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terça-feira, 27 de julho de 2010

- Porquê está me tratando mal?
- Que há de mal,em não te querer?se te tratasse bem,voce ainda estaria apaixonada.
- O meu desapego,não é reação,o meu desapego é insustentavel
- Então o que faço para não me odiar?
- Isso não depende de você,e nem de mim,depende da vida.
- Então que a vida se encarregaue de nossos sentimentos

O que há de mal em não te querer?

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Há um cemitério em meu bolso
Cruza o meu caminho a penumbra
enquanto a vida não se move,só se debate
Calida,imperfeita,o vigor se desintegra
tudo que vira pó,é tomado pelos meus olhos
formigamento na alma
e o mundo já é um castigo
Ressoa o possivel futuro
indagando o que havera de ser.
e eu me pergunto se morte é não se encontrar
Eu carrego o prestigio de estar vivo
mas não me orgulho do mal estar
me envergonho da casualidade
tudo que prescindi a ferida
Há camponeses mortos em meu quarto
e eu permaneço lendo seus óbitos.
Antes de dormir,me imagino encaixotado
o arrependimento não tem claustrofobia
me atrofio no espaço entre o céu e a lua
viro estrela para te queimar
me misturo no veneno da antipatia
o velho carecer de asas
se fosse passaro estaria morto
se fosse um cão estaria morto
mas como sou Humano
fico só no desejo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Trapézio

Diante o trapézio
trépido
o rosto tépido
na veia topazio.

No corpo um trapo
sem coração,só tripa
trepando o vento
trapaça de mágico

Um salto tripo
e a trupe
aplaude o Tropo.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Aumente a tv,para não ouvir a tristeza
Só resta a mim,obrigações.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Quarto Verde

Não há mais espaço para o chão,quanto tempo você consegue viver,sem impressionar ninguém?Moinhos que quebram meu rosto,partiram sem direção,sua bussula é seu pulso,e meu verdadeiro penar,não mais importa.Há milhares de labirintos dentro de mim,jogos de espelhos em meu corpo.Não mais coração,meu quarto,a quarta parede de meu cerebro,o tempo é volupia,a vida,uma orgia de decepções,molestando a possivel coragem.Perdoem me a falta de amabilidade,mas a morte já deixou de ser amistosa,hoje frequento o meu passado bobo,com uma voracidade que me é traída.me aposso do meu desleixo,culpando Deus por estar vivo.

domingo, 18 de julho de 2010

Envelheça sua lingua em minha boca.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Carrossel

Não é o mundo que não faz sentido
é eu estar nele,é que nao faz.
Sobreposição de acasos
dormirei ouvindo o som do desencontro
e quando a discrepancia acabar
em meus ouvidos,cirandas de desvios tocaram
até enferrujar um carrossel de despedidas.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Estranho não te ter.
sentir falta da tua raiva
dos seus dentes
Era o ranzinza mais querido
O rabugento mais amado
Estranho não te ter
o ar perder o balançar de seu rabo
e eu perdi o ar por andava.
O vazio me paralisa
e eu nao sei me comportar na tristeza.

Viver

Tem horas que a vida,me impede de viver
Juventude Coadjuvante de um principio
Onde a busca pelo prazer,é maior que pelo sentido
Flores penduradas em um um varal
As vezes me falta sangue
A ironia do triste que sorri
Quando o prazer de se curar,é maoir que o prazer estar bem.
O mundo se torna apenas uma oportunidade,para compreende-lo.