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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Lúcida

Seu andar afogava calçadas,estava prestes a desprender árvores e a liquifidicar a lua.O charme com que arruinava o sossego podia ser visto até em Vênus.Era beleza demais para uma só verdade.Chantageava as luzes enquanto sua boca incitiva um crime.Todo seu andar era passional demais para pegar um taxi e por isso atravessa a cidade a pé,distraindo fustraçãoes e atropelando o oficio de quem não sabia deseja-la.Seu destino era sua intuição e a intenção fazia dela um alvo facil do silencio.A madrugada era um tiro em seu romance e quando amanhecia,ela acordava nos braços de qualquer desencontro,já limpa.A cada cigarro que acendia era um pacto novo.Abortava pesadelos e renascia quando invejada.Nunca foi de ninguém,afundava a infancia na areia e adolescencia no mar.Permaneceu louca durante muitos anos,sendo lúcida apenas quando me recitou isso.

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