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segunda-feira, 5 de março de 2012

Absurdo Florido

Sinto falta do teu mosaico em meus ouvidos, como a difusão de notas que embaralham minha visão, suas múltiplas personalidades decorando com pedras meu viveiro. Tua garganta gritando mármore me faz tenaz, mas é em tua pele que me confundo em ouro. Coloca meu coração em cubo, para que eu não respire em liberdade, sem ponto de fuga, só melodia, mancha e fragmentos. E nesse labirinto decorativo, eu me perco na arte de nunca te encontrar. Meus olhos que percorrem padrões de uma cúpula sem culpa, não olham os seus. Minhas mãos que procuram uma só textura, não encontram em teu espaço infinito uma única explicação. Concentre cada limite – pensamento e ignora o mundo. Eu peço o teu absurdo. Mas você insiste em florear minha nuca.

3 comentários:

Ana Clara Fujimori disse...

"eu me perco na arte de nunca te encontrar" *-*
È...

Dan André disse...

Lindo, profundo. É de sua autoria ?

Dan André disse...

Visite meu blog aê, é de poesias também...

http://gagopoetico.blogspot.com.br/