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sábado, 1 de maio de 2010

Reprovados por Deus

Palavras me devoram,eu lutei tanto para ser diferente
Para ser melhor,mas o que eu consegui foram alguns meses sorrindo
Tudo que resta é aprimorar a loucura,assoprar os anjos para longe
Eu sou uma dissertação da morte.
Minha mãe deu a luz a uma pergunta
E morrerei sem nenhuma resposta.
Há algo mais previsível do que a vida?
A morte me cansa,o tédio é o caixão daqueles que já fingiram um sorriso
Eu não aceito a covardia das buscas implícitas do meu pensamento
Ele me agride,a vida me pressiona,milhõues de vozes,falando as mesmas palavras
Me sinto mal quando saio a rua,então me afogo nos livros,de que nada me ajudaram até hoje.
A arte é uma farsa,é um prazer momentâneo de um eterno egoísmo,o cinema revela solidão enquadramento evasivo de um vida receosa.Os livros que leio,desdenham de mim,dão risada,se não o consigo compreender,ou se não sei alguma palavra que nele está.Me auto destruindo,com versos e desafios,acompanhando cada derrota que em mim atravessa,como um gancho,que me arrasta pelos quarteirões do inferno,não mais preso em mim,não mais preso em meu quarto,mas preso no ventre da minha mãe,que acabara de fazer 45 anos.
O meu querer é disforme,traduz os compôs de lírios que hoje invejo,com uma vontade subliminar de me embriagar com suas cores.
Eu Fuji das fantasias filosóficas,cada autor com sua miséria,cada autor com seu vicio,e eu,com minha nobreza quase irreal.O suicídio é nobre,é aceitar que os melhores dias da sua vida,já foram.E os meus já foram,carregados por carro dos sonhos,não sei aonde foram parar,talvez em alguma sebo,ou brechó.Quem vai querer comprar meus ossos,quando eu morrer em despedida?.
Eu permaneço assim,sem memória,sem palavras,calado como um pássaro a qual sua garganta degolada.Há um pássaro entre minha garganta,e há ferrugens de uma gaiola nas minhas veias.Eu sou o pássaro e a gaiola,o amor e o desamor,o fogo e o céu,eu protejo minhas vaidades,e você projeta suas poses,quase nua,como a carne exposta em um açougue.
Viveras de orgulho.mastigando humanos quase reprovados pela ciência,enquanto viverei de tristeza,mastigando meus dedos,quase reprovados por Deus.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não sei isso vale alguma coisa mas... seu blog está favoritado aqui. =]
muito bom, cara.