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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Quero ser Grande

Meus delírios de grandeza
Meu descaso com o corpo
A causa da enfermidade
O efêmero sonho de ser alguém
Mero passa tempo diário
Desperdiçando o que não se tem
Dispersa personalidade
Alimentando a preguiça do pretexto
Exagerando nas doses de não mereço
Procuro o conforto da vida
E não mais o desespero do desencontro
Esse mundo tão grande, ainda me assusta
Necessidade que não cessa
Desejo que não se conforma
É o cansaço que me mantém vivo
Ei de morrer louco
Pois enquanto estiver são,procurarei a eternidade.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Placebo

Absorvo tudo que observo
Absolvido dos meus pecados
Sorver a cura
E dissolver lentamente tudo que esta latente
Tudo que lateja em meu corpo
Abolir a dor
Ebulição catastrófica de pensamentos
Burlar a morte
Elaborar mais uma oração
Bolor de culpa, bipolar o tempo que não passa
Sirva-me os placebos inventados
Para que eu sirva de cobaia para suas experimentações.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Consentir sem sentir

- Eu sinto falta dos seus beijos
disse a ela,meio afoito.
- Mas nos nunca nos beijamos
respondeu,diretamente
- Porem, eu os imaginava
- Sinto falta do seu sorriso
- Mas eu nunca sorri pra você
- Ainda assim, eu te via sorrir para o espelho
- Enfim, eu sinto a sua falta.
- Mas eu nunca fui sua.
E ele finalmente se calou.

Uma pureza impossivel

Amores contrariados
destinos que nao foram cruzados
Uma flor que morreu murcha,sem saber,a temperatura do sol
Uma pena leve que não encontrou o vento certo,para a sua direção

Vida,não faz assim
Eu que só quero o vento certo,e a temperatura para mim.
Vida,não faz assim
Eu que só quero que o meu destino,seja cruzado com o seu.

Sonhos sem plataforma
Um desejo sem raiz
Frutas que nasceram sem gosto,em um jardim sem amor
Vidas e mais vidas retratas,em preto e branco,por um mal pintor.

Vida,não faz assim
Eu que só quero um tela,e o jardim para mim
Vida,não faz assim
Eu que só quero que o meu destino,seja cruzado com o seu.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Gritos e Sussurros

Meu desejo desajeitado
Meu ensejo enjoado
Jogado a leões
Sermões moídos ao vento
Condoídos seres desolados
Trancafiados em seus próprios sótãos
Desarranjos os arcanjos
Arcam com a vida sem fé
Arcos infinitos
Barcos desatinos
Celestial amargura sem culpa
Mares atravessados
Bíblia obliqua distante
Gatos ensurdecedores
Madrugada madre madalena
Meu corpo sem cor
Meu copo sem vinho
Voa o ardor em asas de morcego
Gritos e sussurros bestiais
Velado o poema fúnebre
Descarto qualquer cartografia
Caligrafia de Deus nas horas
Acato o bandido divino
Serpente que jaz sobre minha cama
O pesadelo pesa minhas pálpebras
Minha alma disforme
Meu espírito diz fome
E noite se fez assim.

domingo, 22 de novembro de 2009

Desando

Ando calado, cálido
De paladar pálido
De pedalar impávido
De depenar o insólito
De socializar o sádico
De declinar qualquer clima
Refugiando o fascínio
Faíscas de fascismo
Minha face liberta do mal dizer
Ando calado, cálido
Desafiando, desafinado
Covarde, complacente
Quase finado
Fiado com a vida.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Valsa do vazio

Dança a valsa do vazio
Visível vislumbre da vida
Vasto descompasso distraído

Dança a valsa do vazio
Desencanto verso no salão
Vicio vestido de espera

Dança a valsa do vazio
Vicejando o orgulho travestido
Rodando a esperança sem cessar

Dança a valsa do vazio
Desconhecido penar das horas
Deslize solidão a girar

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Bossa nova do passado

Toda dor é abismo
Abissal saudade
Abismado de ausência
Abstinência de sorriso
Boçal lembrança
De um sol terapêutico
Balsamo de esperança
Salmo de fé
Embalsamado o futuro
Balzac de promessas
Bossa nova do passado.

domingo, 15 de novembro de 2009

Livresco

Vá ler um livro
Vá para a terapia
Faça o que quiser
Mas saia de perto de mim

Vá ser livre
Vá para Paris
Faça o que quiser
Mas saia de perto de mim

Vou me livrar
do seu jeito livresco de ser
Das palavras dificeis
que nada queriam dizer

Vá para o louvre
louvar a Deus
ou lavrar a terra
faça o que quiser
Mas saia de perto de mim.

sábado, 14 de novembro de 2009

Camisa Preta

-Você não esta com calor com essa camisa preta?
Foi à primeira pergunta que me fez ao me ver, parado a sua frente, como quem se ajusta bem a frente do sol.
-Não estou nem um pouco,fazia tempo que não saia de casa,não lembrava como o tempo estava tão quente,e de como odeio o sol,fora,que foi a primeira camisa que encontrei no armário.
Disse isso,sem a encarar,sem se preocupar se soaria descompromissado ou não,verdade ou não,ele já não ligava em ser sincero.
- É você sempre foi estranho,nessas coisas de sentir,nunca sentia calor,nem sede,nem fome,nem amor,é como aquela musica do Arnaldo Antunes sabe?Socorro.
-Ah eu achei graça do seu comentário,já é um começo não é?Eu não sei,era como se eu sempre estivesse com essa camisa preta,era como vendar os olhos de alguém que já não enxerga sabe?inútil.
-É,esta na hora de você aposentar essa camisa preta,não acha?
-Talvez sim,ou talvez esteja na hora de não sair mais no calor.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O que fazer em caso de incêndio?

Quanta indisposição em um só amor
Não há indicio
De nenhum incêndio entre a gente
Outro índice passional
Indicando a cindisse
Insensato desperdício
Dicionário incomposto
Nossas vozes dissonantes
Nossos planos dissidentes
Suas palavras dissimuladas
Meus pensamentos desinteressantes
Indissiocrasias em crise
Insensível fim
Indiciado por amar pouco
Exilado por não entender
Condicionado a pensar demais
Condenado a solidão insolúvel.

domingo, 8 de novembro de 2009

Quando uma mulher ama o futebol

Ela estava lá sentada,parecia meio incomodada com o sol,que a fazia franzir os olhos,dificultando sua concentração para com a leitura,leitura esta feita mais com o dedo do que com os olhos,já que estes,analisava um velho campo de futebol,desses de areia,aonde garotos e velhos,disputavam algum jogo importante da cidade,ela não era tão fã de futebol,e não conhecia nenhum dos dois times,mas suas pernas estavam cansadas de procurar um outro banco,e foram vencidas por um banco velho,em uma praça deserta a não ser por alguns curiosos,que prestavam atenção no jogo.Era um breve descanso pensou ela,uma breve pausa,para suas pernas,e para seu coração,que de tanto andar,batia mais do que os jogadores,um na perna do outro,e por falar no futebol,ela sempre se protegia,quando a bola vinha em sua direção,se protegia por besteira,já que a mesma batia na grade de proteção,mas o que ela sentia,é que a bola,vinha em cheio e a acertava,já tivera uma experiência dessa,e não tinha sido nada,nada agradável.
Enquanto o jogo rolava,Ela pensava um pouco na vida,se sentia um pouco cansada,não entendia bem,qual era o prazer daquele jogo,e qual era a razão para tanto xingamento e palavrão,ela tentava voltar a leitura,mas os gritos de gol,de falta,não há deixava.De gol ela não entendia,mas de falta sim,e entendia muito bem,constantemente sentia uma falta em seu peito,algo que podia ser preenchido com um grito de gol.quando estava retomando a leitura,sobre batons,maquiagens,e pensando,não,é esse meu universo,vestidos,moda,o apito tocou,ela abruptamente olhou o campo,aonde se encerrava mais uma maratona de carrinhos,arranhões e alguns gols.O jogo tinha acabado,e a estadia dela no banco também,se levantou e caminhou de volta para casa,sem esquecer o jogo,pensava,em dribles,apitos,e retrucava em vão com seu pensamento,não,não,vestidos e batons,tenho que pensar em vestidos e batons,
Ela voltara aquele banco,todos os dias,mas jurava que era,por que era o mais perto do seu caminho e o único disponível.

sábado, 7 de novembro de 2009

Seus dedos longos procuravam algo de insano, ele parecia meio perturbado pela solidão, mas não se importava com mais nada. O que ele precisava era dela, era daqueles olhos que o distraiam enquanto o sono não vinha, precisava do vinho, do sexo e daquelas pernas que há muito tempo não o prendia..

Enquanto isso, do outro lado da cidade; ela, simples criatura impulsionada pelo desejo, sem se preocupar com a ausência dele ou de qualquer outra pessoa, se prepara para sair.A única coisa que a incomodava naquela noite era a prisão, o tédio, o desapego do seu apartamento.Sem demora, vestiu o vestido, colocou o ténis, prendeu o cabelo e saiu para a noite quente.Saiu para ser mais uma pessoa na rua, mas ela não pensava nisso, de um jeito ou de outro ela se sentia única, até porque nunca tinha encontrado alguém como ela, alguém que vivia de um jeito incolor, de um jeito tão indisposto, ela perseguia o delírio, mas era seguida pela normalidade em que seus dias acabavam.

Ele levantou, olhou pela janela. Ele sentia uma espécie de febre mental, e as sensações acumuladas dentro de si não ajudavam, muito menos o calor. Ele precisava de um tempo, um tempo la fora. Ocupar a cabeça com uma cerveja, algum conhecido, algum rabo de saia qualquer, alguma exposição.. Precisava esquecer ela, precisava tentar, pelo menos uma vez. Talvez ele estivesse errado quando disse que não tinha forças para tanto.Pegou a carteira dentro da mochila, enfiou no bolso da calça e pegou uma camiseta qualquer. Foi pra rua também, procurou saber o lado para o qual o vento soprava, e seguiu pelo sentido contrario.

Seguiu sozinho, passos apressados, pensamentos atrasados, cabeça baixa. Tropeçava em ideias jogadas na calçada, lixos de uma juventude sem prazer. Ele reparou nas risadas forçadas das pessoas que passavam e lembrou que um dia foi assim, reparou também nas garotas prostitutas baratas que ali no centro se encontravam, e pensou que também não passava de um puto, vendendo a sua liberdade e a sua ignorância.Mas chega um hora que você quer fugir dessa poluição social. Entra no primeiro bar familiar que aparece, se isolando das cenas grotescas na rua.O lugar era calmo, limpo e logo procura alguém conhecido para tomar uma cerveja e talvez discutir futebol. Como não encontra ninguém, se dirige para o balcão, senta sozinho e pede uma cerveja.Ali ficou durante algum tempo, sem prestar atenção em mais nada alem de um programa critico de cinema que passava na tv. Ate que imagina ter escutado algumas vozes conhecidas e sem se hesitar, resolve virar a cabeça para o lado, a procura de tais vozes. Vê os garçons limpando as mesas com algum produto que o faz criar repudio, no mesmo momento sua visão trespassa todas as mesas e encontra algumas belas mulheres a discutir o quão aquela noite estava chata. Tentou reconhecer a voz, as pernas.. mas foram olhos... os olhos que o fizeram vagar e cair para dentro do passado, aonde tudo o que lembrava era de alguns pecados e de muitas brigas.

Depois de algum tempo hipnotizado ele volta a realidade, percebendo que aqueles grandes olhos o encaravam e que alem dos olhos, a boca sorria. Para ele.Ele retribui o sorriso e então é surpreendido.Ela se levantou? Sim! E vinha em direção a ele. Estava linda.
Linda, como ele nunca a tinha visto antes, ou quem sabe nunca tivesse reparado. Ele nunca a possui por inteiro. Possuiu pedaços dela. Passava uma semana tocando e beijando as pernas, outra vez, ela doava somente sua boca.. em outros momentos ele tinha que se contentar somente com os seus seios. Mas agora não. Ela estava ali a sua frente inteira, uma mulher completa, e não somente aquilo que o dava prazer. E pela primeira vez, ele a viu como mulher, como alguém que também tem sentimentos e que também tem alma e não apenas um pretexto para o seu gozo tão rápido.Ele queria ela inteira agora, e não estava se referindo ao corpo. talvez em parte, mas o que ele queria mesmo, era a alma. Uma conversa... isso. Uma conversa, que ela começou:

- Oi. - ele tinha esquecido o quanto a voz dela era bonita.

- Oi, tudo bom?

- Sim, sim. Quanto tempo.

- Pois é. Então..- Vim aqui só falar um oi. Vou voltar pra mesa, elas são umas meninas que conheci na faculdade..Ela deu um tchau tímido com a mão e se virou. Sem pensar duas vezes ele a puxou pelo pulso.

- Espera.- Sim?- Quero conversar.. só.. sinto falta da sua voz, das suas ideias.
- Minha voz? Minhas ideias?
- Vamos lá pra fora? - ele disse indicando a porta com um aceno de cabeça.
- Ta, Rapidinho, hein?

Ele pagou a cerveja e saíram. Caminharam até uma praça, se sentaram na calçada. Eles estavam mudos até então. Convencionalmente havia um olhar, um sorriso, um ruído de boca.Ela pegou um jornal ali perto, enrolou e fez que nem uma luneta. Olhou para o céu estrelado com ela e disse de um jeito que pareceu mais sincero do que deveria:

- Sempre que olho para o céu a noite, eu me lembro da gente. De como você vivia me falando que eu tinha a cabeça na lua, e quando eu olho pra cima, eu a tento encontrar e encaixar novamente ao meu corpo.

- Eu falava isso brincando, você sabe? É maneira de falar. Falava isso para você rir.

Sim, eu sei disso... mas era engraçado porque logo você falava isso, sabe? Logo você que me desconstruiu inteira. Eu voltava pra casa sempre faltando uma parte de mim, a cabeça na lua, as pernas na sua cama.. Ah.. mas o coração não. Esse sempre esteve no lugar, no lugar de onde ele nunca deve sair. E ai dele se ele sair. Sei la, talvez um dia ele também queira dar uma volta no céu, mas eu não vou deixar.

- Mas a gente não...

Ele mal completou a frase, ela o interrompeu

-Não venha com essa que a gente não manda no nosso coração. Eu mando nele sim. Eu acabei de pedir em silencio para que ele desse um sinal de vida, ele é quieto. As vezes eu acho que eu nem o tenho, e diversas vezes coloco a mão sobre o peito, só para ter certeza de que ele ainda bate.

Ele da uma risada, pega a luneta de papel da mão dela e olha o céu pelo objeto.

- Eu sou o contrario, sob todos os aspectos. Eu até tento deixar minha cabeça na lua, deixar os pensamentos voarem, brincarem. Não consigo. Estou tão aqui. Sempre. Racional e, ao contrario de você, sentimental. Meu coração.. meu coração voa mais do que deveria, muito mais.

- Eu sei, por isso sempre tive medo de você - disse ela, observando o tráfego. Ela nunca o encarava.

- Medo?

- Por mais que você seja racional, a emoção te machuca, te descontrola. Você só não sai gritando em razão dos sentimentos porque é tímido.. não sei explicar bem. Eu não sinto o que você sente.. mas imagino que seja algo por ai. Imagino pelo seus atos.

- Você é distraída e muito observadora. Isso é engraçado. Mas sim, a minha timidez me impede de muitas coisas. Há um grito contido aqui dentro, pronto pra sair. Uma força que nunca foi usada... é tão estranho querer algo, mas ao mesmo tempo não querer, e eu vivo nessa guerra dentro de mim, como se tudo que eu almejasse não passasse de algo simbólico. E o mais irônico é que quando me deito, falo para mim mesmo que vou deixar meu medo de lado e correr atrás do que preciso, mas esse correr atrás sempre soou muito literal pra mim e isso me deixava careta demais, down demais. Por isso que nunca tive a certeza de ser louco, até a loucura escapava das minhas pretensões tão infantis. E você.. você é tão livre, é tão certa do que quer. Eu percebo isso e acabo ficando ainda mais louco..

O silencio permeia os dois. Sabem que aquela conversa toda não vai ter fim, nunca teve. Foi sempre assim, ela falava dela, ele falava dele, enquanto ele deveria ta falando dela e ela falando dele.Mas poucas sensações são melhores do que a de ter liberdade e segurança para falar de si mesmo com um outro alguém. Mesmo havendo sempre discordancias.Ela encostou a cabeça no ombro dele. Ele, depois de algum tempo, a beijou.

- Quando você me beija, eu sinto aqui. - ela botou a mão em um ponto pouco mais a baixo do umbigo.

- E a partir de hoje a noite, a partir da nossa conversa, quando você me beija, eu sinto aqui - ele botou a mão no ponto onde pensa estar o coração, e sorriu.

- Quem sabe um dia.. - ela começou.

- É, quem sabe? - Ele sorriu, se levantou. Deu mais um beijo nela e se virou.

Foi embora, caminhando. Sozinho e contra o vento.

(Iuri e Bruna

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tédio Poético

Toda vez que me lembro de você
me dá vontade de morrer
Morrer de tédio

Você,não entendia o amor
se interessava pela dor
e pela tragédia

E agora eu sigo assim em paz
procurando um caminho
inédito

E agora eu sigo assim em paz
procurando um amor
mais poético

longe de você
eu não soo tão
patético.

Assim Seja

Assim Seja
se queres assim
se é o que deseja
se queres o fim

Então veja
como é ruim
mas se é o que deseja
se deseja o fim

Veja o tempo passando
nosso tempo acabando
do céu já não nascem as cores

Veja o tempo acabando
nosso tempo passando
do chão ja não nascem as flores

Assim Seja
se queres assim
se é o que deseja
se queres o fim

Então veja
como é ruim
mas se é o que deseja
se queres o fim

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Um pouco de morte

Prefiro meus verso versátil
do que sua escolha plausivel,aos olhos de quem te considera um nada
Prefilo me dilacerar de poesia
do que ter que encarar seus olhos enebriados pelas novas fugas
Você me pareceu tão perdida em sua rotina,em sua bebida,que mal tive tempo de beija-la
foi como o adeus ao que nunca morreu,dando fim a eternidade.
E eu fiquei extasiado,estagnado,na minha propria loucura de não te-la
No dia em que você cuspiu suas ultimas palavras diante minha solidão
conspurcou em mim a historia mais suja de suas invencões
Voce gosta de tudo que é sujo,voce é suja
voce manchou o futuro dos amantes
e fez do meu coracao um borrao sem distinção
prefiro meu poema
e todo bom poema,carrega em si um pouco de morte.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Formas e Texturas

Hoje,até as estrela estavam inseguras,reparou que elas não estavam devidamente penetradas no céu?O céu parecia rejeita-las,e foi então que te fiz aquela pergunta, imagina se o céu rejeitasse todas as estrelas?mas você achou que eu estava viajando muito,e me mandou me calar,e só observar,e esse foi nosso problema,eu sempre fui metafisico demais,e voce era simplista,não conseguia imaginar além das aparencias.Não que voce é superficial,voce não era,até por que não conseguria namora alguem assim,sabe quando eu notei isso?no dia que brigavamos pela minha sua impaciencia com meus problemas,e voce simplesmente berrou por que no calor da briga,eu deixei cair sem querer um copo de suco em seu,quer dizer nosso sofá,pronto,a discussao agora tomava um outro rumo,e ia se concentrar na mancha maldita que ficou no sofá,e eu gritava ainda mais : - Porra,aquilo é um sofá,é só um sofá.Só que aquilo que era só um sofá era mais imortante que minha saúde e naquele instante,eu percebi que o seu materialismo havia acabado com nosso amor.Amor esse que me fez pedir sua mãe,que me fez aguentar todo aquelas perguntas na loja de decoração,eu devia ter suspeitado disso,você estava mais preocupada com as xicaras se iam combinar com os pratos,do que se eu ia realmente combinar com você,e no fim,nos não combinaos,eramos cores completamente diferentes,voce aquele rosa chok,aquele cor bem chegay,e eu aquela cor pastel,discreta,meio que sem vida,lembra que voce fava isso pra mim?Que eu tinha uma cor meio sem vida?pois é,e voce é a propria bandeira arco iris,disfilando na parada gay,as cores da efusividade,e voce sabe,que eu sempre odiei a sua efusão.Além das cores,tinhamos formas difererentes tbm,e texturas totalmente desiguais,voce um retangulo meio perdido,e eu um quadrado,pois era assim que voce me chamava,quando eu não queria fazer um programa louco com você,tipo pular de bang jump,ou algo assim.Sobre as texturas,não vou falar hoje,alias não quero mais falar de nossas diferencas com essa amargura,com esse peso,isso eu deixo para nossas fotos,que revelam o quanto eramos infelizes,deixo tudo para elas,pois hoje,eu também to inseguro,como aquela estrela,que parece cair,pois nem o céu a quer mais.