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terça-feira, 11 de setembro de 2012

O surreal peso da lua


Meu desespero
Desvencilha o impulso
Um feixe de grito que não emociona nada
Inebriado, finjo riso
Solitário, desconheço a graça
Abrigo em minha opacidade, a intenção.
Oco, guardo todos os empecilhos no pensamento
Pouco me importo, se não poupo o acalento.
Meço o espaço do lamento, no surreal peso da lua.
O artificio ótico que preenche a ilusão de quem teima em sonhar
E queima e encolhe, o desfoque que não aproxima as horas
Ei de pisar no erro
e desenterrar a bandeira que hoje encobre minha visão.
Meu vazio a enluarar a planície.
A marginar o pouso, sem nunca ter voado.
Da luz pictórica só a loucura me fascina.
A desavença da terra com meus pés
A inflar o meu tempo
Meu rosto convive com os pássaros
De tão distraído, não percebo o espelho.