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terça-feira, 13 de setembro de 2011

No centro do meu mundo, não há nenhuma árvore

Corro para abrandar meu corpo
para me soltar do suicídio
do tempo que protesta meu ócio
das pernas que abrasam em necessidade
Do desejo se fez obrigação
Da corrente que Deus leva
só a oração me desconcentra
Meu coração barato, bate devagar, parado
só se encare no susto
Quem me dera a nostalgia me assustasse
mas é do passado que o espirito sobrevive
A arte já perdi, por esquecer tuas imagens
e esquecendo, me liberto do estranhamento, desfamiliarizando a dor
Toda morte é entrega
e eu não passarei pela porta sem antes entende-la.
Ilumina e vai embora, desfaz o conhecimento
Quando o tudo for abstração, valorizemos o nada
A indolencia é cara, e eu pago por não gastar meu tato
Por não gastar meu reflexo, me angustio
E a angustia é o dialogo da consciencia com o meu vazio.

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