Quanto tudo é permido,meu limite me proíbe
é ele que me rouba a liberdade
a liberdade de se sentir além
a liberdade de circunscrever a praia
a liberdade de dar margem a lua.
A minha alma censura o que não é de mim
o que não faz parte do meu céu.
o que não se encaixa nas minhas palavras,sobra para o vento
o vento se encarrega de tudo que se parte.
O meu lamento é o alimento da minha resignação
meu manto não é de nenhum santo
cobre meus ombros aquilo que não se pode ver.
As minhas veias envelhecem meu sangue.
O que desloca meu corpo
é o que sempre aperta o meu peito.
Meu coração tardio
amanhece em seu tempo.
A minha maior arma é minha chave
e a minha calma vem do medo.
Meu choro é deselegante
é o insulto dos meus olhos
e é impossivel fingir cura.
mais do que o necessário,mais do que existencial.
Eu preciso defender a minha paz
o meu pandemonio de incertezas
meu patano de crendices
e meu caminho de achismos.
Eu inauguro a dúvida em uma cruz
e enferrujo de chumbo o meu coração
É preciso trancar a porta
para saber o que se tem dentro.
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