Pode ser que os pecados sejam intrinsecamente dos reservados e conservadores.
Tudo bem que há pecado para todos os corpos, bocas e devaneios,
mas há algo de timidez no orgulho ou de medo na gula,
e no fim há uma fraqueza em tudo, não de espírito mas de compaixão,
o pecado é renunciado por educação e não por condescendência,
muitas vezes a educação está acima do bem e do mal.Hoje em dia o pecado repousa na mente e não no coração. Os corpos descansam em pecados e culpa não mais se faz presente,todo exagero exercido, difama o bom senso. O equilíbrio distante de uma vida sadia ainda permanece longe,o carpe diem subversivo é o norte de toda entrega,
que faz de cada dia uma explosão de vaidade.Se ao menos o orgulho declamado fosse escondido no espelho...mas os pecados são anunciados em alto falantes
por bocas que não enxergam o coração.Há de se viver mais do que nosso vão desejo,extrapola a vida quem não domina seu desejo,tornando o próximo apenas um tronco a mais para chegar ao seu sonho.
Não importa o pecado, o capital nunca pagará tão bem.Sem dinheiro no bolso, sem pecado no coração.A graça de se acabar em simergulhando em puro desespero vaidoso.Perde-se personalidade, perde-se caráter,a favor de uma vida mais palpável.O pecado é o instrumento que faz o corpo ser mais útil que a alma,que faz a carne ficar mais próxima ainda do osso.O osso, limiar de todo egocentrismo encontrado. Há vaidade demais.
No sangue que percorre o orgulho os pecados se misturam, formando um grande bolo de insensatez.Há gula demais na vaidade e inveja demais na avareza.Todos calcados em um inconformismo tenaz,que é capaz de calar todas as religiões. Acostuma-se com a gula, acostuma-se com a vaidade.Alimenta-se a gula com a o desprezo causado por uma vaidosa.A vaidosa incita a inveja da pobre menina que, por ira, acaba na luxúria.Um pecado desencadeia outroe a vaidade não é a único algoz.Todos os pecados cabem em um só.
Poema fio contudor do curta Sete Pecados Capitais, produzido pelo coletivo de arte Lobo Parietal.
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