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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Vivo

Tanto desanimo é desumano
toda felicidade em desuso
acaba me desnutrindo
intruso despreparo do medo
a destruição vem da distração
sem instrução de uso
a tração da tristeza é a traição dos meus pensamentos
tudo é deserto quando não se tem direção
detento de mais um sonho entre os dentes
presa frágil dos desavisados
Zomba de mim a sombra do descaso
enquanto o sol permanece em descanso
minha natureza desnaturada
amamentada por desilusão
Desato de todos os desatentos
atentado terrorista em meu peito
terra vista em meu leito
diga a morte que eu fico
VIVO.

Um comentário:

Felipe Moraes disse...

Muito bom, gostei demais.
Fez eu lembrar-me de como me vejo.

Forte abraço!