne do meu sentimento
Que concerne com o meu coração
Cernir o que passa aqui dentro
Mas todo critério é discreto demais
Critico a discrição dos meus dedos
Distinguir a língua que passa em minha boca
Compreender a pressa dos seus lábios em meu corpo
Diferir o que me fere, do que me dá prazer
Preferir o que o coração escolhe
O que o amor colhe
E o que a razão mata.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Inóspito

Fraquejar diante você
Derramar minhas desculpas desfeitas
Procurar o esconderijo para que minha alma não entre na sua
Enfeitar os devaneios,desertar a saudade
Flamejar seu orgulho tão desesperado
Fazer chover em sua austera personalidade,inundando assim,seu caráter
Remediar a sua indiferença com o passado mal criado da infância
Entupir os seus vasos sanguíneos com a mesma química de seu cigarro
Regurgitar suas inconveniências intolerantes
Dilacerar seu mau humor tão cortante como suas cicatrizes mimadas
Acusar seus erros seu pecado,seu corpo oco,sua alma insípida
Seu coração,foi o lugar mais inóspito aonde poderia morar.

sábado, 24 de outubro de 2009

Coração

Meu coração sedentário
sedento por emoção
teima pelo que teme
meu corpo treme pelo que não tenho.
Meu coracao consternado
contorna o desejado
contesta a inconstancia da felicidade
Meu coracao breve
ligeiramente bate fraco
Algoz,agonizado pelo mal estar
e só resta para ele, o sangue.
só resta o que me presta.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

fotossíntese

no retrato síntese de nós não há mais luz
na manhã de sol íngrime deixo morrer
nossas flores sob a delicadeza
da toalha em ponto-cruz sobre a mesa
houve vida nas fotos aos pedaços
fotossintetizo o lume perdido nos teus traço

(Iuri e Bruna)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Medo

O meu medo é do medo passar despercebido
da tristeza se camuflar no cotidiano
e entrar comunhao com o comum
O meu medo é deixa de lado a minha dor
fingir que ela nao existe,pra ter uma vida normal
O meu medo é conviver com infelicidade
passar por cima do que me faz mal
O meu medo,é ter uma sorriso de fachada
e quando me perguntarem se estou bem,não saber responder.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Escrevo

Escrevo para tocar a realidade,para não me tornar escravo da minha inercia.Escrever,é meu crivo,escrevo para cravar meu sentimento.Escrevo o que é crivel,escrevo o que eu creio,escrever é meu credo.Meu escrito não é restrito,abrange o finito e o infinito.Minhas palavras sao lavouras aonde brotam outras palavras,outras palavras e outras palavras.Lavrar as palavras,cultivando novos significados,palavras e larvas que culminam terras áridas.Escravo do vocabulo,escrevo para cravar meu silencio.

sábado, 10 de outubro de 2009

Vazio

Sou fraco
E a minha fraqueza,é querer tudo para mim.
Minha alma sabe mais do que deve
Meu coracao sente mais do que pode
Tenho medo,pois não sou louco
só os loucos não tem medo.
E essa vida não tem cura
Incúria perfeição sem som
Sou Fraco
E essa minha impossibilidade de me doar
dói em minha alma
Não uso da minha propria razão
tão dismistificada,quanto a distimia de outrora
De tudo que já enfrentei
A luta mais dificil,foi contra o vazio.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Suicidio

A covardia
ardia
Na cova.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sobre a reforma ortografica

Em minha reforma ortografica
a palavra gente teria til
e assim sendo gente + ~
e toda gente seria gentil.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Estorvo

Estorvo
Turva visão da more
Curva eternidade arco-iris
Distimia,disseste as dezesseis lágrimas
Corvo Maldito,Edgar nunca mais
Covardia revista na penumbra
Regressão ao amor,agressão de graça
Desgraça pendula
Permuta na carne e no osso
Perpetua o gesto incredulo da cruz
Eu estive na chuva de sapos.

domingo, 4 de outubro de 2009

Ligia

Ligia
Ligeiramente livre
Legitima razão de ser bela
Em tudo que li
Nem no Tom encontrei
O elogio certo para seus olhos
Jobim,cantou Luiza,Luciana
E eu,só canto Ligia.

sábado, 3 de outubro de 2009

Paladar Pálido.

Ando associando a palavra pálido com paladar,faz muito mais sentido.
algo como : - Não quero mais seus beijos pálidos.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Deus parece as vezes se esquecer

Me vejo sentado em um degrau de escada,ao um fundo,uma escola com as portas fechadas,e ao redor o vazio,os segundos que antecederam a isso,foram bem agitados,com carros parando na porta,pais e maes buzinando,e criancas adentrando esses carros,ou indo ao encontro de seus entes.Eu me sinto assim,esquecido na porta da escola,vendo todas os outros meninos,e garotas indo embora,e eu sendo o ultimo,ali sentado,aguardando,talvez uma carona que não aconteça.Eu esperando,pois uma criança não sabe andar sozinha,e eu me sinto como uma criança nesses momentos.Eu,o degrau,e Deus me esquecendo.

sábado, 26 de setembro de 2009

colar em seu peito
e em seu peito
meu lar

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A saudade é vermelha

O amor não tem cor
Mas a falta é vermelha
vermelha como aquela letra F
nos tempos de escola.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Fisioterapia Emocional

Eu ando em uma paranoia,em que tenho que reaprender tudo,de viver,até a andar,eu preciso ser novamente alfabetizado,se bem que eu acho que a alfabetização não deve nunca ser cessada,eu ando duvidando do significado de tudo,até das palavras que ja conheco,e quando a vejo em sua semantica,ela parece perder o sentido,e ja nao consigo mais utiliza-la.Eu não desdenho da minha infancia,sei que tive a melhor educação,mas parece que em algum momento da minha vida,eu tive algum acidente,emocional,ou fisico,que eu nao me recordo,e que eu tenho que fazer alguma fisioterapia.Fisioterapia emocional quem sabe?O fato é que duvido de mim,eu duvido da minha memoria,duvido que ela possa guardar tudo que leio,tudo que sei e conheco.Vejo em algumas revistas,que diz que para lembrar das coisas,tem que esquece-las.E hoje estou certo que esqueci de tudo,de até como se vive.Ando vegetando,tenho até medo de desaprender a respirar.É o que dizem,a ignorancia é a maior felicidade.Quando tento entender como meu cerebro funciona,eu vejo que é tao complexo,que acho que o meu não conseguiria.Tudo era tão melhor quando estava em piloto automatico,quando eu só vivia,e não me importava com conhecimento.Quando eu dava valor as coisas simples,e quando eu tinha alguem para me fazer rir.Hoje eu sou critico demais para ter alguem,para sorrir por qualquer bobagem.Hoje,eu duvido de mim.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Egóico

É um eterno ciclo,meu ar puro é entrar apuros,com medo de ser julgado,fico timido,mas sou mais julgado ainda,pela timidez,não há como escapar.Quem nasceu primeiro?a insegurança ou a depressão?.Acabo ficando sem respostas,mas a ordem dos fatores,não altera minha tristeza,tristeza cronica,sem ordem cronologica.E eu me enfio em teorias e livros,me perco entre causas e efeitos,achando que assim,serei mais social,descobrir o porque,para ser,pura ilusão,o relogio não precisa saber como o tempo funciona,para dar as horas.O conhecimento na minha alma,em reminiscências,mas que se esconde,quando é posto em prova,dialetica obscura,maiêutica,ironia socrática,que persegue meu medo.Sou um padrão para a sociedade,há o meu jeito,e todos os outros.A carencia,me faz admirar,todo tipo de eloquencia,e deixa a perfeicao mais palpavel,acabo por admirar todos,todos que não sou eu,todos que não são,esse silencio materealizado,esse silencio personificado,essa falencia das palavras.Condoido,eu me parto,em mil pedacos,e a minha partir,é para parir a verdade,sigo,sozinho,sempre sozinho.
Eu ja afastei Deus,e todos os demonios,minhas reclamacoes sao pedantes demais,até mesmo para o inferno.Minha memoria em cinzas,minha boca fica seca,a dificil tarefa de viver.Há algo em mim que ainda não foi descoberto pela ciencia,há uma especie de doença ainda não catalogada.
Há algo interessante em mim,entre toda a surdez da minha consciencia e toda a mudez da minha intuição.
Eu prevaleço vivo,somente por covardia,achando que o meu silencio em vida,será maior que o meu silencio em morte.Por que em minha morte,ó Deus,em minha morte,minha alma e o meu espirito hão de falar por mim.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Não- Amor

Não quero que seja a minha unica alegria
mas quero que seja a maior
Não quero que você seja tudo para mim
mas sim,que o nosso amor,seja tudo para nós.
Não quero plenitude e nem perfeição
quero o amor adolescente de quem erra
quero o amor embrigado de quem tenta
e o amor seguro de quem é correto
Não quero mais pensar que tristeza é bom senso
e que é preciso se anular.
Quero eu ser completo,voce ser completa
Pensar em dois,e não em um.
Não quero o amor romantico utopico
mas sim o cumplicidade sem queixas
O amor,esse amor inventado
já nao cabe em mim.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Vem
seremos como um só.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Antítese

Com quantas antíteses se faz um amor?
Mais que o amor
é a saudade que tem que ser recíproca
Essa minha mania de colecionar palavras
pensando que assim vou te compreender
Talvez fosse melhor,colecionar selos.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sorriso

Seu sorriso
precede a origem do belo
esconde um poema de neruda
notas de Bach em seus lábios
Seu sorriso
confina a beleza do mundo
Não é por estética
mas por bem estar
Em seu sorriso nasce a Venus
prove prazer
é recompensa simetrica do meu desejo
Seu sorriso contextualiza minha alegria
e me faz vitima de um amor proibido.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mudança

Nunca soube muito bem como lidar com uma mudança,e constantemente relacionava mudança com um grande caminhão que levava seu corpo acima.E quando visualizava isso,logo as palavras fragil,e cuidado emanavam em seu pensamento.Lembrou que a cada mudança suas caracteristicas,qualidades e defeitos iam caindo pelo caminho,mas na ultima mudanca não foram só alguns detalhes idiossincrático que cairam do caminhão.Mas sim,seu corpo,seu corpo caira com tudo no asfalto,protegido por alguma caixa,alguma capsula,de promessa de amor.E lá estava ela caida,escrito em seu exoesqueleto Cuidado,Fragil.E olha que o caminão nem corria tanto,ela nao sabia quem era o motorista,mas suspeitava que era Deus.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Reprise

Ele dormia o dia inteiro,e acordava na madrugada,acordava para ve a tv,sozinho em silencio,como gostava de ficar,sempre sozinho,ele se acostumou com esse hábito desde pequeno,e manteve desde sempre,era mais confortavel para ele,e melhor,assistir as reprises dos noticiarios,as reprises de tudo,ele gostava de dormir o dia,e ficar sabendo o que houve só depois,convinha mais para ele,se fosse possivel,dormiria o ano todo e só assistiria a retrospectiva no fim do ano,com todos os fatos que tinham acontecido.Era melhor,assistir a reprise do jogo,sabendo que seu time ganhou,e assistir a reprise do show,sabendo que nele,sua musica favorita foi executada,e o jornal ficava ainda melhor quando recebia a noticia que aquela tarde,assaltantes haviam roubado casas perto a dele,bom se ele tivesse acordado,Na hora,teria se assustado muito,mas como nao estava,ele ouviu a noticia de um jeito normal.
Mas certa vez,quando assistia a reprise um jogo,que seu time havia ganhado,algo inusitado aconteceu,a reprise o enganou,o time tinha ganhado o jogo,na partida real,e na reprise que ele estava assistindo,o time perdeu,ele se assustou,ficou sem entender nada.A reprise do show era diferente,com um set list diferente,o noticia dizia coisas que não haviam acontecido,tudo estava estranho e foi então que decidiu,assistir tudo na integra,para nao ser mais enganado.Mas e o que ele nao se perguntava era,e sua vida,merecia uma reprise?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Saudade

A saudade é a falta de esperança
Ser incrédulo enquanto progresso
é creditar perfeição ao passado
e admitir mal presságio
A saudade é a pedra no caminho
é a metamorfose do pensamento
é a cegueira para as boas novas
e a insegurança da repetição
é se limitar ao um pedaço de vida,
ou a um pedaço de morte.
A saudade inibi a criação
Proibe a ousadia
e renega a invenção
embora ela mesmo se reinvente.
A saudade apela para o conformismo
e para o sentimentalismo
A saudade ressucita o mal costume
e faz pouco caso da superação
Nos deixa inconstanes,transcedentes
difusos e malucos
A saudade mente,trai,e comove
a saudade fere,sangra e pertuba
Ó Deus,permita que eu sempre
sinta saudades.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Pai

Eu não gosto quando meu pai me pergunta se preciso de algo,e principalmente não gosto quando ele vai para a padaria,ou mercado,e pergunta se quero que ele compre ou traga alguma coisa de lá,e por mais que eu esteja louco por aquele sorvete,ou por aquela torta,eu digo que não,que se eu quiser,depois eu vou.Eu não sei,quando ele pergunta se quero algo da rua,ele parece me reduzir novamente a um ser inutil,que quando crianca nao podia sair na rua.Era sempre asssim,eu o observava de longe,colocar um tênis,uma camisa nova,e pedia pra ir junto,perguntava
: - Pai,aonde voce vai?e sem nem mesmo saber aonde ele ia,eu ja imendava - Posso ir junto?não importava o lugar,eu queria estar na companhia dele,sair de casa,andar por ai,quem sabe andar na rua e meu pai gritar,para que eu ande na calçada.era isso que eu queria.Mas por motivos que eu não descobri até hoje,ele nunca me levava,dizia que eu não precisava ir,que era só eu dizer o que eu queria,que ele trazia pra mim.Eu imaginava o quanto o lugar devia ser inospito,para nao querer que seu filho fosse.
E os dias seguiram assim,ate eu crescer e poder ir a padaria,ao mercado sozinho.Mas ele ainda bate a porta e fala que vai a rua,e pergunta se eu quero algo,e nessa hora me da uma tristeza,me sinto impotente,e volto ser aquela criança,que não podia acompanhar o pai,ao um simples passeio.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O teto

Ela não gostava do pessimismo dele,ele,por sua vez,odiava o jeito como ela era efusiva,mas como diz o velho ditado dos opostos,um dia se casaram.Todas as brigas se davam por esse motivo,ele sempre dizia que os dois iam acabar terminando,ou que felicidade não existia,muito desses pensamentos eram impostos,por livros que desde pequeno lia,como os de Shopenhauer,kant.Ele era existencialista demais para ela,e ela romantica demais para ele.Mas ele não se achava pessimista,se achava realista,isso é o que todo pessimista fala,era a resposta dela - Nenhum pessimista,se acha pessimista.Em uma noite de calor,janela aberta,ela passando creme em seu rosto,e ele ao lado lendo algum livro do Nietzsche,os dois na cama sem sono algum,ela olha o teto e e ve rachaduras,bolor e outras coisas imperfeitas,faz uma cara de desaprovação e comenta
- Olha esse teto que horrar,quanta rachadura,bolor
Ele,sem tirar os olhos do livro,e aparantemente sem deixar de ler,responde
-Teto sem bolor não existe, é normal isso tudo,depois eu que sou pessimista né?
Ela surpreendida com sua resposta,diz em um tom mais alto
- Qualquer hora,vamos dormir,e esse teto vai cair sobre a gente
ele repara na deixa,e responde
- Morrer dormindo,é sempre o que eu quis.

Não,ele não se achava pessimista.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A novidade

Era sempre assim,antes da palavra aparecer,os olhos ja se despediam,ela nunca dizia tchau,as vezes ela falava um adeus,e ele achava isso engraÇado,no começo se desesperava,não entendia muito bem,e acabava levando ele muito mais a sério do que era pra levar,mas depois de uma bela explicacão dela,tudo ficou mais tranquilo.Seria tão mais facil,se fossem para o mesmo destino,mas era bom assim,se morassem juntos,não haveria o tal melodrama,que ela tanto tirava sarro,mas que no fundo gostava.Ele sempre inseguro,gostava de ter uma especie de confirmação dela,para acreditar que o dia tinha sido realmente agradavel.E em um desses momentos em que os olhos estao quase se desencontrando,ele respirou fundo,ollhou o trem,que acabara de chegar e disse:
-Eu tenho a impressão,que eu tenho que contar uma novidade,a cada vez que nos vemos,e que essa novidade,fará voce gostar cada vez mais de mim.
Ela já dominava bem a insegurança dele,e sempre respondia de forma complacente
-Eu não preciso de novidades,novidades são momentanas,acontecem,depois somem,eu preciso somente da gente,por que isso eu sei que é pra sempre.
Ele sorriu,era essa a confirmacao que ele precisava,para entrar no metro,sentar perto da janela,ligar seu ipod e sonhar.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Toque de recolher

Eu espero seu toque
para me recolher
pra dentro de você.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Cantar

Desligou o chuveiro,e reclamou dos poucos pingos gelados que cairam em suas costas,abriu o box emperrado,já fazia uns dois meses que o box estava assim,e foi criado até um novo manual para abri-lo,quando alguem não conseguia,ele gritava da sala : - É só puxar um pouco pra baixo e depois desloca-lo pro lado esquerdo,e a outra pessoa dizia baixinho : -é só comprar outro.Depois da árdua tarefa de abrir o box,se olhou nu ao espelho,estava mais magro,pensou,enrrolou a toalha na cintura,de modo seguro que nao caisse,e se dirigiu ao quarto.
-O que houve Alberto?
- Nada,por que?
- É que hoje voce não está feliz
- E por que acha isso?
- Por que hoje você não cantou no chuveiro,e sempre que esta feliz,você canta...
- Ah,não é sempre,eu to bem,eu só não cantei hoje,por que me faltou repertório
-Sei
-Mas,hoje quando cheguei,você estava cozinhando,e também não cantava nada
-Mas você sabe,comigo é o contrário,canto quando to triste,é aquela velha história,cantar para afastar os males.
E assim os dias seguiam,ela cantando enquanto cozinhava,e ele cantando no chuveiro.

Coragem

Quando procurei coragem em mim,não encontrei,não era algo inerente a minha personalidade,o mais proximo que habitava a minha alma era uma perseverança adquirida pelo tempo,o fato é que ter Deus ao lado,me inebiu de qualquer criação de uma coragem mais autoral.Deus estava sempre lá emprestando a sua coragem,e isso eu não tinha que me preocupar,de fato,depender muito dele,é ser um desconhecido de si mesmo,coragem não deveria prover de uma necessidade,ou de um medo,e por mais que seja paradoxal,quanto mais Deus,mais coragem e mais medo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

La dolce vita

A vida me deprimi,mais do que qualquer filme do Fellini.

sábado, 22 de agosto de 2009

Smiths

Quase não reparo em seus olhos,eles procuram algo insustentavel,eles admitem a falta de delirio,e se conformam com a exatidao,sua boca requer cuidado,tão intangivel,quanto o meu sonho,voce,unica,ao se olhar no espelho,tenta encontrar motivos irreais para a felicidade,eu te olho,e vejo a preocupacao de ser eterna,eu me vejo,e sinto,a vontade de ser teu,como dois aventureiros partimos,voce salva plenamente da dor e eu fixionado por aquilo que deveria ser a vida.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Nomenclatura

Nomear é uma arte,dizia ela,e como toda arte,é preciso ter o dom e o talento,não é simplesmente sair por aí dando nome a tudo e a todos.E ela tinha esse dom,desde o momento em que foi alfabetizada batizava as coisas,tudo que via em sua frente,violão,travesseiro,escova de dente,chuveiro,o computador era o Bill,o micro-ondas o Gogs, e seu pente era o Elvis.
Certa vez,enquanto procura o Herbert,ou melhor dizendo,enquanto procurava seu oculos,seu amigo pergntou: - O que você está sentindo nesse exato momento?e ela sem hesitar,respondeu : -Eu não sei.E foi nesse exato momento que percebeu,ela sabia nomear objetos,mas não sabia nomear sentimentos.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

All you need is love.

Te amar pra sempre é facil
é tipo amar os beatles
você sempre vai ama-los
pois sabe que eles sempre vao ser os melhores.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Persona

O que me agrada
é a dregradação do meu eu
tornei minha alma indigesta
para meu corpo
a imagem retalhada
de uma personalidade moderna
meus olhos me mutilam
e meu coração tem sono
meu beijo é insípido
não tenho tolerancia com o bom gosto
De vez em quando eu sorrio
a pura falta do que fazer
Finjo sonhos,decreto o impossivel
e fantasio minhas paixões
Eu me esforço tanto para nao me enforca nas minhas falhas
Tenho uma pré disposição a perder
Possuo a alma crente do Diabo
e a boca verborragica do Pastor
minha vigilia,é a maldiçao das palavras que não criei
Quando isso tudo comecou?
Redemoinhos,demonios,remoções
Minha cabeça dói quando penso na gente
eu tenho que transgredir toda vez que escrevo
regressar,toda vez que choro,e transceder toda vez que amo
é a minha politica,é a minha pena de morte
Fui condenado a ser igual a você

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Abstrato

Abstraio o abstrato
E trato de ser mais real
O que obstruiu minha vida
É ser pensante demais
Atraio para mim a sua poesia
E vivo atrasado para o sonho
Meu medo participa
Só da minha partida
Minha vida se dá a partir do que você me dita
A deriva de meus planos
Derivado do que me convêm
Revirando-me no que é possível
E me atirando nas coincidências
Estar ocioso é estar ansioso para qualquer fuga da realidade
A vida ordena sem nenhum adorno ser simples.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Inferno de Dante

Evitar o que é vital
Eventualmente triste
Ser triste é meu evento
Veto qualquer tipo de felicidade
O vento é mudo em meu mundo
Vasto presságio
Meu visto para o Dante
Visto-me para o inferno
E se não houver nenhum inferno
Eu invento um
E só saio de lá morto.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sobre-voo

Eu só ainda não voei,por timidez.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Horóscopo

Eles não entendiam o que os mantinham juntos,se conheceram falando de religião,de filosofia,como quem falava de futebol e política.Deitavam na grama no parque,e lá ficam,olhavam o céu,comentavem sobre algum pásssaro exótico que ali voava,e riam imaginando que ali existia de fato um Deus.O primeiro encontro era sempre o assunto preferido dos dois,se espantaram com suas crenças e suas artemanhas,talvez fé e o misticismo eram o que o mantinham juntos,de domingo liam o horóscopo juntos,de tarde tarot e a noite sexo.Certa vez,Clarice,de pernas cruzadas sobre a cadeira de sua cozinha,leu o horóscopo para o seu amado,e sempre em tom de otimismo leu palavra por palavra,enfatizando cada expressao,para eles isso nao era apenas um passa tempo,ou um escape,era realmente um ritual.
-Olha Fred,aqui diz que você vai subir de cargo,mas é para evitar a cor azul,e também vai conhecer uma pessoa muito interessante.
e Clarice leu essa ultima frase de maneira não muito lá entusiasmada.
Fred sorriu,desde que tinha encontrado Clarice,sua sorte tinha mudado,sempre quando ela lia o signo dele,aparecia coisas boas.
- É por isso que amo ser de Touro.
disse Fred com tom de contentamento.
-Touro?Disse Clarice espantada
-Touro?Como assim Touro Fred?
- Ué,Clarice,como assim touro,touro é meu signo oras,se sabe disso.
-Jura?Meu deus,eu sempre achei que voce era de sagitário,acabei de ler sagitário,e sempre li,o de sagitário.
se fosse um casal comum cairiam na gargalhada,mas ao contrario,Fred se sentiu triste e com um pressentimento ruim.
- E agora?perguntou,meio aflito.
- Agora,eu vou embora,nossa relação não vai dar certo,ele nao passou de uma farça,estavamos nos guiando errado,estavamos juntos por que acreditei que voce era de touro,e o dia que ficamos juntos pela primeira vez,dizia que eu ia namorar uma pessoa de touro e iamos ser felizes.
- Me desculpa
-Não precisa pedir desculpas no que voce errou?
- Em ser sagitariano.
E eles se levantaram,e cada um seguiu seu caminho.e no meio de seus passos,Fred pensou,bem que ele podia realmente ser de sagitario,o horoscopo dizia que ele ia conhecer uma pessoa interessante,fez um meio sorriso se lamentou,e seguiu sozinho.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sobre o cachorro e o carteiro

Na verdade o latido do cachorro é apenas um apelo por nunca receber cartas.

(Iuri Bermudes e Marina Chiva)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

a ordem dos templários

Toda palavra calculada é prelúdio de uma certeza
alma imaculada,lúdico sonho equilibrado
Quimera do silencio,que queima a palavra enrrustida
quem dera ser sagaz,e prever a queda da eternidade.

Meu templo é utópico
e a ordem,é sempre te contemplar
inefavel fé no amor
inexoravel despedida.
suspirar,antes de respirar
inverte a ordem dos templários
a ordem da vida
não me sinto realizado
me sinto surrealizado por você.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Metaforicamente

-Sabe aqueles filmes de guarda-costa?Que o cara pula em frente a uma bala para ela não atingir seu protegido?
- Sei sim.
-Metaforicamente falando,eu faria isso por você.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Apenas por solidaderiedade

Eu não me atrevo
a ser tão trivial assim
Segredos Segregados
Ponto de vista cego
eu minto,apenas por solidariedade

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Razão do viver.

Há diversas teorias circulando em mesas de bar,quanto mais teor alcoolico mais teoria,há mais teorias em um bar,do que em uma universidade,e aquele grupo sentado na mesa mais suja do bar não era diferente,entre uma bebida e outra soltavam suas perolas :

-Ah eu tenho uma teoria.
Disse um dos velhos,escutando um coro de "nãos" em seguida.
-É serio,é uma teoria boa,eu vou contar.
Ignorando toda negação que ali encontrava,mas sua plateia improvisada sabia também que de nada ia importar os nãos,o velho bebado ia discorrer sobre a tal.
- Quando nascemos,e crescemos,a primeira pessoa que amamos é o nossa mãe não é?
- Sim
Respondeu um dos poucos que estava animado a ouvir a sua fabula.
- E assim crescems,a enxendo de declaracoes,mãe eu te amo,mãe voce é o amor da minha vida,você é a razão do meu viver,e todas aquelas outras coisas,que todo mundo ja conhece.
-Continue
Disse um dos amigos,ja impaciente.
-Então,fazemos todas as declaracoes,até que...
Fez uma pequena pausa,para criar alguma expectativa,ou ate mesmo para tentar se lembrar do resto da sua teoria.
-Até que...encontramos alguem,uma pessoa,que cuida da gente,faz a gente ser feliz e essas coisas...
-Prossiga
Disse um outro do fundo,e que nem fazia parte da mesa.
- E o que falamos para essa pessoa,quando a encontramos?que ela é o amor da nossa vida,a razao do nosso viver,nosso amor eterno.
-Mas é diferente..
Disse o garçon,interessado na conversa.
-Mas,falamos tudo isso,até que..
- Até que?
O garcon ancioso para o fim.
- Até que nasca nosso filho oras,por que quando nascer o nosso filho,sim,ele será o amor da nossa vida,a razao do nosso viver,o nosso amor eterno.
- Sim entendi o que voce quer dizer,o nosso amor eterno sera sempre nosso filho no final ?
disse o amigo,concordando com ele.
- É mais ou menos isso,e ele vai crescer,e vai falar que nos,somos o amor da vida dele,até..que
-Que ele encontre a mulher dele.
disse o amigo prevendo a historia.
-Exatamente,ele vai amar a mulher dele,e ela vai ser o amor da vida dele,até ele ter filhos,e assim por diante.
- É,se sabe até que faz sentido?até que você não é tão burro como eu imaginava sabia?
disse o amigo,caçoando.
-É,não sou não,não sou não.

terça-feira, 21 de julho de 2009

A foto

O silencio delineava as três garrafas de cerveja postas na mesa,era como se ja não tivessem mais do que falar,afinal foram 2 anos juntos,o suficiente para descobrir tudo de uma pesssoa.Mas um dos dois tinha que quebrar o silencio.

- Sabe o que eu estava pensando?lembrando esses dias?que a gente,nuca tirou uma foto juntos
- É verdade,nunca mesmo,caracas,que absurdo,mas,podemos tirar uma foto agora.
Sua mão já prestes a submergir a bolsa,quando Fabio a interrompeu
-Não,Não,digo,foto enquanto namoravos,foto de casal
-Ué tiramos uma agora,e fingimos que é da época em que namoravamos,voce tá ate com aquela mesma roupa que nao sai do seu corpo,tudo bem que voce tá mais gordo mais feio,mas,ninguem vai notar.
- Não,não,essas coisas não dá pra fingir,foto de casal é tipo foto abracadinho,beijando
-Credo,se sabe que eu sempre odiei essas fotos de casal beijando?eu acho tao brega,tao patetico.
- Ah,eu aho romantico,bonito,mostra que o casal se gosta,se ama.
-Ninguem quer ver fotos de um casal desconhecido se beijando,beijo é muito intimo para se tirar foto e ir mostrando por ai.
-Estamos fugindo do assunto,a questao é a foto,eu queria uma foto nossa,de lembranca,nao sei.
- Ah,sei lá,voce nao é bom nessas coisas de corel,de montagem
-É photoshop Carla
- que?
- é photoshop que faz montagem,voce nunca vai entende essas cosias né?
- Que coisas?computador,montagens?Ah mas não vou mesmo,voce sabe que odeio computador
- Não,não estou falando de computador,estou falando dessas coisas bonitas,que um casal tem,fazer montagem é quase uma blasfemia,e voce sugerindo,eu vou olhar a foto e falar é uma montagem e nao pensar em um dia que marcou minha vida.
-Ah Fabio,fazer o que se voce precisa dessas coisas,pra lembrar da gente?eu sei la,eu lembro da gente,por lembrar mesmo,ou uma musica que toca.
-Eu tambem lembro da gente por lembrar.
-Então
-Mas é que eu sempre quis sabe,eu sempre desejei que tirasse uma foto enquanto eu estava dormindo,ou comendo,distraido,ou em um desses silencios que ficava entre a gente sabe?
-Ah mas ai a foto seria só sua né? e não nossa,e convenhamos voce dormindo não é nada bonito,e comendo então nem se fala,e essas coisas de tirar fotos no silencio,é um subterfugio mal usado,todo casal que esta em silencio pega suas cameras do bolso,tira foto do seu par e deixa ele constrangido,aí depois fica aquela briga melosa,ela pedindo pra ele apagar a foto,e ele nao querendo apagar.
- Mas eu saberia que foi voce que tirou
- Que?
- Se fosse uma foto dormindo minha,eu ia embrar que foi voce que tirou,mas,deixa,vce nao entende mesmo.
-Sim,nao entendo,e outra,nao ia querer ficar no mural de fotos junto com as suas ex
-Voce nao ia ficar no mural,junto com minhas outras ex
-Ah e nao?e aonde esta foto estaria agora?
-Ah,nao sei,talvez na minha carteira
-Haha,na sua carteira?voce só pode ta brincando,anar com uma foto nossa,da sua ex na sua carteira?
-É porque nao?
- Por que nao faz sentido,
-É,tem razao,bom acho melhor,pedirmos a conta
-Sim,vamos pedir.
Fabio chama o garçon,ja retirando o dinheiro do bolso.
- Poderia trazer a conta pra gente?e ah,e tirar uma foto nossa?
- Tirar uma foto nossa Fabio?mudou de idéia?
- Sim,mudei,essa será nossa unica foto
- E o que ela vai marcar pra voce?
- Que nos nunca tivemos uma foto juntos.

domingo, 19 de julho de 2009

Cinema

O home theater quase a impediu te escutar o telefone tocando.Ela,em seu sofá assistia um desses filmes em que um helicoptero sobrevoa um prédio enorme,e o som do mesmo,parecia sobrevoar sua propria casa,mas em uma das suas distrações momentaneas,pode ouvir o toque de seu telefone,que agora parecia ser mais alto que todos os tiros,dados no momemto do filme.Ela como se,prevesse uma ligação rápida,nem fez questao de pausar o filme,abaixou o volume,quem sabe támbem,já nao tinha visto o filme mais de mil vezes,era um hábito dela,ver o mesmo filme,muitas vezes.Abaixou o volume da tv,e foi ao encontro a mais uma torturosa missão,sim para ela,ela muito dificil falar ao telefone,já que as unicas pessoas que ela falava,era o piloto do helicoptero e seus assassinos.
- Alo? disse com a voz,baixa,e pouco praticada
-Alo,por favor a Michele?
-É ela,quem esta falando?
- Michele?Sou eu,o Carlos,do Em Paris,digo,nos conhecemos na fila do filme Em paris,e aproveitamos e assistimos o filme juntos,lembra?
-Ah sim,Agora me lembrei,eu amei aquele filme,a fotografia,as atuações.
-Sim,eu também,eu to ligando por que estreio um novo filme frances,no Unibanco,talvez queira ir comigo.
Ela não hesitou na resposta,talvez pelo filme,e não em si pelo Carlos.
-Sim quero sim,a critica falou muito bem desse filme,e é sempre bom rever a binoche,nos vemos lá as 9 horas.
- Tudo bem,até as 9h.
Michele se apressou,tirou o filme,mesmo que ainda estivesse na metade,e a casa se silenciou,foi para a cozinha tomou um café,e relembrou do filme que tinha visto com Carlos,do Carlos,ela não lembrava muito bem,mas pensou;É uma boa compania,gosta de cinem igual eu,por que não?e também ninguem ia ver esse filme comigo.E se dirigiu ao quarto aonde podia vestir algo que a deixasse segura.
As nove em ponto os dois se encontraram,se direcionaram para a fila,os dois religiosamente calados,um só escutou a voz do outro,na hora de comprar os ingressos,não tiveram tempo para conversa,pois ja estavam atrasados para o filme,e provavelmente ja tinham perdido os trailers.
Na sala de cinema,fora como a outra vez,as cenas eram altamente lindas para sere interrompidas com um comentario,mesmo que fossem pertinentes.Sairam da sala como entraram,mudos.se despediram,pois o metro ia fechar,Michele estava sem carro,e Carlos,por timidez ou alguma outra coisa,não a ofereceu carona.
Muitos encontros,aconteceram depois,filme frances,binoche,audrey,silencio,timidez,e filme muito lindo para ser interrompido por comentarios,mesmo que fosse chulos ou futeis demais.Metro que fecha,carona que não sai.
Até que um dia,Michele pasou seu filme,bem na cena em que clementine termina tudo com seu respectivo amor,tomou coragem e ligou para Carlos.
-Alo,Carlos ?oi é a Michele tudo bem?
-Oi tudo e voce?
-Tudo otimo,estou ligando,para saber se não quer me ver?
-Ah sim,mas já assistimos todos os filmes que estavam em cartazes não é mesmo?
-Sim,assistimos,e é por isso que eu ia sugerir que.. Mal completou a frase Carlos subitamente a interrompeu.
- Ah entao,se já assistimos.....
Michele,desanimada do outro lado,fica em silencio,e depois de muito pensar responde
- É verdade,já assistimos,então deixa,bom,se cuida,beijos.
O dois desligaram o telefone,e nunca mais se falaram.Michele nunca soube se Carlos era o amor de sua vida,ou não,pois nunca chegou a conversar realmente com ele.sempre estavam atrasados para o filme,ou com medo do metro fechar.E na hora do filme?ah,na hora do filme quem ia interromper aquela cena linda de Jules e jim?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Pecados do meu pai.

o sangue que corre na veia errada
o pensamento que vagueia
destino desatino
tenue linha do engano
retorno maldizer
eterno fim
vitimas ancestrais
queimam em fogueiras exarcebadas
construindo casas almadicoadas
com lembracas de outrora
O meu coracao contem pecado do meu pai
minha liberdade adiquida em lingua erronea
Sou pecador por hábito
cruz de praxe.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

desintegra

Sua alma evapora
suas mãos evaporam
você e seus poros
até suas palavras são poros
você é o próprio tempo
é o próprio relogio que desmancha
é por isso que nunca te toquei
nem todo amor é bom quando se espalha.
voce é o proprio sopro
é o proprio vento que se desgasta
é por isso que nunca te toquei.
voce não se entrega
se desintegra.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Bem-te-vi

Bem-te-vi
tenho a impressão
de ser feliz sempre

Bom,te ouvir
Seu canto
é bento de alegria.

Bom,te ver
seu voo
acalento de harmonia


Bem-te-vi
Bem te vivo.

Meu bem
Nem bem te vi
tive a sensação
de ser feliz para sempre.

Bem-te-vi
Bem te vivo.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Copias mal feitas do Caio.

Essa coisa de escrever sobre cigarros,nunca foi a minha.Escrever sobre fumaças,só para dar um ar,de coisa pensada,de coisa importante.Todos os novos escritores sao copias mal feitas do caio fernando abreu.Com seu "fumei outro cigarro",é incrivel como eles acham que isso dá alguma seriedade ou credibilidade ao texto,ao a sua vida pacata.Nunca falarei de cigarros e nem de vodkas em minhas poesias,cigarros eu deixo para os outros,e vodka eu deixo pro bukowski.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Batu

Olha a lua Batu
que atua,em seu mais belo céu
Olha a lua Batu
que acentua a mais bela noite

Olha a lua Batu
o artesanato das estrelas que brilham
Olha a lua Batu
todo ato de Deus,é poesia

E voce olha para cima
como se escutasse baixinho

Batu,a lua é tua
Batu,a lua é tua
Batu,a lua é tua...

Hedonista

O que me move
é o que me comove
é como ver o mundo enternecer em seus detalhes
e ser eterno em sua simplicidade

Sem prazer sou imóvel
móvito caminho
imortal ao éter
terno de adiantamento

Mas se há encantamento
caminho movido pela canção
mortal a necessidade
ternura hedonista


A claridade comovida
ser breve como a vida
no enternecer de todo entardecer.

domingo, 5 de julho de 2009

Heteronimos

De Adeus a todos os meus eus
o romantico,o pastor,o calmo,e o poeta

O romantico não sobreviveu
ao tentar equalizar sua perfeição.

O pastor veio a falecer
tentando distinguir sua lógica

O calmo foi para um lugar melhor
depois de ficar horas,tentando decifrar seus gestos

E o poeta morreu
enquanto observava seu silêncio.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Meu Coração

Meu coração
contem alegria
ora contida,comedida,ora continua

Meu coração ri da vida
comoção,comédia consentida
alegria com medida certa para viver.


Meu coração ri mediante a morte
e entre seu medianiz
há o nome certo para a rima.

Meu coração é medium
médio,intermédio
entre amores falecidos,e amores vivos.

Meu coração
me dita o verbo amar
e medita sobre o verbo viver.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Taciturno

Taciturno
meu turno,meu tumulo
o cumulo de tristeza
entorno outra dúvida
em torno do vazio
meu turno,meu tumulo
taciturno
Tornado de irrealizacoes
tomado pela culpa
sempre ve castigo
sem preve o ambiguo
torna-se sozinho novamente
a minha turne é no inferno
meu turno,é me chicotear
taciturno
sempre ve o castigo.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Da felicidade ou de presente.

Coração
só não assobia
por um triz.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Absorto

Absorto em toda sorte
certa empatia com o destino
estar ileso de promessas divinas
e caminhar no principio do prazer
Eu filtro em mim
todos os sorrisos em minha volta
e a minha vida se da a partir isso
Gosto dos milagres ceticos 
tudo que me difere,me fere
adio um,ou mais dois sonhos
ainda nao sou perfeito para supri-los
Um pouco de vento,e um muita chuva
e tudo volta ao normal.
Contrariando os dizimos,e o que diziamos.
Senhor da desatencao 
disputa meu tempo com outras imperfeicoes negativas
O tempo que tenho sobra para as acoes,falta para os sonhos
loucura dizer que sou seguro,procrastinando beijos e sexo
evitando o reino de suas pifias palavras 
Prove sua existencia,e provarei do meu erro
profano,prefiro assim,do que cair em tentacao.


quarta-feira, 24 de junho de 2009

Agradável

Fala sozinha
olha o infinito
canta dissimulada
voz rouca,dentes cuidadosamente imperfeitos
abstrata vontade de ser incomum
incorrigivel o sublime pensamento de ser minha
fala comigo
desconstroi os dias
olha o finito
canta distraida
voz rouca,desnorteia a semana
abstrata vontade de ser minha
incorrigivel o sublime pensamento de ser única.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Lirio

o encantamento diluido em seus olhos
como um colirio delicado e sutil
destilado do meu corpo sou santa
ao lado do seu,me torno presa facil
há entre nos o lirio dos loucos amantes
meu eu-lirico é todo seu
esmero,espero outro toque
outro olhar.
beijar seu corpo minuciosamente
de forma incompleta e carinhosa.
intrisecamente,meu corpo,sua mente
coração,boca e desejo.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Tudo que aprendo
nao me prende
compreendo,mas logo se desprende
as vezes me pego estudando coisas que ja sabia
relendo algo,me impressionando com uma palavra
que o significado ja fazia parte do meu sentir
meu cerebro nao tem nada de eletronico
é uma massa esquecida
todo meu aprendizado de nada vale
nada guardei pra vida
passo o maior parte do tempo reaprendendo
reaprendendo..reaprendendo.
até que a vida me questione
até que a morte me silencie.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Transe

Terra em transe
transição em segundos
transito entre seu mundo
mundo em transe
transparece em nossos sorrisos
e tudo que é amor
se teletransporta para dentro de nos.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Paródias de nos mesmos.

Paródias de nos mesmos
sem rédeas,sem nos preocuparmos
subvertendo sonhos e palavras
questionando o silencio e as rosas
o que signifca amor
é o que fica.
Signos,simbolos.
Anáforas despretensiosamente engracadas
Metalinguagens a favor da distração
E o que significa amor
é o que fica.

terça-feira, 9 de junho de 2009

A noite

 A noite vai delineando as ruas
contornando todos os gatos,que ali passam
despedacado sentimento melancolico
a noite segrega meu intimo
ela me conta os segredos para ser nostalgico
A noite seduz meus pecados
Eu confesso a tristeza,e ela me abraca
A noite vem me entregar o silencio
e eu retribuo com o meu penar
a esse nosso reciproco amor.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Um dia calado,é um dia triste
uma noite calada,é uma vida triste
silenciosamente paradoxal
indiferente a tudo que é sincero
Deus me encheu de amor
evasivo consolo egoista
distribuo a compaixao,elogiando o compasso das 23 vidas que conheco.
retalhos crues de mim mesmo.
eu me calo para Deus,eu me calo para o mundo,distribuindo assim,meu desconsolo com a vida.

sábado, 6 de junho de 2009

Eu laconico,te observava
dançava jazz,dançava samba
era singela,completava as lacunas do ar
suaviza os espacos,com seus quadris e movimentos
perfeitamente livre,ousamente apaixonada.

domingo, 31 de maio de 2009

Ontem pensei em você,e todos os passáros,morreram em pleno voo,minha alma criou rugas,e os meus olhos e bocas foram custarados,com a linha que um dia guiou seus passos.Vodu de mim mesmo,espantalho falido,delirando em slow motion.Ontem pensei em você,suas lembranças me arranham meu cerebro,zumbidos em meu ouvido.Eu me tornei mestre de minhas ignorancias,voce me envergonha,quando diz que é humana.Amanhã pensarei em você,prepare seu guarda chuva de vidro.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Você

Conte-me,suas histórias,aquela vez,que caiu da escada,a outra historia,de como aprendeu a tirar fotos tao boas,não quero escutar sobre o que fala aquele livro chato do kafka,quero sabrer mais sobre você,o que te levou até aqui,e o que te fascina em um dia chuvoso.Quero atravessar a noite te conhecendo,qualquer palavra sua é mais interessante do que todo conteudo em uma biblioteca.Jura para mim,não falar mais sobre o quanto Kant,é importante,ou o quanto Rousseau entende da vida,não quero isso para nós,não quero conversas regadas ao um intelectualismo desnecessario,não mais.Eu quero é a sua visão de mundo,e o jeito como olha as pessoas.Nos não precisamos escutar nem chico,nem los hermanos,faça uma letra agora,e cante para mim,com a sua bela voz.Eu quero a sua verdade,e a sua vida,nada que não seja nos,permeiara em nossos encontros.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Equivalente

Evoca o silencio
evacua a liberdade
e voa so,entre as nuvens de equivocos.

o futuro das silabas

O silencio tem a minha fisionomia
o tedio nomeia meu espaco
a escuridao permeia meu tempo
por meio da solidao me faco presente
meia vida,juro que amei.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Mundo

Dentro de minhas limitações,criamos nosso mundo,tão perfeito com único.Fomos rei e rainha,em um mundo,sem julgamento.Dentro do nosso mundo,criamos nossas limitações,tão imperfeita como injunsta.
Fomos Rei e rainha em nossas limitações prejudiciais.Hoje,tudo que nos pertence,são nossas trangresões,e a vontade sem limite,de não termos nenhum mundo,mas de fazermos parte dele,não daquele que criamos,mas sim,daquele que vivemos.

domingo, 17 de maio de 2009

Alternativos senhores da noite,suas implicancias empiricas diante fatos aparentemente normais,já nãu causam mais em mim,a vergonha de ser normal,todos os chavoes ditos pelos seus ideias modernos,não acanham a vontade de ser só.Sociedade atraida pelas taras ouriculares,vexames pós felicidade,depressao pós parto.Tenho a humildade de dizer que o popular gesto insignificativo de voces,é tao pretensioso,que um dia irá cair em ostracismo,como irá cair todas suas noites de puro prazer.Senhores da noite,a vida é um estrago na mao de voces,e que por mais que se desdobrem,a o carater nao é reciclado.Tenho a missao de ser um pouco mais ácido,para com todos aqueles que um dia me ignoraram,ó senhores da noite,voces nao sao nada,quando o dia amanhece,suas ressacas entregam suas fraquezas,e suas dores de cabeca,nao sao de consciencia mas de um subterfugio necessario.Senhores da noite,voces nao sao nada quando amanhece.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Distancia do vazio

Diz tanto do vazio
distancia do vazio
       ancia do vazio
          ancia e azia
       distancia vazia
               ancia
               vazio

terça-feira, 12 de maio de 2009

Vicio de promessa

Perdoe minha pressa
e meu vicio por promessa
antencipando o fim
com o meu sentimento veloz

Preciptando o precipcio
com minhas palavras e meu vicio
preparando o salto
atraves da insegurança

Perdoe a sinceridade
e a velocidade
com que as coisas acontecem

mas é que tempo e amor
nao se medem

mas é que tempo e amor
nao se medem

Quando esta comecando
a pensar
eu ja estou te escrevendo

Quando esta comecando a plantar
Aqui o meu amor,já esta florescendo
Aqui o meu amor,já esta florescendo.

domingo, 10 de maio de 2009

Hoje eu entendo seu humor
debochar a vida
nunca foi a minha aptidão
o meu talento é rir de mim mesmo
e não,desconfiar daqueles que são melhores
Debochar da vida é coisa muita séria
e eu,nao tenho talento para isso.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

abaixo

Minha sensação de culpa
adia o meu sonho
difere meus desejos
e distrai minhas qualidades
A desordem do meu dia
equilibra o que cabe a mim responder
Orbitraria noção de tempo
Ironiza o que o meu prazer prioriza
Atarefada noção de nada
injusta capacidade de ser bom
Minha ansiedade é de não cumprir o obvio
e de chorar horas depois pelo trivial
abaixo a auto estima
abaixo a auto estima
grita a loucura em greve em meu cerebro.

terça-feira, 28 de abril de 2009

conjugação

Meu inconsciente não te julga
minha mémoria nao conjuga o verbo lembrar
não há conjutura em nossas vidas
há nao ser o extra conjugal.

domingo, 26 de abril de 2009

Dirce nao me disse Nada

Se diz traída
Mas se distraiu
Tão Retraída
Nem se retratou

Se diz coberta
Mas nao tem razão
se diz espera
atrasa a aflição

Disse e não me disse nada.
Disse e não me disse nada.

Diz perto
que é louca
nem se retratou

se diz sou fria
e que sofria de amor

Dirce nao me disse nada.
Dirce nao me disse nada.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Liberdade

A liberdade só é concedida,para quem tem amor próprio
impróprio valor desgastado,comedida razão de si
indiferente ao espelho,desintegra-se nas multidões
O amor só te liberta,para quem o clama em voz alta.
Fugas em fracoes absurdas,distracoes voyuer,impõe o medo de ser real
O cotidiano te consome,impossibilidades de ser sozinho
A insensatez da incapacidade toleravel,a vergonha de nao ser rei
o minimo prazer esquivado pela interruptas desmotivacoes
o que leva a crer na paz,é o que se traz consigo nos braços
A vida estremamente levada a sério,é estranhamente a causa do isolamento
A alma trivial,o sonho desconexo,e as inverdades nas purezas da humanidade
o que é reflexo da dor,se nao a própria morte?
A vida só é concedida aos que sonham
E os que se limitam na carne,já morreram.
faco parte dos que nao suportam as futilidades do dia dia
fatalidades falsas de um novo esquecimento
Eu me permito quebrar as inrregularidades do meu ser
Mesmo que pra isso tenha que me mostrar forte
Prefiro temer do que fugir
Todo escapismo,é humanamente miupe
e toda degeneracao é fruto de amores transeuantes .

segunda-feira, 13 de abril de 2009

alma gentil

Minha solidão é sólida
Só lida por alma gentil
Minha solidão é solidaria
Compartilhada por alma gentil
Sou só
E só lido com a minha angustia.
Sou só
E minha solidão
É só lida por quem tem coração.
Minha solidão é tão sólida
E toda solidez é culpa da sua alma gentil.

domingo, 12 de abril de 2009

A arte do crime

A importância de ser belo
A funcionalidade dos beijos
Design dos amantes
Cenografia para os meus desejos
A arte enobrece o céu
Cores que nem Almodóvar ousou usar
O arco-íris dedilha Beatles
Não falo de diamantes
Mas sim da importância de ser belo.
A funcionalidade dos amantes
O design dos beijos
E o revolver do crime
a arte está no crime
A arte é um crime,quando te rouba,todas as suas palavras.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

A áspera espera do reinado
A insegurança se hospeda em mim
Hostil lembrança de uma derrota
Derradeira vontade de ser humano
Gentileza distingue o amor
E a cumplicidade atravessa minhas noites
Rasteio sobre minhas promessas
E hasteio minha coragem
Fico só, durante meses
A minha retórica é a do silencio
A minha hóstia embrulhada em esperança
A raspa de um fruto
E toda fé, resiste ao mito da felicidade.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Simplório

O meu caminhar,as vezes falha.
tropeço entre pensamentos.
eu carrego no peito o momento perfeito.
outras horas,sonho,com meus passos transgressores.
tenho uma promissora idéia de mudança.
Eu espero calmamente o farol abrir.
assim como todos espera,a asperá oportunidade divina.
caminho,com o peso da cobrança em minhas costas
olhos fixonados pela diversão alheia.
Tento olhar por entre as arrogantes ideias minimalistas
e caio entre tantas outras fontes de inspirações.
eu percorri o caminho de todas as provações
Ser triste,tambem é uma maneira de viver.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Sobre o Amor

Eu te amo Marina Sefrian Chiva.

sexta-feira, 20 de março de 2009

O silencio lecciona a paz
A palavra seleciona o sentimento
A licença poética dos dias
A ciencia que move minhas pernas
A dor que lesiona minha alma
A paciencia que rasga minha pele
O amor que lecciona a paz.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Impressionista

Quem tem pressa
Não faz promessa
Não me impressiona
A premissa da conversa

Promissor o amor
Que preza pelo ato
Prosa é bossa nova dos meus fatos


Amor a curto a prazo
Prazer disfarçado
Preservo as palavras
Priorizo os beijos

A pressa dos beijos
Deixo para o sexo
A promessa dos amantes.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Cordel Cordial

Fiz um cordel cordial
Para acordar você.
A cor do dia é branca
De acordo com Deus
E as nuvens são sonhos
De acordo com os meus.
Fiz um cordel cordial
Para acordar você
O sol pendurado em barbante
Xilogravura no céu
O sol ilustrado cantante
Acorda com o meu cordel
Fiz um cordel cordial
Para acordar você.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Faço um apelo,a sua pele
Pelo amor de Deus
reveste nosso amor.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Ando

Eu ando melancolica
Eu ando sem mel
Eu ando com colica
Eu ando sem sal
Eu ando saudosa
Eu doso a saudade
Eu ando sem freio
Eu ando com frio
Eu ando friamente
Quase virando freira.

domingo, 1 de março de 2009

Prezo pelos prazeres
A longo
prazo.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

legitimo

Eu intimei seus defeitos
para ser intimo do seu melhor
fui timido com seus beijos
e vitima legitima de suas loucuras.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Não quero lhe falar
Meu grande amor
Das coisas que aprendi nos livros
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor é coisa boa
Mas também seiQue qualquer canto é melhor
Que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado meu bem Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está Fechado pra nós, que somos jovens
Para abraçar seu irmão e Beijar sua menina, na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio
E a sua voz
Você me pergunta pela minha emoção
Digo que estou encantada
Com urna nova invenção
Eu vou ficar nessa cidade
Não volto mais pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
O cheiro da nova estação
Eu sei de tudo da ferida viva
No meu coração
Já faz tempo eu vi você na rua
Cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória
Essas lembranças é o quadro Que dói mais
Minha dor é perceber
Que apesar de termos feito tudo
Tudo o que fizemosAinda somos os mesmo e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmosE
as aparências não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que estou por fora
Ou então que estou inventando
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu a idéia
De uma nova consciência e juventude
Está em casa guardado por Deus
Contando vil metal Minha dor é perceber que apesar
De termos feito tudo, tudo, tudo que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como nossos pais !

(Belchior)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Ei

Tacteei seu rosto no escuro
Tatuei em meu braço nosso futuro
atuei em seu coração tao puro
atiei fogo,em nosso sexo seguro.





para Marina.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Control

Sequestrei a razão dos seus pecados,tão licitos,quanto inocentes,fiz deles algo de risco,corro perigo o tempo todo,e me ponho a correr diante a covardia.O meu sexto sentido incerto,apostou com suas mão e corpo,que eu jamais temeria o disfarce,mas agora que todos os mortos se levantam,o meu caminho não é tao vigiado assim,minha vida sempre foi um festin,não diabolico,porem louco,segredos em armarios difusos,desejos incompletos que talvez só seus olhos poderiam me conceber.Eu acredito que de todas as minhas vontades,amadurecer,é a ultima delas,eu,pirralho,muleque,consigo o que quero por minhas lagrimas infantis,sim sim eu já usei todo o pretexto de quem nao sabe se limpar ainda.
Eu já te mostrei minha vergonha?entao se prepare para entrar no labirito de desavenças,aonde a ganancia e o egoismo crescem como arvores.De mim você nao sabe um terço,sou capaz de deitar sobre os trilhos,para conseguir a atencao do mundo.Ah,como eu amo meus defeitos,eu os vanglorizo,como quem atira em um espelho.Foda-se a incoerencia,foda-se as atitudes anormais de um cerebro eletronico,e quero mais gozo,mais feridas.Quero ser o rei dos hedonistas,e para sempre cativar a sua morbidez,por que é melhor o instinto pecaminoso,do que as aguas limpas feitas para abencoar incredulos.Eu ainda corro da covardia,e pouco a pouco chego mais perto do meu crime.Roubei o seu carater,sequestrei seus pecados,e é na sua cela,que irei morrer.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Motivo Original

É por livre arbitrio,que habito em voce,me livro das antigos hábitos,para ser uma pessoa renascida,ignora as leis da natureza,em meu coracao a vontade coexiste com a razao,nao sao caminhos antagonicos,apenas se coincidem no capricho.Mesmo que te amar nao fosse uma vantagem,a amaria,como o motivo original de minha crença no amor.É tao demode usar chantavem como ouro,desvantagem desagradavel que nunca sai de moda.Fui instruido a certos modos,mas prefiro ser auto didata na vida,prefiro recirar,á repetir gestos insanos.Calculo,antecipo e rezo,o desejo não é nada mais do que a preservação do futuro,as vezes me auto saboto,sabotagem de uma covardia inerente a minha criacao no mundo.O fato de te esquecer,é por que um dia,vou precisar te amar de novo,e dessa vez o farei,com a maestria dos bons samaritanos.
Comédia Romantica,comedida,cometida pelo acaso ao inverso.Tudo fica muito facil para quem ignora as causas da felicade e as vertentes do desejo,nao me diga que a felicidade é efemera,que lhe direi,que esta desperdicando a vida.Eu confesso,já desperdicei meu orgulho,e meu valor,mas tudo por ingenuidade.Málicia é uma palavra tao feia né?que só os sujos deveriam pronuncia-la.Prefiro a arte,a artemanha.Faço manha,e faço arte,mas artemanha,estou longe dela.Preciso do meu coracao bombardeando sinceridade,Eu preciso reativar a memoria de minha loucura,e deixar o bom senso,ser incenso em qualquer outro lugar,ser musica talvez.
Ah! Meus caros amigos,pois eu,ah,eu ja me cansei do bom senso.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Sou

Sou o manipulador da sorte
Voluvel ao tempo
Integrante real da vida
Sou a doença da má vontade
O castigo da justiça
Nó na garganta do suicida
Sou o que mente paras as preocupacoes
E o que vomita a sincronia
Sou a navalha das horas
A cura infernal da sua indiferenca
O fetiche de sua inseguranca,o murro dos inocentes
Sou a certeza da obrigação
E o ponto fraco da Arte
Me desconstrua,e terá consigo,a vitima perfeita do seu drama
Sou pacifico enquante amante
Mas inquieto na implenitude
Minha sinceridade é surreal,e conm ela converto o trivial
Sou só um personagem
Nao esta vendo?

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Comprovei

Provei da vida
Previ o medo
Privei a sorte

Vida Aprovada
Previ o medo
Provei da sorte

Vida Aprovada
Previsto o Medo
Previ a sorte

Vida prevista
privei o Medo
comprovei a sorte

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Assédio

Conheci a tristeza por intermedio da dor
Angustia mediocre,submerso da perda
Dramatico o coracao que fere,só por ferir
prefiro o silencio,do que seu grito

O tédio é um assédio ao meu corpo
e nao há rémedio,que me faça abrir os olhos
sou cético quanto a minha loucura
que é capaz de te envergonhar com tantas lagrimas

Conheci o tédio por intermedio do silencio
Mediocre estado de serenidade
dramatico coracao,subermo irreal
prefiro a falencia de suas palavras,do que a verdade saindo pelos poros

O drama é um assédio ao meu corpo
e nao há remedio que me faca feliz
sou cetico com a minha loucura
que é capaz de me envergonhar,com tantas lagrimas

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Lançamento do meu livro
dia 15 quinta-feira
Tapasclub

Mais informações no meu orkut.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Fashion Week

Tudo que está na moda
nao me agrada
me incomoda.