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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Madeira

Desenhei seu coração na madeira
com a chave mesmo
mas a chave de tão gasta que ficou
não abre nada.

domingo, 30 de maio de 2010

Nora Jones

Queria que a vida,fosse tão delicada,como uma canção da nora jones,mas há o escuro,eu odeio quando todas as luzes estão apagadas,e há cochichos na sala,me sinto perdido,minha alma tenta encontrar um novo mundo,um mundo mais doce,para que assim eu possa me sentir bem as com as luzes baixas.Todas agora em minha casa,estão enfermos,cada um seu sofá,cada um com sua coberta,e lamurias.Estão todos tão cansados das minhas reclamações,perdi um amigo,a cada vez que falava noite mal dormida,as vezes a escuridão é tanta,que só o abrir da geladeira é a tal luz do fim do caminho.Todos ficam distante,quando o meu sorriso esta distante.Já se acostumaram me ver dessa forma,pijama,remelas no olho,como se minha visão fosse se dissipando em sujeiras.como eu não me olhasse no espelho.Para outros virei motivo de risadas,com meus cadarços dessamarrados,minhas sinapses em densentros.Eu já não presto atenção em nada,já que ninguém presta atenção em mim.Já passei de invisível.para mito.Todas as vezes que sou esquecido,uma parte da minha lembrança se vai,era como se eles tivessem o poder de minhas amígdalas.Já cansei de tentar decifrar versos e metáforas,que a vida me engula logo,que a boca da verdade,são seja só ornamental.mas que possa cuspir em mim.toda mentira que nesse texto escrevi.

Amanda

Ao nascer,Amanda tentou se engasgar com uma dessas balas de gomas,mas nao obteve sucessso.Já maiorzinha tentou enfiar os dedos na tomada,mas seus dedos eram grandes demais para entrar no buraco.Amanda cresceu aos trancos e barrancos,mais trancos do que barrancos,e aos 11 anos,pulou da janela, e por sua sorte caiu na sua laje.Tods essas tentativas frustradas,deixaram Amanda ainda mais triste com a vida,se a vida nao servia nem para morrer,para que servia entao?E asssim sucessivamente,comer manga,depois pular na piscina,eoutras tentativas,Até que Amanda,com seus 19 anos,encontrou um rapaz,mais precisaente,o amor de sua vida.E encontrou nele,a vitoria,que esperava.

sábado, 29 de maio de 2010

Desconforto descartável
Tudo que era absoluto,hoje se torna obsoleto
Anjos de plásticos
Como uma corja de pássaros encenando
Ou melhor,uma orquestra de pássaros
Arrebentando nuvens,voando através de nosso futuro
Eu mergulho em minha dor
Costas molhadas,rim perfurado e eletro choques em minha cabeça
A tontura dos meus pés,castigados por calunias
Investigo as estrelas
E observo a unha de Deus
Que marca o céu,e também a minha pele
Quantos fostes preciso para arrematar o meu cérebro contra a parede?
O amor come cérebros
E os pedaços do meu,viraram estrelas

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Escarnio

Quem dera eu morrer igual aquela velhinha, ao atravessar a avenida
Ou como um recém nascido que nem sequer teve uma vida
Queria estar estirado de crak em alguma esquina
Na raque, carreias de cocaína
Queria trepar com alguma puta aidética
Olhar no espelho, e ver uma aparência caquética
Ser aquele cara da propaganda do cigarro
Ser o pigarro de alguém doente
E simplesmente se misturar com o abandono da sociedade

sábado, 15 de maio de 2010

Fones de ouvido

O amor,é como fones de ouvidos
Juntos por um fio
Passa um tempo, já não estão em sincronia
As alternâncias,vão acontecendo
Um reclama mais alto e o outro,simplesmente,pára de funcionar.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Deslize

Há 4 maneiras,de você me trair
mas só uma,de me matar

Há 4 maneiras,de você me trair
mas só uma,de me matar

A verdade é nua
vestida,você nunca mentiu.

Engole a culpa
cospe o remorso no seu prato

O suor na carne
é o espirito é que é fraco

Toda mentira é envasiva
toda traição é fatal.

Toda mentira é envasiva
toda traição é fatal.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Promovida

Ele usa uma camisa pp,e é gg,ela que é pp,usa uma roupa bem surrada,para a sua aparencia,ele tá jogado no sofá,coçando o saco e bebendo uma cerveja,e ela,verificando no forno,se o frango está pronto.Quando ela tem uma epifania,vai até a sala e dispara :
- Cansei
Ele,sem deixar de olhar a tv,pergunta de forma desinteressada
- Cansou do que?
- De ser sua empregada.
Ao ouvir isso,ele responde,sem antes,dar um belo arroto alcoolico é claro :
- Por que diz isso?só por que passa minha camisa,faz minha janta,e lava minhas roupas?
- Sim,já não é o bastante?e ainda por cima tenho que me submeter a trepar com vc
Ele olha com uma cara sarcastica e diz :
- Então seja só minha puta,e assim ficará só com a parte do sexo.

Vamos nos Casar?

O casal aos beijos,na porta da casa dela,os dois fazem declarações,até que ela abruptamente pergunta :
- Amor,vamos nos casar?
Ele surpreso com a pergunta,mas já com a resposta na ponta da lingua,responde :
- Claro amor,mas deixa-me só terminar de pagar o carro.
-Tudo bem amor,eu aguardo.
Uma semana se passa,os dois trocam sms,msgs no orkut,twitter e todo esse clima romantico que o mundo virtual pode oferecer.
Ele decide ir busca-la no colégio,ela é um ano mais nova que ele.Ele estaciona,e espera a garota mais bonita da escola sair,cabelos ao vento,os bracos abracando o caderno,aquela cena de hollywood.Ela vem correndo e o beija.
-No carro,vão cantando a musica que marcou o primeiro beijo "parece que amor chegou aí....parece que o amor chegou aí" ela interrompe a música e pergunta.
-Amor,agora que você terminou de pagar o carro,vamos nos casar?
Ele já prevendo a pergunta,mas mesmo assim hesitando na resposta diz :
- Claro meu amor,mas deixa-me só terminar a faculdade.
Um mes se passa,entre encontros e desencontros,depoimentos no orkut e ligações a cobrar.
Eles saem pra comer um junkie fod,e ela pergunta.
-Amor,vamos nos casar?
Ele engole um pouco daquela coca,que vai mais agua do que coca,e responde :
- Claro amor,mas deixe-me só terminar meu estágio.
Ela consenti e sorri,e os dois vão embora.
Alguns meses se passam,filmes estreiam nos cinemas,escalações são anunciadas,e os dois resolvem ir ao teatro.
Na fila no teatro,enquanto comentando coisas triviais,ela pergunta :
-Amor,você já terminou de pagar o carro,terminou a faculdade,e o estagio e agora vai terminar o que?
Ele não pensa duas vezes e responde :
-Vou terminar com você,sua chata,por que essa historia de casamento,já me enxeu o saco.
Vira as costas e vai embora,enquanto decide se vai terminar ou não o cigarro que fuma.

Tv

Não consigo dormir
controle remoto nas mãos
tv ligada
vejo,e penso
existe algo mais poético
do que pedras de isopor?

domingo, 9 de maio de 2010

Almadovar

Que o fogo penetre nas entranhas do seu ser
Que eu mesmo frigido, fragilizado,possa enterrar minhas lembranças em seu sexo
Sangrando eu escrevo a carta mais inútil da minha vida
O corte em minha cabeça,o segredo em meu exoesqueleto
Sou desconfiança dos seus pais,quando a noite esta silenciosa
Eu que já matei uma cobra em sua casa
Toureiro da morte
Aprisiono-me entre azul e vermelho
e dirijo cego,o rumo da minha vida.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Flagra

Sou fruto da frustação
da fresta da janela de Deus
sou fruto do furto.
Roubei a vida insÍpida da sua boca
aquela maça cuspída,seca,engasgando a peste.
Sou fruto da frota vingativa que cambaleia em seus cavalos erróneos,destinados a morrer no mar.
Sou festivo,fasto,vasto,casto,vacas morrendo em meu pasto.
Sou fruto da febre,da greve permanente de meus pensamentos .
Distratado até pela distração,disnutrindo o sangue resguardado nos carneiros.
Sou o filho da falha o ato falho de Deus em seus momentos de alucionações,quiserá eu pensar em ser Pastor o rebanho profético de um outro poeta.
Cabe a mim,o não caber em mim.
Sou o rasgo do universo,aquilo que faz chover alegorias em suas tardes de domingo.
A isca,que pisca para a tentação.
A fuga da liberdade,a folga da sorte,em direção ao desgosto.
há quem me chame de vaidade,outros de egoísmo. eu prefiro,não ser chamado.um aclamado sem nome,sem alarmes.sem lama,sem cama,sem teto, o que não tem nome,não pode morrer.

sábado, 1 de maio de 2010

Reprovados por Deus

Palavras me devoram,eu lutei tanto para ser diferente
Para ser melhor,mas o que eu consegui foram alguns meses sorrindo
Tudo que resta é aprimorar a loucura,assoprar os anjos para longe
Eu sou uma dissertação da morte.
Minha mãe deu a luz a uma pergunta
E morrerei sem nenhuma resposta.
Há algo mais previsível do que a vida?
A morte me cansa,o tédio é o caixão daqueles que já fingiram um sorriso
Eu não aceito a covardia das buscas implícitas do meu pensamento
Ele me agride,a vida me pressiona,milhõues de vozes,falando as mesmas palavras
Me sinto mal quando saio a rua,então me afogo nos livros,de que nada me ajudaram até hoje.
A arte é uma farsa,é um prazer momentâneo de um eterno egoísmo,o cinema revela solidão enquadramento evasivo de um vida receosa.Os livros que leio,desdenham de mim,dão risada,se não o consigo compreender,ou se não sei alguma palavra que nele está.Me auto destruindo,com versos e desafios,acompanhando cada derrota que em mim atravessa,como um gancho,que me arrasta pelos quarteirões do inferno,não mais preso em mim,não mais preso em meu quarto,mas preso no ventre da minha mãe,que acabara de fazer 45 anos.
O meu querer é disforme,traduz os compôs de lírios que hoje invejo,com uma vontade subliminar de me embriagar com suas cores.
Eu Fuji das fantasias filosóficas,cada autor com sua miséria,cada autor com seu vicio,e eu,com minha nobreza quase irreal.O suicídio é nobre,é aceitar que os melhores dias da sua vida,já foram.E os meus já foram,carregados por carro dos sonhos,não sei aonde foram parar,talvez em alguma sebo,ou brechó.Quem vai querer comprar meus ossos,quando eu morrer em despedida?.
Eu permaneço assim,sem memória,sem palavras,calado como um pássaro a qual sua garganta degolada.Há um pássaro entre minha garganta,e há ferrugens de uma gaiola nas minhas veias.Eu sou o pássaro e a gaiola,o amor e o desamor,o fogo e o céu,eu protejo minhas vaidades,e você projeta suas poses,quase nua,como a carne exposta em um açougue.
Viveras de orgulho.mastigando humanos quase reprovados pela ciência,enquanto viverei de tristeza,mastigando meus dedos,quase reprovados por Deus.