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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Experiência Privada

Não devíamos individualizar a liberdade
Amo só o que me trás segurança ou sou capaz de amar o que não acredito?
Não devíamos privar as sensações
Tenho medo da discordância dos nossos olhos
só eu posso saber que eu sinto o que eu sinto, é todo meu conhecimento
perdemos o total domínio da duvida.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Milagre

Cada um com seu pecado
Cada um com seu pedaço de fé
Descalço, calco o perdão
E meu calcanhar sangra de vaidade
Acanhado,busco a verdade
Mas a cada passo que dou,sou abocanhado pelo sol
Que arde em minhas costas,então como em um deserto
Eu paro
E então como em um deserto
A miragem renasce,travestida de milagre.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

1+1 = 3

Todo sonho que ameaça
me deixa fraco
Perfeitamente quebrado
dois lados,fragilizados
distrata o sorriso de janeiro
me faz perder os numeros
Grande tempestade de socorro
a atencao desolada de um ingles
sem reacao,sem percepção
gritando
"Sua mente suja,quer ser sugada"
Eu não entendo nada de eternidade
Talvez eu tenha sido criado,entre marmores e facas.

Radiohead

Tudo incita o perigo
abismo conjugando o sonho
tudo excita a calma
sinta se o perverso do silencio
nao controle a maldição
a cura vem por livre arbitro
quiser ser o relogio,mas foi somente o tempo
labirinto discursivo subverte os sentidos
qual o caminho da saida?
saida e entra de demonios e anjos
demonios entram e saem
anjo,só saem.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O gato caçoa
o cachorro nao sabe se coça
ou se caça.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Mesmo

Mesmo que pareça esquecimento
mesmo que me lembre nascimento
mesmo que adormeça em histeria
e por mais que ande sonhando
por mais rasante que seja o voo
por mais cuidado que o perigo ofeça
por mais luz que se esconda
a vida sempre será a mesma.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Encarece a alma

Em quantos pecados você já pisou?Sua pele costuma queimar no outono?Fingir veneno,seu cuspe artificial não mata,nem apodrece as escadarias mórbidas do céu,teu ser selvagem garante o espírito que denota fracasso,você já olhou para as pontas afiadas de uma rejeição ? que abraça o peito de quem confia,matando a paz de quem descansa.Você,com seu revolver enferrujado,engasgando com a própria palavra,rasgando o próprio véu que te deixa menos feio.Trouxe para ti a corda da vergonha,que combina tão bem com seu papo de arrogância,é um cachecol sob medida para uma dor desmesurada.Você vai perceber a vida que esmagou com seu sarcasmo,quando fores o castigo do seu próprio crime,e assim poderei me libertar em fração de segundos,de qualquer promessa mesquinha que tenho feito,tentando assegurar uma vida,a cobiça entre seus dentes,virou algo invisível mas que ainda pode encarecer sua alma,e pode sangrar,e assim saberás que é ainda está vivo,só por que ainda não te esqueci.
Fogos de artificio
para comemorar
uma vida artificial.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Janeiro Despedaçado

Vulnerável,eu me redimo
invariável loucura de ser teu
viral de emoções
sentimentos como roupas no varal
ventos que sopram devagar
deixando a saudade morrer
não há mais nenhum vestigio do sol
e assim termina um janeiro despedaçado.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Fracassar em sua tentativa de ser vitima,é o pior fracasso que existe.
Já anoiteceu
o céu teceu as estrelas
Mais de meia noite
permeia a solidão
Deus já se esqueceu
da minha bandeira
o mundo enloqueceu
insonia é brincadeira.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A lua insiste em me olhar
Anunciando o silencio latente
O cachorro insiste olhar a lua
Em um latido eminente
Seria um pedestre
Seria mais um
Se não fosse vagabundo.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Dom Casmurro

A mercê
Do merecimento
Sou o que mereço ser
Sou o que merecer da vida
Mero esmero
Sermão
Ou contramão
Ser a mira
De quem eu admiro
Ser muro
Ou Dom Casmurro.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Tem no mercado

Se o que vale
já venceu
perdeu-se o tempo doado

Todo amor
não consumado
tem sua data de vencimento

Todo amor
que tem prazo de validade
acaba por vaidade

só prevalece
aquilo que é
pra valer.

Silêncio Narcisico

Seu silêncio me limita
imita o mistério que tento domesticar
dorme o nome que outrora era belo
aqui jaz o útimo desejo
o que ganho
por ter me dado como vencido?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Hoje a música não tocou
Então meus olhos se cegaram até a minha boca ficar fria
Até a minha boca, despertar a sede da loucura de suas notas
Tão desconstruídas.
Fecha-se poço da inteligência, infantilizando o céu que me protegia
Até o erro se tornou dúvida
E o equilíbrio, virou pó de café.
Eu tive que emudecer o desespero, criando em mim o grito na alma
Eu tive que me afogar no narcisismo para suprir sua falta
Hoje o rio secou
Ensurdeci até meu coração parar de bater.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Parte 2

Outro par a se dissipar
Uma parte é por sorte
Outra parte por desculpa

Uma parte fechou a porta
Outro coração que não me comporta
Portátil sentimento sem vazão

Uma parte que aperta o peito
Outra que sufoca a saudade
Uma parte vira ironia,outra poesia.